quarta-feira, 5 de março de 2025

Os 6 jogadores que marcaram 25 ou + golos pelo Sporting em múltiplas épocas na I Divisão antes de Gyökeres

Apenas dois estrangeiros conseguiram essa façanha antes de Gyökeres
Viktor Gyökeres atingiu esta segunda-feira, na vitória caseira do Sporting frente ao Estoril (2-1), o registo de 25 golos na I Liga portuguesa nesta época. Na temporada passada havia faturado por 29 vezes no campeonato, o que significa que se juntou assim a um restrito clube de jogadores leoninos que marcaram 25 ou mais golos em múltiplas edições da I Divisão.
 
Antes do goleador nórdico, apenas seis atacantes haviam conseguido tal façanha, sendo que apenas um já neste século. Até mesmo avançados que deixaram saudades em Alvalade, como Acosta, Mário Jardel, Liedson ou Islam Slimani, não o conseguiram.
 
Saiba aqui quais foram os seis jogadores que marcaram 25 ou mais golos pelo Sporting em duas ou mais edições do campeonato antes de Gyökeres.
 

Peyroteo (1937-38, 1939-40, 1940-41, 1941-42, 1945-46, 1946-47 e 1948-49)

O goleador-mor dos Cinco Violinos que brilharam no ataque do Sporting no final da década de 1940 e aquele que é, ainda hoje, o melhor marcador de sempre da I Divisão, com 332 golos – mais 13 do que Eusébio e Fernando Gomes – em 197 jogos, o que equivale a uma impressionante média de 1,69 golos por partida.
Foi por seis vezes coroado melhor marcador da I Divisão, todas mais de 25 golos apontados: 1937-38 (34 golos), 1939-40 (29), 1940-41 (29), 1945-46 (39), 1946-47 (43) e 1948-49 (39). Também superou a fasquia dos 25 golos em 1941-42, mas nessa temporada os seus 28 remates certeiros foram superados pelos 36 do portista Correia Dias.
Peyroteo venceu cinco campeonatos (1940-41, 1943-44, 1946-47, 1947-48 e 1948-49).
 
 
 

João Martins (1952-53 e 1953-54)

João Martins
Avançado nascido em Sines e que começou a jogar futebol no Sport Lisboa e Sines, também conhecido no litoral alentejano por “Nacional”, mudou-se para o Sporting em 1946 e, depois de quatro anos apenas a apalpar terreno, sem ser muito utilizado, desatou a marcar golos.
Atingiu o auge da carreira em meados da década de 1950, com 26 golos na I Divisão em 1952-53 – apenas superado pelos 29 de Matateu (Belenenses) – e sobretudo com os 31 que lhe valeram o troféu de melhor marcador do campeonato em 1953-54.
De leão ao peito venceu sete campeonatos nacionais (1947-48, 1948-49, 1950-51, 1951-52, 1952-53, 1953-54 e 1957-58).
 
 
 

Yazalde (1973-74 e 1974-75)

Yazalde
Os anos passam e Hector Yazalde continua a deter o recorde de mais golos numa só edição do campeonato português: 46 em 1973-74. Nem Peyroteo, Eusébio, Fernando Gomes ou Mário Jardel conseguiram fazer melhor.
Apelidado de Chirola, o nome que era dado às moedas mais pequenas da Argentina, despontou no Independiente, que o catapultou para a seleção argentina e para o Sporting, que o contratou em janeiro de 1971 a troco de cerca de 3200 contos. No entanto, não podia ser inscrito na época que estava a decorrer, pelo que teve de esperar por 1971-72 para se estrear de leão ao peito.
Embora uma lesão lhe tivesse travado o ímpeto na primeira época em Alvalade, começou a mostrar veia goleadora na segunda, explodiu rumo à Bota de Ouro e sagrou-se campeão na terceira (1973-74) e superou pela segunda vez a fasquia dos 25 golos no campeonato na quarta (1974-75), quando faturou por 30 vezes e venceu mais uma vez o troféu de melhor marcador.
 
 
 

Rui Jordão (1979-80 e 1981-82)

A “gazela de Benguela”, que passou pelo Benfica e pelos espanhóis do Saragoça antes de se estabelecer entre 1977 e 1986 no clube do coração, aceitando o repto lançado pelo presidente João Rocha. O Benfica ainda tentou desviá-lo para a Luz, oferecendo uma proposta mais alta, mas o presidente leonino subiu a parada.
Em 1979-80, época do primeiro título nacional de leão ao peito, voltou a sagrar-se melhor marcador do campeonato português, com 31 golos – já havia vencido a Bola de Prata em 1975-76, ao serviço dos encarnados.
Voltaria a superar a fasquia dos 25 golos em mais uma época de título nacional, 1981-82, quando somou 26 remates certeiros, mas falhou a conquista do troféu de goleador-mor do campeonato porque o portista Jacques faturou por mais uma vez.
 
 
 

Manuel Fernandes (1975-76 e 1985-86)

Avançado móvel proveniente da CUF, mostrou ao que vinha logo na primeira época ao serviço do Sporting, 1975-76, quando faturou por 26 vezes no campeonato, o que lhe valeu a quarta posição na tabela dos melhores marcadores da prova, atrás dos benfiquistas Jordão (30 golos) e Nené (29) e do portista Cubillas (28).
Voltaria a superar a fasquia dos 25 golos dez épocas depois, em 1985-86, quando somou 30 remates certeiros. Aí sim, conquistou a única Bola de Prata da carreira.
Foi campeão nacional em 1979-80 e 1981-82, ao lado de Rui Jordão, mas o feito pelo qual é ainda hoje mais citado é o poker com que contribuiu para o 7-1 no dérbi entre Sporting e Benfica, à 14.ª jornada da época de 1986/87, em 14 de dezembro de 1986.
 
 
 

Bas Dost (2016-17 e 2017-18)

O segundo de três estrangeiros a superar os 25 ou mais golos no campeonato pelo Sporting em duas épocas, depois de Yazalde e antes de Gyökeres, e o primeiro a consegui-lo já neste século.
Contratação sonante no verão de 2016, pelos 11,85 milhões de euros que custou aos leões e que rendeu aos cofres do Wolfsburgo, tinha o estatuto de internacional pela Holanda e de melhor marcador da Eredivisie em 2011-12, quando vestia a camisola do Heerenveen.
Logo na primeira época em Alvalade conseguiu sagrar-se melhor marcador do campeonato português, com 34 golos, apesar de ter reforçado o Sporting já com a temporada a decorrer.
Em 2017-18 também superou a fasquia dos 25 golos, quando somou 27 remates certeiros, mas foi superado pelo benfiquista Jonas (34 golos) na tabela dos artilheiros do campeonato.
Ao contrário dos outros elementos deste restrito clube, nunca se sagrou campeão em Portugal.
 








 

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