Vizela estreou-se na I Divisão em 1984-85 |
Fundado a 1 de janeiro de 1939, o
Futebol
Clube de Vizela prepara-se para regressar à I
Divisão, patamar em que já tinha participado em 1984-85, quando concluiu o
campeonato em 16.º e último lugar.
Nessa temporada, os vizelenses
jogaram no estádio do Vitória
de Guimarães, que na altura era um recinto municipal, numa altura em que Vizela
pertencia ainda ao concelho de Guimarães.
Até ao início da década de 1960,
os azuis
e brancos estiveram quase sempre nos campeonatos da AF
Braga, à exceção das épocas 1942-43 e 1943-44, quando competiram na II
Divisão Nacional.
Em 1962-63 iniciou um longo
trajeto nos campeonatos nacionais que, até aos dias de hoje, apenas foi
interrompido entre 1975 e 1977. Além da participação na I
Divisão em 1984-85, o emblema
minhoto marcou presença na II
Liga entre 2005 e 2009, em 2016-17 e 2020-21.
10. Nelito (21 jogos)
Nelito |
Avançado nascido em Angola,
surgiu na equipa principal do Belenenses
em 1976-77 e, entretanto, passou por Gil
Vicente, O
Elvas, Cova
da Piedade, Ginásio
de Alcobaça e Salgueiros
antes de reforçar o Vizela
no verão de 1984, a fim de participar na única temporada dos azuis
e brancos na I
Divisão.
Na única temporada que passou no
clube disputou 21 jogos (13 a titular) e apontou três golos, diante de Académica
(dois) e Salgueiros,
insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
regressou ao O
Elvas.
9. Perrichon (22 jogos)
Perrichon |
Médio que concluiu a formação no Sp.
Braga no final da década de 1970, recebeu como alcunha o nome do argentino
que em 1966 deu a primeira Taça de Portugal aos bracarenses.
No verão de 1981, após passagens
por Merelinense e Prado, surgiu como reforço do Vizela,
então ainda na III Divisão, e nas três primeiras épocas de azul
e branco alcançou duas promoções, primeiro à II Divisão e depois ao primeiro
escalão.
Em 1984-85, a única temporada da
carreira em que competiu na I
Divisão, atuou em 22 encontros (17 a titular) e marcou um golo ao Benfica
em pleno Estádio da Luz, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Fafe,
mas haveria de voltar aos vizelenses
em 1987-88, depois de uma passagem pelo Gil
Vicente.
8. Russo (25 jogos)
Russo |
Defesa central brasileiro que no
seu país tinha representado clubes como Vasco,
Criciúma, Vitória e Bahia, chegou a Portugal no verão de 1982 pela porta no Ginásio
de Alcobaça, clube pelo qual se estreou na I
Divisão.
Após dois anos no emblema
da região Oeste mudou-se para o Vizela,
tendo participado em 25 encontros (todos a titular) ao serviço dos minhotos
no primeiro
escalão em 1984-85, não conseguindo evitar a descida de divisão.
Após a despromoção transferiu-se
para o Marítimo.
7. Barbosa (27 jogos)
Barbosa |
Médio de características
ofensivas natural de Matosinhos e formado no Leixões,
passou pela equipa principal dos leixonenses
e pelo Boavista
antes de ingressar no Vizela
no verão de 1984.
Na única temporada que passou no emblema
minhoto participou em 27 encontros (26 a titular) e apontou quatro golos,
diante de Académica,
Portimonense,
Rio
Ave e Vitória
de Setúbal, registo ainda assim insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Sp.
Braga na companhia de Toni.
6. Fernando Jorge (27 jogos)
Fernando Jorge |
Disputou o mesmo número de jogos
de António Barbosa, mas amealhou mais 29 minutos em campo – 2209 contra 2180.
Na única temporada que passou
no emblema
minhoto disputou 27 partidas (26 a titular) e faturou por quatro vezes,
diante de Vitória
de Guimarães, Sporting,
Varzim e Penafiel,
mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Famalicão.
Haveria de falecer em dezembro
de 2019, aos 61 anos, vítima de doenças prolongada.
5. Toni (27 jogos)
Toni Conceição |
Disputou o mesmo número de jogos
de Fernando Jorge e António Barbosa, mas amealhou mais minutos em campo: 2329.
Lateral direito natural de Maximinos,
concelho de Braga, formou-se e iniciou o seu trajeto como sénior no Sp.
Braga. No entanto, não encontrou espaço na equipa principal e teve de
procurar a sorte noutras paragens, tendo representado pela primeira vez o Vizela
em 1981-82, época marcada pela subida à II Divisão.
Na temporada seguinte vestiu a
camisola do Riopele,
mas em 1983-84 regressou aos azuis
e brancos para alcançar mais uma promoção ao primeiro
escalão, patamar em que na época que se seguiu disputou 27 jogos (26 a
titular), não conseguindo evitar a despromoção. “
“Em Vizela
estive ligado a duas subidas da III à II e da II à I
Divisão Nacional. Foram três épocas
magníficas, que marcaram muito a minha carreira desportiva de atleta de
futebol. Aí fiz boas amizades, diria que me apaixonei pelo clube, fui muito bem
acolhido e ainda hoje, quando visito Vizela
ou vou ver um jogo ao estádio, sinto o carinho das pessoas. É isso que marca,
isso é que fica para um futuro, as relações, as amizades e as recordações”,
recordou à Rádio Vizela já este ano.
“Conseguimos um feito inédito na
história do clube ao chegar à I
Divisão, mas as coisas foram muito complicadas para todos nós. A maior era não termos casa para treinar e
para jogar, andávamos sempre com a casa às costas, como se costuma dizer.
Jogávamos em Guimarães, mas tínhamos muitas dificuldades para treinar lá, íamos
treinar uma ou duas vezes por semana, mas algumas vezes a porta do estádio
estava fechada. Foi um ano muito difícil, a direção passou por muitos
problemas, quando as coisas não estão bem, é difícil conseguir algo positivo. A
intenção nesse ano era permanecer, contudo foi uma passagem, mas ainda assim um
momento muito bom, que ficou para a história”, acrescentou, revelando carinho
pelo clube.
Após a descida de divisão
regressou ao Sp.
Braga para se afirmar em definitivo, tendo inclusivamente chegado à seleção
nacional AA e dado o salto para o FC
Porto.
4. Pita (28 jogos)
Pita |
Ponta de lança guineense, entrou
no futebol português pela porta do Riopele
em 1980-81.
Após três anos no clube-empresa
de Vila Nova de Famalicão, transferiu-se para o Vizela
no verão de 1983 na companhia de Toni, tendo alcançado a subida à I
Divisão na primeira época no clube.
No primeiro
escalão, em 1984-85, participou em 28 partidas e apontou oito golos,
registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos vizelenses
no patamar
maior do futebol português. Varzim, Sporting,
Sp.
Braga (dois), FC
Porto, Boavista
(dois) e Portimonense
foram as vítimas de Pita, que ainda assim se mostrou impotente para evitar a
despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Portimonense.
3. José Carlos (29 jogos)
José Carlos |
Lateral esquerdo natural de Beja,
concluiu a formação e iniciou o trajeto como sénior no Vitória
de Setúbal, tendo ainda passado por Juventude
Évora, Ginásio
de Alcobaça e Lusitano
Évora antes de reforçar o Vizela
no verão de 1984.
Na única temporada que passou no
clube participou em 29 partidas (todas a titular) na I
Divisão, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
regressou ao Vitória
de Setúbal, mas voltou a representar o emblema
minhoto entre 1986 e 1988 na II Divisão.
2. Faria (30 jogos)
Fernando Faria |
Extremo natural de Lousada,
passou pelas camadas jovens do Vizela,
mas concluiu a formação no FC
Porto em 1977-78 ao lado de Zé Beto, voltou ao emblema
minhoto assim que subiu a sénior. “Cheguei aos 13 anos, fui recrutado pelo Vizela
para jogar nas suas camadas jovens, para os iniciados, e iniciei a minha
carreira como futebolista. É evidente que ainda muito verde, até porque
estudava e jogava, os treinos eram à noite. Quando fui para o FC
Porto houve aí uma alteração, até na minha mentalidade, de que poderia
efetivamente vir a seguir a carreira de profissional de futebol”, recordou à Rádio
Vizela.
Nos primeiros anos na equipa
principal alcançou duas subidas à II Divisão (em 1980 e 1982), uma descida à
III Divisão (em 1981) e, por fim, uma promoção ao primeiro
escalão (em 1984).
Na única temporada em que
competiu na I
Divisão disputou 30 encontros (todos a titular) e apontou quatro golos,
diante de Salgueiros,
Vitória
de Setúbal, Académica
e Sp.
Braga, não conseguindo impedir a descida de divisão.
“Estive sete anos consecutivos,
um orgulho muito grande. Ganhei os principais títulos do Vizela,
tudo o que o Vizela
tem de bom, eu consegui. Fui campeão nacional da terceira divisão, campeão da
segunda divisão, subimos à I
Divisão, fui capitão durante 30 jogos. São argumentos que me alimentam o
ego”, lembrou, orgulhoso do seu percurso no clube.
Após a despromoção transferiu-se
para o Tirsense,
mas haveria de voltar a representar os vizelenses
em 1987-88 e entre 1990 e 1992.
Entretanto encerrou a carreira de
futebolista e iniciou a de treinador, tendo orientado a equipa principal do Vizela
entre setembro de 1997 e janeiro de 1998 e entre fevereiro de 2001 e fevereiro
de 2002.
1. Manuel Correia (30 jogos)
Manuel Correia |
Disputou o mesmo número de jogos
de Faria, mas amealhou mais 56 minutos em campo – 2652 contra 2596.
Defesa central natural do Seixal,
na margem sul do Tejo, passou pelos juvenis do Sporting,
mas fez a maior parte da formação no Seixal
FC, clube em que se iniciou no futebol sénior. Posteriormente representou Sesimbra
e O
Elvas antes de reforçar o Vizela
no verão de 1984.
Na primeira época no emblema
minhoto foi titular nas 30 jornadas do campeonato da I
Divisão e marcou um golo ao Salgueiros,
insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu no clube por mais duas épocas, transferindo-se em 1987 para o Penafiel.
Depois de encerrar a carreira de
jogador iniciou a de treinador, tendo dirigido a equipa principal dos vizelenses
entre agosto e novembro de 2006 e entre agosto e novembro de 2007.
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