sábado, 18 de setembro de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Atlético na II Liga

Dez jogadores marcantes da história recente do Atlético
Fundado a 18 de setembro de 1942 fruto da fusão de dois clubes da zona ocidental de Lisboa, Carcavelinhos e União, o Atlético Clube de Portugal é um histórico do futebol português, que contabiliza 24 presenças na I Divisão.
 
Logo na primeira participação no primeiro escalão, em 1943-44, o emblema de Alcântara obteve a sua melhor classificação de sempre, o 3.º lugar, tendo-a repetido em 1949-50. Nos anos seguintes a formação lisboeta fez furor na Taça de Portugal, ao chegar à final em 1945-46 e 1948-49, e melhorou e ampliou aquele que é ainda hoje o palco dos seus jogos em casa, o Estádio da Tapadinha.
 
Os carroceiros viveram entre as décadas de 1940 e 1970 o seu período de maior fulgor, tendo desaparecido da elite do futebol nacional em 1977, após a descida à II Divisão. Entre 2011 e 2016 participou na II Liga, tendo alcançado como melhor classificação o 9.º lugar em 2011-12, mas depois seguiu-se uma queda abrupta até aos distritais da AF Lisboa.
 
Em cinco participações na II Liga, 123 futebolistas representaram o Atlético. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Palacios (53 jogos)

Manuel Palacios
Extremo colombiano recrutado ao Patriotas no verão de 2014, nunca se impôs como um titular indiscutível, mas foi sempre bastante utilizado durante os dois anos que passou na Tapadinha.
Em 2014-15 atuou em 34 partidas (19 a titular) e apontou seis golos, diante de Marítimo B, Sporting B (dois), União da Madeira, Sp. Braga B e Sp. Covilhã, não conseguindo impedir em campo uma despromoção que haveria de ser anulada na secretaria devido à descida de divisão administrativa do Beira-Mar.
Na temporada seguinte participou em mais 19 encontros (nove a titular) e faturou por três vezes, frente a Leixões, Varzim e Mafra, mas mostrou-se impotente para evitar uma despromoção que, desta feita, acabou por se confirmar.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Real SC, tendo ajudado a formação da Linha de Sintra a sagrar-se campeã do Campeonato de Portugal.
 
 
 

9. Filipe Leão (53 jogos)

Filipe Leão
Disputou o mesmo número de jogos de Palacios, mas amealhou mais 2115 minutos em campo – 4745 contra 2630.
Guarda-redes natural da Nazaré e que jogou ao lado de João Pereira na formação do Benfica, passou por Estrela da Amadora, Farense, Marco e Mafra antes de ingressar pela primeira vez no Atlético em 2007-08, na altura para jogar na II Divisão B.
Após passagens por Estoril, Fátima, Oriental e Torreense, regressou à Tapadinha no verão de 2012 e por lá ficou durante dois anos, tendo amealhado 53 encontros (todos a titular) e 78 golos sofridos na II Liga. Em 2013-14 perdeu a titularidade já na segunda metade da época para o internacional jovem português Mika e mostrou-se impotente para impedir que os alcantarenses terminassem o campeonato na 22.ª e última posição, embora se tivessem salvado posteriormente na secretaria.
Concluída a aventura de duas temporadas no emblema lisboeta, regressou ao Mafra.
 
 
 

8. Hugo Carreira (58 jogos)

Hugo Carreira
Defesa central que despontou no Barreirense, passou pela equipa B do Deportivo da Corunha, por Estrela da Amadora, Nacional, Portimonense e pelos campeonatos de China e Chipre antes de ingressar no Atlético no verão de 2012.
Na primeira temporada na Tapadinha alinhou em 31 encontros (todos a titular) e marcou um golo ao Sporting B na II Liga, ajudando a equipa a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 disputou 27 jogos (sempre a titular), mas mostrou-se impotente para evitar que os alcantarenses terminassem o campeonato na última posição, embora uma decisão administrativa tivesse anulado a despromoção.
Após dois anos no emblema lisboeta, regressou ao Barreiro para representar o Fabril.
 
 
 

7. Minor López (60 jogos)

Minor López
Possante ponta de lança (1,93 m) internacional pela Guatemala, ingressou no Atlético no verão de 2014, proveniente do Comunicaciones, do seu país.
Ao longo de duas épocas, nunca foi propriamente um titular indiscutível. Aliás, até foi mais vezes suplente utilizado (33) do que escolhido para o onze inicial (27) na II Liga. Nesse percurso, amealhou uma dezena de golos no campeonato: diante de Benfica B, Marítimo B, Beira-Mar, Portimonense, Desp. Aves e Olhanense em 2014-15, não conseguindo evitar em campo uma despromoção que haveria de ser anulada na secretaria devido à descida de divisão administrativa do Beira-Mar; e frente a Benfica B (dois), Sp. Covilhã e Feirense na temporada seguinte, mostrando-se impotente para impedir uma despromoção que, desta feita, acabou por se confirmar.
Pelo meio, esteve na Gold Cup 2015, tendo participado, por exemplo, num surpreendente empate a zero diante do México de Guillermo Ochoa, Diego Reyes, Miguel Layún, Héctor Herrera, Jonathan dos Santos, Andrés Guardado, Carlos Vela e Giovani dos Santos.
No verão de 2016 deixou os alcantarenses e rumou ao Atlético Venezuela.
 
 

6. Gonçalo Quinaz (60 jogos)

Gonçalo Quinaz
Disputou o mesmo número de jogos de Minor López, mas amealhou mais 1340 minutos em campo – 4209 contra 2869.
Médio ofensivo/extremo talvez mais conhecido pelas suas participações em reality shows da TVI do que propriamente pelos desempenhos enquanto futebolista, ingressou pela primeira vez no Atlético no verão de 2012.
Em meia época na Tapadinha disputou 21 jogos (17 a titular) e apontou três golos na II Liga, diante de Santa Clara, Belenenses e Portimonense, antes de sair precisamente para os algarvios em janeiro de 2013.
Após ano e meio em Portimão, regressou a Alcântara em 2014-15 para participar em 32 partidas (26 a titular) e faturar por seis vezes, frente a Oliveirense, Marítimo B, Leixões, Sporting B (dois) e Desp. Aves, numa campanha em que os lisboetas foram despromovidos em campo, mas em que acabaram por se salvar na secretaria.
Na temporada seguinte, atuou em sete partidas (três a titular) até final de setembro, quando decidiu entrar num reality-show, A Quinta. “Trouxe o meu equipamento para aqui e, quer queiramos quer não, a televisão acaba sempre por fazer publicidade e acredito que lá fora já se fale bastante do Atlético”, afirmou, durante uma conversa no programa.
 
 
 

5. Hugo Pina (64 jogos)

Hugo Pina
Defesa central/médio defensivo formado no Sporting ao lado de José Fonte, Custódio, Miguel Veloso, Semedo, Hugo Viana, Yannick Djaló, Silvestre Varela, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, entre outros, passou pela equipa B dos leões, pelo futebol espanhol e por clubes como Olivais e Moscavide, Oriental e Torreense antes de ingressar no Atlético no verão de 2012.
Na primeira época na Tapadinha atuou em 32 jogos (24 a titular) e apontou dois golos, diante de Trofense e Sp. Braga B, ajudando os alcantarenses a assegurar a permanência na II Liga.
Em 2013-14 repetiu o número de encontros, mas desta feita começou 31 no onze inicial, tendo somado quatro remates certeiros, frente a União da Madeira, Marítimo B, Leixões e Oliveirense, insuficientes para impedir que os lisboetas terminassem o campeonato na última posição, embora uma decisão administrativa tivesse anulado a despromoção.
No verão de 2014 mudou-se para o Mafra, tendo ajudado os mafrenses a alcançar a primeira promoção de sempre à II Liga.
 
 
 

4. Marco Bicho (68 jogos)

Marco Bicho
Médio formado e revelado pelo Barreirense, ingressou pela primeira vez no Atlético em 2006-07, tendo participado na célebre eliminatória da Taça de Portugal em que os alcantarenses foram ao Dragão eliminar o FC Porto.
“Íamos para desfrutar o jogo e de repente estávamos a ganhar. E não esqueço que estava no Dragão, a quinze minutos do final, a ouvir os nossos adeptos cantarem o 'cheira bem, cheira a Lisboa', enquanto o FC Porto era assobiado pelo seu público”, recordou, em declarações ao Maisfutebol.
Entretanto deu o salto para o Estoril e passou pelos campeonatos de Chipre e Angola antes de voltar à Tapadinha no verão de 2012. Na temporada de regresso ao clube disputou 29 jogos (27 a titular) e apontou quatro golos, diante de Oliveirense, Trofense, Freamunde e Belenenses, ajudando os lisboetas a assegurar a permanência na II Liga.
Já em 2013-14 foi utilizado em 39 partidas (31 a titular) e faturou por dez vezes, frente a Beira-Mar, Desp. Aves e Sp. Braga B, mas mostrou-se impotente para evitar um último lugar no segundo escalão que só não deu em despromoção devido a uma decisão administrativa.
No verão de 2014 mudou-se para o 1º Dezembro.
 
 
 

3. Afonso Taira (68 jogos)

Afonso Taira
Disputou o mesmo número de jogos de Marco Bicho, mas amealhou mais 644 minutos em campo – 5543 contra 4899.
Médio defensivo internacional jovem português natural de Carcavelos e filho do antigo internacional português José Taira, jogou ao lado de Cédric, William Carvalho, João Carlos Teixeira, João Mário, Iuri Medeiros e Bruma na formação do Sporting, passou pelos espanhóis do Córdoba antes de ingressar no Atlético no verão de 2012.
Na primeira época, ainda por empréstimo do emblema andaluz, disputou 33 jogos (31 a titular) na II Liga e apontou dois golos, diante de Portimonense e Tondela, ajudando os alcantarenses a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 atuou em 35 encontros (31 a titular), mas mostrou-se impotente para impedir que a formação lisboeta concluísse o campeonato em último lugar. Valeu o alargamento de ambas as ligas profissionais a salvar o Atlético na secretaria.
Ainda assim, valorizou-se e deu o salto para o Estoril, na altura a militar na I Liga.
 
 
 

2. Rui Varela (71 jogos)

Rui Varela
O melhor marcador de sempre do Atlético na II Liga, com 16 golos.
Ponta de lança de elevada estatura (1,88 m) natural de Alhos Vedros, concelho da Moita, despontou no Moitense, passou pelos juniores e pela equipa B do Benfica e representou ainda o Juventude Évora antes de ingressar pela primeira vez no Atlético em 2003-04, numa época em que contribuiu para a subida à II Divisão B.
Haveria de repetir a promoção em 2005-06, já depois de uma passagem pelo Barreirense. A temporada que se seguiu foi iniciada no Olivais e Moscavide, clube que o emprestou aos alcantarenses a partir de janeiro.
Entretanto voltou ao Olivais e Moscavide e jogou nas ligas profissionais ao serviço de Estrela da Amadora, Beira-Mar e Belenenses antes de reforçar o Atlético no verão de 2012. Na época de regresso ao clube atuou em 30 partidas (26 a titular) na II Liga e apontou seis golos, diante de Trofense, Feirense (dois), Belenenses, Arouca e FC Porto B, ajudando os lisboetas a assegurar a permanência.
Já em 2013-14 disputou 41 jogos (39 a titular) e somou uma dezena de remates certeiros, apontados a Benfica B, Trofense, Moreirense, Santa Clara (dois), Sp. Braga B, União da Madeira, Feirense, Leixões e Académico Viseu, não conseguindo impedir um último lugar que só não deu em despromoção devido ao alargamento de ambas as ligas profissionais.
No verão de 2014 mudou-se para o Mafra na companhia de Vasco Varão, Filipe Leão e Hugo Pina, tendo ajudado os mafrenses a subir pela primeira vez à II Liga.
 
 
 

1. Luís Dias (94 jogos)

Luís Dias
Lateral direito formado no Sporting e que já tinha jogado na II Liga ao serviço do Olivais e Moscavide, reforçou o Atlético no verão de 2010, proveniente dos romenos do Gloria Buzau. É, por isso, o único elemento desta lista que contribuiu para a subida ao segundo escalão em 2010-11.
Seguiram-se três temporadas a jogar com enorme regularidade na II Liga, tendo nesse período amealhado 94 encontros (89 a titular) e um golo ao Vitória de Guimarães B (em 2012-13).
Se em 2011-12 foi um dos esteios de uma equipa que esteve praticamente toda a primeira volta na zona de promoção, na época que se seguiu ajudou a assegurar a permanência e em 2013-14 mostrou-se impotente para impedir um último lugar que só não deu em despromoção devido ao alargamento de ambas as ligas profissionais.
Após quatro anos na Tapadinha, mudou-se para o Cova da Piedade no verão de 2014.



 




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