quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Hoje faz anos o criativo brasileiro que o Real Madrid cedeu ao Sporting. Quem se lembra de Rodrigo Fabri?

Rodrigo Fabri somou quatro golos em 30 jogos pelo Sporting
Médio ofensivo que despontou no Portuguesa, destacou-se na Lusa ao ponto de ter sido eleito para o melhor onze (seleção) do futebol brasileiro pela revista Placar em 1996 e 1997 e de, mesmo não representando um dos maiores clubes do seu país, ter feito a estreia pelo escrete em dezembro de 1996, quando tinha apenas 20 anos.
 
Premiado pelos bons desempenhos ao serviço do emblema paulista, vice-campeão brasileiro em 1996 e semifinalista do Brasileirão em 1997, foi mesmo convocado para a Taça das Confederações de 1997. Não chegou a ser utilizado no torneio, mas fez parte do elenco que ganhou o torneio.
 
A valorização captou o interesse de emblemas europeus, tendo sido o poderoso Real Madrid a contratá-lo no início de 1998, por um negócio avaliado em dez milhões de dólares. Apesar do esforço financeiro feito pelo clube da capital espanhola, que bateu a concorrência da Lazio e do Deportivo da Corunha, Rodrigo Fabri nunca chegou a vestir a mítica camisola blanca, tendo sido sucessivamente emprestado ao longo dos cinco anos de contrato.
 
Depois de empréstimos a Flamengo (no âmbito de um negócio que levou Sávio para os merengues), Santos e Valladolid, foi cedido ao Sporting na temporada 2000-01, tendo chegado a Alvalade já com a época a decorrer.
 
 
Nunca foi propriamente um titular indiscutível (titular 13 vezes e suplente utilizado em 17 ocasiões), até pela concorrência de nomes como João Vieira Pinto, Mbo Mpenza, Pedro Barbosa ou Sá Pinto, mas mostrou qualidade técnica, visão de jogo, capacidade para organizar o jogo e um registo razoável de envolvimento em golos (quatro remates certeiros e seis assistências em 30 partidas).
 
 
Embora tenha dado boas indicações, não ficou no plantel do Real Madrid nem foi contratado em definitivo pelo Sporting, sem dinheiro para comprar o passe do internacional brasileiro, e acabou por voltar ao Brasil.
 
 
De regresso ao país natal para representar o Grêmio, não começou bem a aventura em Porto Alegre, devido a problemas físicos e um penálti falhado diante do Olimpia nas meias-finais da Libertadores em julho de 2002. Porém, redimiu-se no Brasileirão, conseguindo tornar-se no melhor marcador da prova em 2002 (a par de Luís Fabiano), com 19 golos, um feito notável uma vez que não era um ponta de lança e tendo em conta também que o tricolor gaúcho não chegou à final.
 
 
Após terminar contrato com o Real Madrid, no verão de 2003, assinou pelo outro grande clube da capital espanhola, o Atlético, mas também não foi feliz. Não foi além de 19 jogos e dois golos (ambos diante do modesto Conquense, da II Divisão B, para a Taça do Rei) em toda a temporada 2003-04.
 
 
No final dessa época voltou ao Brasil para não mais de lá sair. Liderou uma greve por salários em atraso e desceu de divisão no Atlético Mineiro em 2005, foi campeão brasileiro pelo São Paulo apesar da escassa utilização e de uma rescisão por justa causa em 2006, sagrou-se campeão catarinense e não conseguiu evitar a despromoção à Serie B no Figueirense em 2008, voltou a viver uma descida de divisão com o Santo André em 2009, tendo decidido depois encerrar a carreira, aos 33 anos.
 
 
Após pendurar as botas foi diretor de futebol da Portuguesa e aventurou-se no mundo empresarial, nomeadamente nos setores da pecuária e construção civil.



  




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