sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O senegalês que brilhou na Académica e chegou à Premier League. Quem se lembra de Dame N'Doye?

Dame N'Doye somou seis golos em 29 jogos pela Académica
O primeiro a chegar a Portugal e a Coimbra foi o irmão mais velho, o médio ofensivo Ousmane N’Doye, nascido em 1978 e que representou Estoril, Penafiel e Académica na I Liga. Em 2006-07 esteve emprestado pela briosa aos sauditas do Al-Shabab e por isso não coincidiu no clube com o mano Dame N’Doye, um avançado alto (1,85 m) mas franzino nascido em 1985 e que despontou nos senegaleses do Jeanne d´Arc Dakar antes de representar o Al Sadd, do Qatar, e reforçar a Académica no verão de 2006.
 
Com remate forte e espontâneo e qualidade no jogo aéreo, teve impacto imediato na equipa então orientada por Manuel Machado, ajudou os estudantes a assegurar a permanência, tendo apontado quatro golos na I Liga em 25 jogos (23 a titular), aos quais se somaram dois remates certeiros em quatro partidas na Taça de Portugal – o Sporting foi uma das suas vítimas, numa derrota em Alvalade nos quartos de final da prova rainha. Nessa temporada foi o melhor marcador dos coimbrenses em todas as competições, com os mesmos seis golos do húngaro Gyánó.
 
    
 
Valorizado, após essa temporada em Coimbra deu o salto para o Panathinaikos, que pagou 800 mil euros pelo seu passe. Não se deu bem e passou por outro clube grego, o OFI de Creta, antes de assentar nos dinamarqueses do Copenhaga entre 2009 e 2012. Foi campeão nacional em 2008-09, 2009-10, 2010-11, venceu a taça em 2008-09 e 2011-12, sagrou-se melhor marcador do campeonato em 2008-09 e 2011-12 e ajudou a equipa a tornar-se na primeira da Dinamarca a atingir a fase a eliminar da Liga dos Campeões, em 2010-11.
 
 
No verão de 2012, N’Doye assinou pelo Lokomotiv Moscovo e manteve a veia goleadora, tendo apontado 27 golos em 68 jogos ao longo de dois anos e meio.
 
 
A 2 de fevereiro de 2015, a 19 dias de comemorar o 30.º aniversário, recebeu uma espécie de presente antecipado: o salto para a Premier League. Ao serviço do Hull City, ainda conseguiu marcar cinco golos em 15 jogos no campeonato inglês, insuficiente para impedir a despromoção.
 
 
Após a descida de divisão mudou-se para os turcos do Trabzonspor, mas em janeiro de 2016 regressou à Premier League para representar o Sunderland, por empréstimo. Só faturou por uma vez pelos black cats, mas ajudou-os a assegurar a permanência.
 
 
Seguiram-se dois anos no Trabzonspor antes do regresso ao Copenhaga em 2018, numa altura em que estava livre. Entre 2018 e 2020 faturou por mais 36 vezes pelo emblema da capital dinamarquesa, em 67 jogos, voltou a sagrar-se campeão (em 2018-19) e tornou-se no melhor marcador de sempre do clube, estabelecendo o recorde em 118 golos – o principal perseguidor, o brasileiro César Santin, marcou 84 entre 2008 e 2013 – antes de pendurar as botas.
 
 
Paralelamente ao seu percurso nos clubes, somou 28 internacionalizações e sete golos pelo Senegal entre 2010 e 2015, tendo marcado presença nas edições de 2012 e 2015 da Taça das Nações Africanas.
 





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