sexta-feira, 8 de março de 2019

A minha primeira memória de… um clássico entre Sporting e Boavista

Martelinho e Rui Jorge em disputa de bola num jogo no Bessa
A minha primeira memória de um jogo entre Sporting e Boavista remonta à época da conquista do título por parte dos axadrezados, 2000/01, mas ainda estávamos longe de prever tal desfecho.

Quando as duas equipas se defrontaram na primeira volta, à 12.ª jornada, os leões eram os principais perseguidores do líder FC Porto, enquanto os boavisteiros apresentavam-se a seis pontos dos vizinhos da Invicta


E o empate a zero que se registou em Alvalade e que deixou o Boavista a oito pontos dos portistas ainda contribuiu menos para se prever atempadamente que seriam os homens de Jaime Pacheco a sagrarem-se campeões nacionais.

Não posso dizer que tenho grandes memórias desse jogo, mas lembro-me que foi nesse dia que fixei o nome de Ricardo, guarda-redes boavisteiro que tinha conquistado a titularidade ao camaronês William nas semanas anteriores. Tenho uma vaga ideia de ter feito uma grande exibição no terreno dos verde e brancos. E ao observar o resumo do encontro pude, de facto, confirmar essa impressão. Diria até que foi das melhores exibições da carreira dele: defendeu tudo.


Bem mais inesquecível foi o jogo do Bessa, na segunda volta. Já com o Boavista na liderança, a seis jornadas do fim e com quatro de pontos de vantagem sobre o FC Porto e sete sobre o Sporting, o encontro entre axadrezados e leões assumiu contornos de decisivo. Era a derradeira grande oportunidade para uma equipa tirar pontos aos boavisteiros. "O jogo com o Sporting foi a cinco jornadas do fim, estávamos em primeiro lugar e sentimos que se vencêssemos tínhamos o caminho aberto para o título, enquanto o Sporting sabia que se perdesse dizia adeus à hipótese de ser campeão", lembrou Martelinho ao DN em dezembro de 2017.

Lembro-me de mais um jogo bastante equilibrado, desta vez com ligeiro ascendente do Boavista, e um grande golo de Martelinho já nos minutos finais (89’) a dar a vitória ao conjunto visitado. "O Sánchez estava com a bola, a tentar arranjar uma linha de remate, e eu pedi-lhe a bola. Ele tentou rematar, a bola ressaltou e ficou a saltitar à minha frente à entrada da grande área. Eu enchi-me de esperança e chutei de primeira, com a parte de fora do pé. A bola fez um arco espetacular e entrou, sem hipóteses de defesa para o Schmeichel. Ele bem se esticou, mas não lhe chegou... já me tinha negado um golo antes", descreveu o autor do golo.




























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