domingo, 9 de outubro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Barcelona e Celta de Vigo

Barça sentiu dificuldades para passar em Vigo em agosto de 2006
Estava de férias em Valença, cidade minhota a cerca de 35 quilómetros de Vigo, quando o campeão europeu Barcelona visitou o Celta, numa segunda-feira de verão, 28 de agosto de 2006. Ainda cheguei a alimentar a possibilidade de ver ao vivo jogadores como Deco, Samuel Eto’o ou o emergente Lionel Messi – a estrela da companhia, Ronaldinho, estava lesionado –, mas talvez por questões logísticas ou financeiras, limitei-me a ter conhecimento do resultado através de um jornal.
 
Na altura, o Barça de Frank Rijkaard era, além de detentor do título europeu, considerado de forma quase unânime uma das três melhores equipas do mundo, juntamente com o AC Milan de Carlo Ancelotti e o Chelsea de José Mourinho. Num sorteio da Champions, eram as equipas que todos queriam evitar. E Ronaldinho era o jogador da moda na altura, pois deliciava tudo e todos com os seus dribles imprevisíveis e tinha sido importante na conquista do título mundial conquistado pelo Brasil em 2002 e o principal símbolo do ressurgimento do Barça pós-Figo e Rivaldo.
 
Do outro lado, estava um Celta de Vigo que mais parecia uma versão pálida da equipa galega que anos antes se tinha estabelecido como uma das melhores equipas espanhola e que chegou a participar na Liga dos Campeões (e a chegar aos oitavos de final) em 2003-04, época que ficaria também marcada pela descida à II Liga Espanhola. Nas temporadas anteriores, o Celta tinha participado consecutivamente na Taça UEFA entre 1998-99 e 2002-03 e atingido a final da Taça do Rei em 2000-01. Jogadores que marcaram uma era no clube, como os guarda-redes Cañizares, Dutruel e Pablo Cavallero, os centrais Cáceres e Berizzo, o lateral direito Míchel Salgado, os laterais esquerdos Juanfran e Sylvinho, os médios defensivos Mazinho, Makélélé, Celades e Doriva, os médios ofensivos Karpin e Mostovoi, o extremo Gustavo López e os avançados Gudelj e Catanha, já não faziam parte do plantel.



 
Ainda assim, os celestes deram bastante luta ao Barcelona no encontro da jornada inaugural da Liga Espanhola de 2006-07, tendo vendido cara a derrota por 2-3.  O avançado internacional jovem brasileiro Fernando Baiano, na recarga a um remate de Gustavo López, inaugurou o marcador à beira do intervalo (41 minutos). No início segundo tempo, a magia de Lionel Messi virou o resultado: primeiro com uma assistência para Eto’o (55’), depois com um golo a passe de Iniesta (59’). Contudo, a resposta galega foi imediata, com Gustavo López a empatar aos 64’, na sequência de um livre lateral apontado na esquerda. Porém, um brilhante rasgo individual do islandês Eidur Gudjohnsen, a passe de Deco, deu o triunfo aos catalães ao cair do pano (87’).
 
“O Barcelona iniciou a defesa do título com uma difícil vitória em Vigo, sobre o Celta, por 3-2. Os catalães estiveram a perder, deram a volta ao resultado e consentiram nova igualdade. Valeu o golão do islandês Gudjohnsen, a três minutos do fim, a acabar com a resistência dos galegos. Com Deco no onze titular, o italiano Zambrotta a estrear-se e sem o lesionado Ronaldinho, o Barcelona começou mal o jogo, com o Celta a explorar bem o nervosismo do adversário e as lacunas reveladas na copiosa derrota (3-0) na Supertaça Europeia. O Celta conseguiu mesmo ir em vantagem ao intervalo, num golo do brasileiro Baiano. O Barcelona regressou para uma excelente segunda parte. Eto’o e Messi deram a volta ao resultado, mas o Celta voltou a empatar, volvidos quatro minutos, com Gustavo Lopez a aproveitar a indecisão do guarda-redes Valdés. Rijkaard lançou Gudjohnsen e o islandês viria a decidir o jogo, a três minutos dos 90. Centro de Deco e o ex-jogador do Chelsea livrou-se de um adversário e atirou uma ‘bomba’ indefensável”, sintetizou o Jornal de Notícias no dia seguinte.
 





   



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