Sevilhista Daniel Alves foge à marcação de Albert Riera em Glasgow |
Um Sevilha-Espanyol ou um
Espanyol-Sevilha nunca é propriamente um jogo grande numa jornada da
liga espanhola, mas em 2007 os dois clubes protagonizaram a final
da Taça UEFA no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.
Para os andaluzes era a
segunda final consecutiva, depois de no ano anterior terem goleado o
Middlesbrough em Eindhoven (4-0). A equipa orientada por Juande Ramos
começou a competição por eliminar os gregos do Atromitos na
primeira ronda, passou em segundo lugar num grupo em que também
estavam incluídos os
holandeses do AZ, o Sp.
Braga, os checos do Slovan Liberec e os suíços do Grasshoppers
e afastou os
romenos do Steaua Bucareste, os ucranianos do Shakhtar Donetsk,
os
ingleses do Tottenham e os espanhóis do Osasuna na fase a
eliminar.
Para os catalães era o
regresso ao palco da decisão 19 anos depois de terem perdido para o
Bayer
Leverkusen a duas mãos. A formação comandada por Ernesto
Valverde iniciou o seu percurso na prova ao eliminar os eslovacos
do Artmedia Petržalka na ronda preliminar, venceu um grupo que
incluía os
holandeses do Ajax, os belgas do Zulte Waregem, os checos do
Sparta Praga e os austríacos do Áustria Viena e depois eliminou os
italianos do Livorno, os israelitas do Maccabi Haifa, o Benfica e os
alemães do Werder Bremen. Nem uma derrota foi registada nesses dez
encontros.
Mais experiente nestas
andanças, o Sevilha inaugurou o golo aos 18 minutos, numa jogada de
contra-ataque conduzida pelo brasileiro Adriano no lado esquerdo. O
lateral/extremo tirou David García do caminho, isolou-se e bateu o
guarda-redes Gorka Iraizoz.
A vantagem durou uma
dezena de minutos. Albert Riera foi progredindo da esquerda para o
meio, passou por Daniel Alves e rematou de pé direito para o fundo
das redes, com a bola ainda a sofrer um desvio no lateral brasileiro
durante o seu trajeto.
No decorrer do segundo
tempo, o médio defensivo Moisés Hurtado viu o segundo amarelo por
falta sobre Kerzhakov e deixou o Espanyol reduzido a apenas dez
unidades. Ainda assim, os catalães conseguiram atirar a decisão
para prolongamento.
No final da primeira
parte do tempo extra, o avançado maliano Frédéric Kanouté voltou
a adiantar os andaluzes, num desvio ao primeiro poste na resposta um
cruzamento rasteiro de Jesús Navas pela direita (105').
Porém, o médio
defensivo brasileiro Jônatas, emprestado pelo Flamengo, empatou o
encontro através de um disparo de fora da área (115'), levando a
decisão para o desempate por grandes penalidades.
Nos penáltis brilhou o
guarda-redes sevilhista Andrés Palop, que defendeu três (!) remates
dos catalães: Luís García, Jônatas e Torrejón. E o Sevilha
ganhou por 4-1 e levantou a segunda Taça UEFA (consecutiva) do seu
palmarés.
Confesso que, na altura,
não assisti ao jogo, mas lembro-me de ir acompanhando espaçadamente
as incidências da partida.
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