Quatro barreirenses que atingiram finais europeias |
A estatística que verdadeiramente
interessa, não é? O lateral do Manchester
City, João Cancelo, vai este sábado juntar-se ao restrito lote de
futebolistas barreirenses
que jogaram – ou que pelo menos estiveram na caminhada até lá – na final
da Taça/Liga dos Campeões Europeus.
Mário João |
Os primeiros barreirenses
a chegar à final
da então designada por Taça dos Campeões europeus foram Mário João e José Augusto, que estiveram na primeira presença de uma equipa
portuguesa no jogo decisivo, o Benfica-Barcelona
de 1961, em Berna. Tanto o primeiro, um defesa lateral oriundo da CUF
em 1955, como o segundo, um virtuoso extremo direito proveniente do Barreirense
em 1959, atuaram os 90 minutos na final,
até porque nessa altura ainda não existiam substituições. Nessa final, as águias
triunfaram por 3-2.
José Augusto |
Um ano depois, a dupla barreirense
voltou a marcar presença na final
da Taça dos Campeões Europeus, desta vez frente ao Real Madrid de Puskás,
Gento e Di Stéfano. Mais uma vez com o húngaro Béla Guttmann no comando
técnico, mas desta feita com Eusébio como companheiro de equipa, Mário João e
José Augusto voltaram a sagrar-se campeões europeus, tendo ajudado o Benfica
a bater o Real Madrid por 5-3, em Amesterdão.
Adolfo Calisto |
Haveria ainda tempo para mais uma
final para José Augusto, em 1968, quando já tinha 31 anos. Mais uma vez em Wembley,
houve derrota para o Manchester United de Bobby Charlton, George Best e Matt Busby
por 1-4 (após prolongamento). Na caminhada até ao encontro decisivo, o extremo barreirense
marcou aos franceses do Saint-Étienne na 2.ª eliminatória.
Fernando Chalana |
Adolfo Calisto e José Augusto
foram os últimos jogadores barreirenses
a marcar presença numa final
da Taça/Liga dos Campeões Europeus, mas houve um outro que, não tendo
jogado a final,
participou numa caminhada até ao encontro decisivo. Falamos do extremo Fernando Chalana, que em 1987-88 foi
utilizado em três jogos, entre os quais as duas meias-finais
frente ao Steaua Bucareste; e em 1989-90 voltou a disputar três encontros. Nessa
fase, Chalanix vivia já uma fase de
menor fulgor na carreira.
João Cancelo |
Agora, mais de três décadas
depois, é a vez do lateral João Cancelo
surgir no maior palco do futebol português. Na caminhada do Manchester
City até à final participou em nove encontros (sete a titular) e marcou ao Olympiacos ainda na fase de grupos. É o
primeiro barreirense
a atingir a final na era Liga
dos Campeões e tem em José Augusto um admirador confesso. “Hoje já não se
veem muitos jovens a jogarem na rua, mas creio que o Cancelo é talvez o último
exemplo deste tipo de jogador. Já esteve na formação do Benfica,
mas a jogar na rua ganha-se uma irreverência que é muito importante para
desenvolver a personalidade”, afirmou o magriço ao Record
em fevereiro de 2014.
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