Hoje faz anos o criativo brasileiro que o Real Madrid cedeu ao Sporting. Quem se lembra de Rodrigo Fabri?
Rodrigo Fabri somou quatro golos em 30 jogos pelo Sporting
Médio ofensivo que despontou no Portuguesa,
destacou-se na Lusaao ponto de ter sido eleito para o melhor onze (seleção) do futebol brasileiro
pela revista Placar em 1996 e 1997 e de, mesmo não representando um dos
maiores clubes do seu país, ter feito a estreia pelo escrete
em dezembro de 1996, quando tinha apenas 20 anos.
Premiado pelos bons desempenhos
ao serviço do emblema
paulista, vice-campeão brasileiro em 1996 e semifinalista do Brasileirão em
1997, foi mesmo convocado para a Taça das Confederações de 1997. Não chegou a
ser utilizado no torneio, mas fez parte do elenco que ganhou o torneio. A valorização captou o interesse
de emblemas europeus, tendo sido o poderoso Real
Madrid a contratá-lo no início de 1998, por um negócio avaliado em dez
milhões de dólares. Apesar do esforço financeiro feito pelo clube
da capital espanhola, que bateu a concorrência da Lazio
e do Deportivo
da Corunha, Rodrigo Fabri nunca chegou a vestir a mítica camisola blanca,
tendo sido sucessivamente emprestado ao longo dos cinco anos de contrato. Depois de empréstimos a Flamengo
(no âmbito de um negócio que levou Sávio para os merengues),
Santos
e Valladolid, foi cedido ao Sporting
na temporada 2000-01, tendo chegado a Alvalade
já com a época a decorrer.
Nunca foi propriamente um titular
indiscutível (titular 13 vezes e suplente utilizado em 17 ocasiões), até pela
concorrência de nomes como João Vieira Pinto, Mbo
Mpenza, Pedro Barbosa ou Sá
Pinto, mas mostrou qualidade técnica, visão de jogo, capacidade para
organizar o jogo e um registo razoável de envolvimento em golos (quatro remates
certeiros e seis assistências em 30 partidas).
Embora tenha dado boas
indicações, não ficou no plantel do Real
Madrid nem foi contratado em definitivo pelo Sporting,
sem dinheiro para comprar o passe do internacional brasileiro, e acabou por
voltar ao Brasil.
De regresso ao país natal para
representar o Grêmio,
não começou bem a aventura em Porto Alegre, devido a problemas físicos e um
penálti falhado diante do Olimpia
nas meias-finais da Libertadores
em julho de 2002. Porém, redimiu-se no Brasileirão, conseguindo tornar-se no
melhor marcador da prova em 2002 (a par de Luís
Fabiano), com 19 golos, um feito notável uma vez que não era um ponta de lança
e tendo em conta também que o tricolor
gaúcho não chegou à final.
Após terminar contrato com o Real
Madrid, no verão de 2003, assinou pelo outro grande clube da capital espanhola,
o Atlético,
mas também não foi feliz. Não foi além de 19 jogos e dois golos (ambos diante
do modesto Conquense, da II Divisão B, para a Taça do Rei) em toda a temporada
2003-04.
No final dessa época voltou ao
Brasil para não mais de lá sair. Liderou uma greve por salários em atraso e
desceu de divisão no Atlético
Mineiro em 2005, foi campeão brasileiro pelo São
Paulo apesar da escassa utilização e de uma rescisão por justa causa em
2006, sagrou-se campeão catarinense e não conseguiu evitar a despromoção à
Serie B no Figueirense
em 2008, voltou a viver uma descida de divisão com o Santo
André em 2009, tendo decidido depois encerrar a carreira, aos 33 anos.
Após pendurar as botas foi
diretor de futebol da Portuguesa
e aventurou-se no mundo empresarial, nomeadamente nos setores da pecuária e
construção civil.
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