Pepe e Manduca, que viriam a jogar por FC Porto e Benfica |
A começar, pelo facto de
o homem que se sentou no banco dos pacenses ser o atual treinador dos
madeirenses, José Gomes, que na altura se estreava como treinador
principal após experiências como adjunto e preparador físico no
Paços, Sp. Covilhã, Gil Vicente e Benfica. E não estava a ser
propriamente um arranque de carreira auspicioso, pois os castores
sofreriam aí a terceira derrota em quatro jogos no campeonato.
Se o Paços perdeu, o
Marítimo continuou 100 por cento vitorioso, saindo da 4.ª jornada
com 12 pontos somados em 12 possíveis, fruto de quatro vitórias...
por 1-0. Depois dos triunfos nos Barreiros diante de Beira-Mar e Rio
Ave e da vitória em Alverca,
a formação orientada por Manuel Cajuda sorriu na Mata Real.
Esse era um Marítimo
forte da defesa ao ataque, com o brasileiro Marcos na baliza, uma
dupla de centrais composta por Pepe
e Van der Gaag, o ex-portista Chaínho na sala de máquinas do
meio-campo e os irreverentes Alan e Danny no apoio ao ponta de lança
goleador Gaúcho.
O Paços acabaria por
descer de divisão nessa temporada, mas também tinha alguns
talentos, como os centrais Cadú e Geraldo (irmão de Bruno Alves), o
médio defensivo Beto, o médio ofensivo Manduca e o irrequieto
extremo Zé Manel.
Relativamente a esse
encontro, os madeirenses marcaram o único golo do encontro aos 65
minutos, por Alan, que apareceu livre de marcação pela direita após
passe de Danny e bateu o guarda-redes pacense Beto.
“Alan que se faz tarde.
O Marítimo venceu o Paços de Ferreira na Mata Real e continua
líder-surpresa do campeonato. Num jogo sem atrativos, os visitantes
foram mais determinados e acabaram por vencer um adversário em
crise”, resumiu o jornal O Jogo no título e na entrada da
crónica.
“Um pontapé certeiro
de Alan bastou para o Marítimo manter a liderança do campeonato
frente a um Paços de Ferreira a precisar de retificações em todos
os sectores. Os madeirenses somam quatro triunfos em outras tantas
jornadas da Superliga e, mesmo sem mostrar atributos extraordinários,
impuseram-se com uma facilidade surpreendente a um adversário em
crise de identidade”, podia ler-se no corpo do texto.
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