O senegalês que brilhou na Académica e chegou à Premier League. Quem se lembra de Dame N'Doye?
Dame N'Doye somou seis golos em 29 jogos pela Académica
O primeiro a chegar a Portugal e
a Coimbra foi o irmão mais velho, o médio ofensivo Ousmane N’Doye, nascido em
1978 e que representou Estoril,
Penafiel
e Académica
na I
Liga. Em 2006-07 esteve emprestado pela briosa
aos sauditas do Al-Shabab e por isso não coincidiu no clube com o mano Dame
N’Doye, um avançado alto (1,85 m) mas franzino nascido em 1985 e que despontou
nos senegaleses do Jeanne d´Arc Dakar antes de representar o Al Sadd, do Qatar,
e reforçar a Académica
no verão de 2006.
Com remate forte e espontâneo e qualidade no jogo aéreo, teve impacto imediato na equipa
então orientada por Manuel
Machado, ajudou os estudantes
a assegurar a permanência, tendo apontado quatro golos na I
Liga em 25 jogos (23 a titular), aos quais se somaram dois remates
certeiros em quatro partidas na Taça
de Portugal – o Sporting
foi uma das suas vítimas, numa derrota em Alvalade
nos quartos de final da prova
rainha. Nessa temporada foi o melhor marcador dos coimbrenses
em todas as competições, com os mesmos seis golos do húngaro Gyánó.
Valorizado, após essa temporada
em Coimbra deu o salto para o Panathinaikos, que pagou 800 mil euros pelo seu
passe. Não se deu bem e passou por outro clube grego, o OFI de Creta, antes de
assentar nos dinamarqueses do Copenhaga entre 2009 e 2012. Foi campeão nacional
em 2008-09, 2009-10, 2010-11, venceu a taça em 2008-09 e 2011-12, sagrou-se
melhor marcador do campeonato em 2008-09 e 2011-12 e ajudou a equipa a
tornar-se na primeira da Dinamarca a atingir a fase a eliminar da Liga
dos Campeões, em 2010-11.
No verão de 2012, N’Doye assinou
pelo Lokomotiv Moscovo e manteve a veia goleadora, tendo apontado 27 golos em
68 jogos ao longo de dois anos e meio.
A 2 de fevereiro de 2015, a 19
dias de comemorar o 30.º aniversário, recebeu uma espécie de presente
antecipado: o salto para a Premier
League. Ao serviço do Hull City, ainda conseguiu marcar cinco golos em 15
jogos no campeonato
inglês, insuficiente para impedir a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para os turcos do Trabzonspor, mas em janeiro de 2016 regressou à Premier
League para representar o Sunderland, por empréstimo. Só faturou por uma
vez pelos black cats, mas ajudou-os a assegurar a permanência.
Seguiram-se dois anos no Trabzonspor
antes do regresso ao Copenhaga em 2018, numa altura em que estava livre. Entre 2018
e 2020 faturou por mais 36 vezes pelo emblema da capital dinamarquesa, em 67
jogos, voltou a sagrar-se campeão (em 2018-19) e tornou-se no melhor marcador
de sempre do clube, estabelecendo o recorde em 118 golos – o principal
perseguidor, o brasileiro César Santin, marcou 84 entre 2008 e 2013 – antes de
pendurar as botas.
Paralelamente ao seu percurso nos
clubes, somou 28 internacionalizações e sete golos pelo Senegal
entre 2010 e 2015, tendo marcado presença nas edições de 2012 e 2015 da Taça
das Nações Africanas.
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