quinta-feira, 18 de abril de 2024

O guarda-redes da equipa do Sporting que venceu a Taça das Taças. Quem se lembra de Carvalho?

Carvalho integrou o plantel do Sporting entre 1958 e 1971
Depois de Azevedo ter tocado na mesma orquestra dos cinco violinos e do polémico Carlos Gomes ter conquistado cinco campeonatos, o Sporting voltou a ir ao Barreiro recrutar um grande guarda-redes, Joaquim Carvalho, o guardião da equipa leonina que venceu a Taça das Taças e um dos magriços que marcaram presença na primeira participação portuguesa num Campeonato do Mundo.
 
Guarda-redes forte fisicamente, muito seguro e autoritário entre os postes, começou por jogar futebol nas camadas jovens do Operário do Barreiro, de onde se mudou para Luso aos 18 anos. Curiosamente, foi o porta estandarte do clube do Campo da Quinta Pequena na cerimónia da inauguração do Estádio José Alvalade, em 1956, o que lhe permitiu reforçar o sentimento sportinguista.
 
Dois anos depois, numa altura em que o conterrâneo Carlos Gomes tinha saído para Espanha, foi contratado pelo Sporting, mas teve de esperar até 1961-62, época marcada pela conquista do título nacional, para se afirmar como titular.
 
Em 1962-63 contribuiu para a conquista da Taça de Portugal, o que permitiu aos leões marcar presença na Taça das Taças da temporada seguinte, competição que os verde e brancos viriam a conquistar. Reza a lenda que, em plena finalíssima diante do MTK Budapeste, terá dado um par de estalos em Pérides por este se ter encolhido numa bola dividida.
 
Até ao fim da sua ligação ao Sporting, em 1971, haveria ainda de conquistar os campeonatos nacionais em 1965-66 e 1969-70, ajudando o clube a consolidar a tradição de ser campeão em ano de Mundial.
 
 
Por falar em Mundial, Carvalho esteve no Campeonato do Mundo de Inglaterra, em 1966, e até começou o torneio como titular, mas após a vitória por 3-1 sobre a Hungria perdeu o lugar para José Pereira, do Belenenses. Mas o guardião leonino não aceitou a decisão, tendo manifestado o seu desagrado, e acabou por nunca mais ser chamado à seleção nacional, que representou em seis ocasiões.
 
Em 1968-69 perdeu também a titularidade na baliza sportinguista para o jovem Vítor Damas, acabando por se transferir para o Atlético, onde terminou a carreira em 1971-72, depois de 268 jogos disputados de leão ao peito.
 
 
Após ter terminado a carreira de jogador, foi treinador de guarda-redes do Odivelas, tendo posteriormente integrado a estrutura do Sporting, tendo desempenhado as funções de técnico de guardiões e de olheiro. Foi nesta última condição que descobriu Rui Patrício no Leiria e Marrazes.
 
Em 2011 foi distinguido com o Prémio Stromp, na categoria Saudade.
 
 
Haveria de morrer a 5 de abril de 2022, aos 84 anos.










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