A selecção portuguesa de Sub-21 foi este final de tarde à Albânia empatar a dois frente à selecção local.
Eis a constituição das equipas:
Albânia (Sub-21)
A Albânia ocupa o penúltimo posto no Grupo 6, tendo apenas uma vitória em quatro jogos (restantes três foram derrotas) e um “score” de 7-11 em golos. O apuramento é uma tarefa quase impossível, mas com metade dos jogos por disputar e uma diferença para o segundo lugar de quatro pontos, não é de admirar que esta formação queira ganhar o jogo para ainda sonhar.
Portugal (Sub-21)
Os portugueses actualmente ocupam o 2º lugar neste grupo, com sete pontos em três jogos, e um saldo de 9-3 em golos. Com a Rússia na primeira posição (12 pontos/4 jogos) e a Polónia na terceira mas em igualdade pontual (7/4), é fundamental que Portugal não vacile perante o previsível frágil adversário para ter hipótese de pelo menos se qualificar como um dos segundos melhores classificados para o “Play-Off”.
Vi os jogos frente à Polónia e Moldávia em casa e gostei do que vi, um conjunto de jogadores que sabe mexer bola, organizados na defesa, mas que tal como é de prever nestas selecções jovens, tem alguma falta de maturidade e de entrosamento.
Em relação à equipa que jogou na última quinta-feira perante os moldavos, André Almeida será o trinco depois de cumprir castigo e Diogo Amado estará na bancada, e Salvador Agra e Wilson Eduardo entrarão para os lugares de Saná e Rui Fonte.
Portugal começou bem num relvado difícil e criou a primeira oportunidade logo aos 2’, quando Josué atirou por cima, no entanto, os minutos iniciais revelarem-se produtivos em termos de posse de bola, aproveitando o piso enquanto este tinha alguma decência, mas inconclusivos em termos de concretização, mas ainda assim, aos 20’, após um bom cruzamento de Rúben Ferreira na esquerda, Josué aparece vindo de trás e cabeceia para o 0-1.
A vantagem ajustava-se ao que se estava a ver, um jogo não muito intenso, por vezes aborrecido, mas com controlo total da equipa das quinas, que mesmo não tendo muitas ocasiões para ampliar o resultado, iam mantendo o esférico muito longe da baliza de Mika, que até ao final do primeiro tempo foi um mero espectador.
Na segunda parte, houve mais intensidade, mais abertura por parte dos albaneses, e aproveitando isso, os portugueses subiram mais e acabaram também por abrir mais o seu jogo, e isso beneficiou o jogo que se tornou mais emocionante e teve muitas mais ocasiões de golo. A primeira foi logo aos 46’, com Pelé (entrou ao intervalo para o lugar de Salvador Agra) a rematar de fora da área a proporcionar uma grande defesa a Frasheri.
Quando nada o fazia prever, aos 55’, Bala ganha uma bola de cabeça à defensiva portuguesa, e quem aproveitou foi Sadiku que atirou para o fundo das redes, repondo o empate.
Minutos depois, Rui Jorge substituiu Nélson Oliveira por Rui Fonte, trazendo para um avançado mais posicional, o que se percebe pelo difícil relvado que obrigava a um jogo mais directo, e ainda que a alteração não tenha produzido efeitos directos, Portugal chegou ao golo sete minutos depois, com Wilson Eduardo a responder bem de cabeça a um cruzamento na direita de Cédric Soares.
Com o tento obtido, a selecção portuguesa voltou a abrandar, mas desta vez sem ter tanto tempo a bola, até porque o relvado não permitia tal circulação, e a Albânia, sem nada a perder, foi atacando, e aos 77’, volta a empatar, num lance com algumas semelhanças com o primeiro golo. Bala voltou a ganhar nas alturas à defesa portuguesa, amortecendo para Sadiku que rematou para o 2-2.
Até final do jogo, foi Portugal quem esteve mais perto do 3-2, criou mais oportunidades e conseguiu empurrar o adversário para o seu meio-campo, por culpa também da expulsão de Imami, mas nem Josué de livre directo, nem Wilson à boca da baliza conseguiram dar os três pontos à equipa.
Fazendo a análise às equipas, começando pelos albaneses, penso que entraram algo apáticos na primeira parte, não reagiram ao golo, mas no segundo tempo mudaram de atitude, e ainda que com menos qualidade e menos bola, fizeram uso das suas armas e conseguiram o empate.
O guarda-redes esteve a bom nível, e na frente, Bala e Sadiku combinaram muito bem, especialmente nos golos, e este último já leva 6 golos em 5 jogos na fase de qualificação, o que para um jogador da Albânia é muito. Certamente um jogador para se seguir com atenção e que poderá dar cartas no futebol.
Quanto a Portugal, voltou a marcar primeiro como de resto tem feito em todos os jogos neste apuramento, mas tal como frente à Polónia e Rússia, deixou-se empatar, desta vez por duas vezes, comparando com os polacos, mas não perderam, algo que fizeram com os russos.
Nota-se então três defeitos principais nesta equipa:
1) Apesar de ter marcado em todos os jogos, ficou sempre a sensação de que podia ter feito mais, e Rui Jorge disse mesmo isso na vitória por 5-0 frente à Moldávia.
2) Há pouca capacidade para controlar o jogo, e mesmo que houvesse a desculpa do relvado, também é possível controlar uma partida sem ter a bola.
3) Os portugueses são baixos, os portugueses sofreram golos após duas bolas divididas pelo ar entre os seus centrais e Bala, em lances em que talvez tenha havido mais mérito para o albanês do que demérito para Pedro Mendes e João Pereira.
Em termos individuais, é difícil destacar alguém, creio que a equipa foi sempre homogénea, ainda que esteja a apreciar o bom trabalho de André Martins como dínamo do meio-campo e das boas acções, quer defensivas como ofensivas, de ambos os laterais.
Com este empate, Portugal conseguiu isolar-se no segundo lugar, já que a Polónia perdeu surpreendentemente em casa frente à Moldávia, no entanto, como só os quatro melhores segundos se apuram, pode ter perdido uma oportunidade de ouro para chegar ao “Play-Off” por essa via.
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