Dez jogadores marcantes da história recente do Atlético |
Fundado a 18 de setembro de 1942
fruto da fusão de dois clubes da zona ocidental de Lisboa, Carcavelinhos
e União, o Atlético
Clube de Portugal é um histórico do futebol português, que contabiliza 24
presenças na I
Divisão.
Logo na primeira participação
no primeiro
escalão, em 1943-44, o emblema
de Alcântara obteve a sua melhor classificação de sempre, o 3.º lugar,
tendo-a repetido em 1949-50. Nos anos seguintes a formação
lisboeta fez furor na Taça
de Portugal, ao chegar à final em 1945-46 e 1948-49, e melhorou e ampliou
aquele que é ainda hoje o palco dos seus jogos em casa, o Estádio da Tapadinha.
Os carroceiros viveram entre as
décadas de 1940 e 1970 o seu período de maior fulgor, tendo desaparecido
da elite
do futebol nacional em 1977, após a descida à II Divisão. Entre 2011 e
2016 participou na II
Liga, tendo alcançado como melhor classificação o 9.º lugar em 2011-12, mas
depois seguiu-se uma queda abrupta até aos distritais da AF
Lisboa.
Em cinco participações na II
Liga, 123 futebolistas representaram o Atlético.
Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Palacios (53 jogos)
Em 2014-15 atuou em 34 partidas (19 a titular) e apontou seis golos,
diante de Marítimo B, Sporting
B (dois), União da Madeira, Sp.
Braga B e Sp.
Covilhã, não conseguindo impedir em campo uma despromoção que haveria de
ser anulada na secretaria devido à descida de divisão administrativa do
Beira-Mar.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Real
SC, tendo ajudado a formação
da Linha de Sintra a sagrar-se campeã do Campeonato
de Portugal.
9. Filipe Leão (53 jogos)
Após passagens por Estoril,
Fátima,
Oriental
e Torreense,
regressou à Tapadinha no verão de 2012 e por lá ficou durante dois anos, tendo
amealhado 53 encontros (todos a titular) e 78 golos sofridos na II
Liga. Em 2013-14 perdeu a titularidade já na segunda metade da época para o
internacional jovem português Mika e mostrou-se impotente para impedir que os alcantarenses
terminassem o campeonato na 22.ª e última posição, embora se tivessem salvado
posteriormente na secretaria.
Concluída a aventura de duas temporadas no emblema
lisboeta, regressou ao Mafra.
8. Hugo Carreira (58 jogos)
Hugo Carreira |
Defesa central que despontou no Barreirense,
passou pela equipa B do Deportivo
da Corunha, por Estrela
da Amadora, Nacional,
Portimonense
e pelos campeonatos de China
e Chipre antes de ingressar no Atlético
no verão de 2012.
Na primeira temporada na
Tapadinha alinhou em 31 encontros (todos a titular) e marcou um golo ao Sporting
B na II
Liga, ajudando a equipa a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 disputou 27 jogos
(sempre a titular), mas mostrou-se impotente para evitar que os alcantarenses
terminassem o campeonato na última posição, embora uma decisão administrativa
tivesse anulado a despromoção.
7. Minor López (60 jogos)
Minor López |
Possante ponta de lança (1,93 m) internacional pela Guatemala, ingressou
no Atlético
no verão de 2014, proveniente do Comunicaciones, do seu país.
Ao longo de duas épocas, nunca
foi propriamente um titular indiscutível. Aliás, até foi mais vezes suplente
utilizado (33) do que escolhido para o onze inicial (27) na II
Liga. Nesse percurso, amealhou uma dezena de golos no campeonato: diante de
Benfica
B, Marítimo B, Beira-Mar, Portimonense,
Desp.
Aves e Olhanense
em 2014-15, não conseguindo evitar em
campo uma despromoção que haveria de ser anulada na secretaria devido à descida
de divisão administrativa do Beira-Mar; e frente a Benfica
B (dois), Sp.
Covilhã e Feirense
na temporada seguinte, mostrando-se
impotente para impedir uma despromoção que, desta feita, acabou por se
confirmar.
Pelo meio, esteve na Gold Cup
2015, tendo participado, por exemplo, num surpreendente empate a zero diante do
México de Guillermo Ochoa, Diego Reyes, Miguel Layún, Héctor Herrera, Jonathan
dos Santos, Andrés Guardado, Carlos Vela e Giovani dos Santos.
No verão de 2016 deixou os alcantarenses
e rumou ao Atlético Venezuela.
6. Gonçalo Quinaz (60 jogos)
Médio ofensivo/extremo talvez
mais conhecido pelas suas participações em reality
shows da TVI do que propriamente pelos desempenhos enquanto futebolista, ingressou
pela primeira vez no Atlético
no verão de 2012.
Em meia época na Tapadinha
disputou 21 jogos (17 a titular) e apontou três golos na II
Liga, diante de Santa
Clara, Belenenses
e Portimonense,
antes de sair precisamente para os algarvios
em janeiro de 2013.
Após ano e meio em Portimão, regressou
a Alcântara em 2014-15 para participar em 32 partidas (26 a titular) e faturar
por seis vezes, frente a Oliveirense,
Marítimo B, Leixões,
Sporting
B (dois) e Desp.
Aves, numa campanha em que os lisboetas
foram despromovidos em campo, mas em que acabaram por se salvar na secretaria.
Na temporada seguinte, atuou em
sete partidas (três a titular) até final de setembro, quando decidiu entrar num
reality-show, A Quinta. “Trouxe o meu equipamento para aqui e, quer queiramos
quer não, a televisão acaba sempre por fazer publicidade e acredito que lá fora
já se fale bastante do Atlético”,
afirmou, durante uma conversa no programa.
5. Hugo Pina (64 jogos)
Hugo Pina |
Defesa central/médio defensivo formado no Sporting
ao lado de José Fonte, Custódio, Miguel Veloso, Semedo,
Hugo Viana, Yannick
Djaló, Silvestre Varela, Ricardo
Quaresma e Cristiano
Ronaldo, entre outros, passou pela equipa B dos leões,
pelo futebol
espanhol e por clubes como Olivais e Moscavide, Oriental
e Torreense
antes de ingressar no Atlético
no verão de 2012.
Na primeira época na Tapadinha atuou em 32 jogos (24 a titular) e apontou
dois golos, diante de Trofense
e Sp.
Braga B, ajudando os alcantarenses
a assegurar a permanência na II
Liga.
Em 2013-14 repetiu o número de encontros, mas desta feita começou 31 no
onze inicial, tendo somado quatro remates certeiros, frente a União da Madeira,
Marítimo B, Leixões
e Oliveirense,
insuficientes para impedir que os lisboetas
terminassem o campeonato na última posição, embora uma decisão
administrativa tivesse anulado a despromoção.
4. Marco Bicho (68 jogos)
Marco Bicho |
Médio formado e revelado pelo Barreirense,
ingressou pela primeira vez no Atlético
em 2006-07, tendo participado na célebre eliminatória da Taça
de Portugal em que os alcantarenses
foram ao Dragão
eliminar o FC
Porto.
“Íamos para desfrutar o jogo e de
repente estávamos a ganhar. E não esqueço que estava no Dragão,
a quinze minutos do final, a ouvir os nossos adeptos cantarem o 'cheira bem,
cheira a Lisboa', enquanto o FC
Porto era assobiado pelo seu público”, recordou, em declarações ao Maisfutebol.
Entretanto deu o salto para o Estoril
e passou pelos campeonatos de Chipre e Angola
antes de voltar à Tapadinha no verão de 2012. Na temporada de regresso ao clube
disputou 29 jogos (27 a titular) e apontou quatro golos, diante de Oliveirense,
Trofense,
Freamunde e Belenenses,
ajudando os lisboetas
a assegurar a permanência na II
Liga.
Já em 2013-14 foi utilizado em 39
partidas (31 a titular) e faturou por dez vezes, frente a Beira-Mar, Desp.
Aves e Sp.
Braga B, mas mostrou-se impotente para evitar um último lugar no segundo
escalão que só não deu em despromoção devido a uma decisão administrativa.
No verão de 2014 mudou-se para o
1º Dezembro.
3. Afonso Taira (68 jogos)
Médio defensivo internacional
jovem português natural de Carcavelos e filho do antigo internacional português
José Taira, jogou ao lado de Cédric, William
Carvalho, João
Carlos Teixeira, João
Mário, Iuri
Medeiros e Bruma
na formação do Sporting,
passou pelos espanhóis do Córdoba antes de ingressar no Atlético
no verão de 2012.
Na primeira época, ainda por
empréstimo do emblema andaluz, disputou 33 jogos (31 a titular) na II
Liga e apontou dois golos, diante de Portimonense
e Tondela,
ajudando os alcantarenses
a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 atuou em 35
encontros (31 a titular), mas mostrou-se impotente para impedir que a formação
lisboeta concluísse o campeonato em último lugar. Valeu o alargamento de
ambas as ligas profissionais a salvar o Atlético
na secretaria.
2. Rui Varela (71 jogos)
Ponta de lança de elevada
estatura (1,88 m) natural de Alhos Vedros, concelho da Moita, despontou no Moitense,
passou pelos juniores e pela equipa B do Benfica
e representou ainda o Juventude
Évora antes de ingressar pela primeira vez no Atlético
em 2003-04, numa época em que contribuiu para a subida à II Divisão B.
Haveria de repetir a promoção em
2005-06, já depois de uma passagem pelo Barreirense.
A temporada que se seguiu foi iniciada no Olivais e Moscavide, clube que o
emprestou aos alcantarenses
a partir de janeiro.
Entretanto voltou ao Olivais e
Moscavide e jogou nas ligas profissionais ao serviço de Estrela
da Amadora, Beira-Mar e Belenenses
antes de reforçar o Atlético
no verão de 2012. Na época de regresso ao clube atuou em 30 partidas (26 a
titular) na II
Liga e apontou seis golos, diante de Trofense,
Feirense
(dois), Belenenses,
Arouca
e FC
Porto B, ajudando os lisboetas
a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 disputou 41 jogos
(39 a titular) e somou uma dezena de remates certeiros, apontados a Benfica
B, Trofense,
Moreirense,
Santa
Clara (dois), Sp.
Braga B, União da Madeira, Feirense,
Leixões
e Académico Viseu, não conseguindo impedir um último lugar que só não deu em
despromoção devido ao alargamento de ambas as ligas profissionais.
No verão de 2014 mudou-se para o Mafra
na companhia de Vasco Varão, Filipe Leão e Hugo Pina, tendo ajudado os mafrenses
a subir pela primeira vez à II
Liga.
1. Luís Dias (94 jogos)
Luís Dias |
Lateral direito formado no Sporting
e que já tinha jogado na II
Liga ao serviço do Olivais e Moscavide, reforçou o Atlético
no verão de 2010, proveniente dos romenos do Gloria Buzau. É, por isso, o único
elemento desta lista que contribuiu para a subida ao segundo
escalão em 2010-11.
Seguiram-se três temporadas a
jogar com enorme regularidade na II
Liga, tendo nesse período amealhado 94 encontros (89 a titular) e um golo
ao Vitória
de Guimarães B (em 2012-13).
Se em 2011-12 foi um dos esteios
de uma equipa que esteve praticamente toda a primeira volta na zona de
promoção, na época que se seguiu ajudou a assegurar a permanência e em 2013-14
mostrou-se impotente para impedir um último lugar que só não deu em despromoção
devido ao alargamento de ambas as ligas profissionais.
Após quatro anos na Tapadinha,
mudou-se para o Cova
da Piedade no verão de 2014.
Sem comentários:
Enviar um comentário