sábado, 28 de agosto de 2021

A minha primeira memória de… um jogo entre Real Madrid e Betis

Zidane em duelo com Marcos Assunção no Bernabéu
A minha primeira memória de um jogo entre o Real Madrid e o Betis faz-me recuar ao tempo dos galácticos, quando ano após ano o presidente merengue Florentino Pérez fazia questão de contratar a peso de ouro uma das principais estrelas do futebol mundial. Depois de Figo, Zidane e Ronaldo, o senhor que se seguiu foi o inglês David Beckham, que frente à formação de Sevilha iria precisamente fazer a estreia na Liga Espanhola, em pleno Santiago Bernabéu. No entanto, não era o único, uma vez que o homem do leme dava pelo nome de Carlos Queiroz, treinador português que sucedia a Vicente del Bosque.
 
Recordo-me que, nos dias que antecederam esse encontro de 30 de agosto de 2003, um jogador dos béticos tinha afirmado que o seu companheiro de equipa Joaquín era melhor do que Beckham. E durante as semanas anteriores, choveram comparações entre Figo e o inglês.
 
No dia do jogo, o Real Madrid tinha deixado partir para o Chelsea o seu ponto de equilíbrio, Claude Makélélé, mas conseguia apresentar uma equipa recheada de jogadores internacionais. Além dos galácticos contratados por Florentino Pérez, havia ainda Casillas, Míchel Salgado, Iván Helguera, Raúl Bravo, Roberto Carlos, Esteban Cambiasso, o capitão Raúl, Santiago Solari e Fernando Morientes.
 
Já o Betis, que procurava afirmar-se como candidato às competições europeias, tinha à disposição um plantel onde se destacavam o guarda-redes espanhol Pedro Contreras, o central  internacional espanhol Juanito, o central internacional uruguaio Alejandro Lembo, o médio internacional brasileiro Marcos Assunção, o médio ofensivo internacional espanhol Capi, o extremo internacional espanhol Joaquín, o atacante internacional brasileiro Denílson e o ponta de lança internacional argentino Martín Palermo.



 
Embora todos os holofotes focassem David Beckham, o médio inglês surpreendeu a defesa bética e inaugurou o marcador logo aos dois minutos, aparecendo sozinho ao segundo poste para dar o melhor seguimento a um passe de Ronaldo.
 
No entanto, a formação de Sevilha não estava no Bernabéu para ser o bobo da festa, chegando ao empate através de um cabeceamento de Juanito, na resposta a um canto apontado do lado direito por Joaquín (34’).
 
Ainda assim, o brasileiro Ronaldo fez o 2-1 pouco depois da hora de jogo, a passe de Zidane, depois de uma grande abertura de Beckham para o francês, que se encontrava sobre o flanco esquerdo.
 
 
“O Real Madrid de Queiroz ganhou na estreia de Beckham no Bernabéu na Liga Espanhola por 2-1 ao Betis. Os verdiblancos nunca viraram a cara ao encontro e estiveram perto de fazer surpresa. Os golos do Real Madrid foram obra de David Beckham e Ronaldo, enquanto o bético foi marcado por Juanito. O inglês conseguiu em apenas um par de jogos ante o seu novo público o que custou vários meses a Ronaldo na temporada passada ou a Zidane na anterior”, escreveu o El Mundo.
 
Na mesma onda surfou o português Diário de Notícias. “A liga espanhola deu o pontapé de saída com a entrada em campo dos principais candidatos ao título: Real Madrid e Barcelona. Os atuais campeões jogaram primeiro, no Santigo Bernabéu, e festejaram também primeiro. Mas não sem primeiro suar muito. Frente ao Bétis de Sevilha, a equipa de Carlos Queiroz, com todos os galácticos de início, arrancou um suado triunfo, detonado em muito pela boa exibição de David Beckham. Uma entrada de felicidade coroada logo aos dois minutos com o primeiro golo e levada ao céu com o início da jogada do segundo tento, que desfez o empate já na segunda parte, apontado o por Ronaldo e que teve ainda o contributo de Zidane. O Bétis, liderado por Palermo na ausência de Denilson, nunca desistiu de lutar pelo golo, se bem que o tenha feito principalmente quando estava em desvantagem. Também por isso o triunfo de Carlos Queiroz na estreia em Espanha é justo”, podia ler-se.





 




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