segunda-feira, 12 de julho de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Vizela na I Divisão

Vizela estreou-se na I Divisão em 1984-85
Fundado a 1 de janeiro de 1939, o Futebol Clube de Vizela prepara-se para regressar à I Divisão, patamar em que já tinha participado em 1984-85, quando concluiu o campeonato em 16.º e último lugar.
 
Nessa temporada, os vizelenses jogaram no estádio do Vitória de Guimarães, que na altura era um recinto municipal, numa altura em que Vizela pertencia ainda ao concelho de Guimarães.
 
Até ao início da década de 1960, os azuis e brancos estiveram quase sempre nos campeonatos da AF Braga, à exceção das épocas 1942-43 e 1943-44, quando competiram na II Divisão Nacional.
 
Em 1962-63 iniciou um longo trajeto nos campeonatos nacionais que, até aos dias de hoje, apenas foi interrompido entre 1975 e 1977. Além da participação na I Divisão em 1984-85, o emblema minhoto marcou presença na II Liga entre 2005 e 2009, em 2016-17 e 2020-21.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Vizela na I Divisão.
 
 

10. Nelito (21 jogos)

Nelito
Avançado nascido em Angola, surgiu na equipa principal do Belenenses em 1976-77 e, entretanto, passou por Gil Vicente, O Elvas, Cova da Piedade, Ginásio de Alcobaça e Salgueiros antes de reforçar o Vizela no verão de 1984, a fim de participar na única temporada dos azuis e brancos na I Divisão.
Na única temporada que passou no clube disputou 21 jogos (13 a titular) e apontou três golos, diante de Académica (dois) e Salgueiros, insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou ao O Elvas.
 
 

9. Perrichon (22 jogos)

Perrichon
Médio que concluiu a formação no Sp. Braga no final da década de 1970, recebeu como alcunha o nome do argentino que em 1966 deu a primeira Taça de Portugal aos bracarenses.
No verão de 1981, após passagens por Merelinense e Prado, surgiu como reforço do Vizela, então ainda na III Divisão, e nas três primeiras épocas de azul e branco alcançou duas promoções, primeiro à II Divisão e depois ao primeiro escalão.
Em 1984-85, a única temporada da carreira em que competiu na I Divisão, atuou em 22 encontros (17 a titular) e marcou um golo ao Benfica em pleno Estádio da Luz, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Fafe, mas haveria de voltar aos vizelenses em 1987-88, depois de uma passagem pelo Gil Vicente.
 
 
 

8. Russo (25 jogos)

Russo
Defesa central brasileiro que no seu país tinha representado clubes como Vasco, Criciúma, Vitória e Bahia, chegou a Portugal no verão de 1982 pela porta no Ginásio de Alcobaça, clube pelo qual se estreou na I Divisão.
Após dois anos no emblema da região Oeste mudou-se para o Vizela, tendo participado em 25 encontros (todos a titular) ao serviço dos minhotos no primeiro escalão em 1984-85, não conseguindo evitar a descida de divisão.
Após a despromoção transferiu-se para o Marítimo.
 
 

7. Barbosa (27 jogos)

Barbosa
Médio de características ofensivas natural de Matosinhos e formado no Leixões, passou pela equipa principal dos leixonenses e pelo Boavista antes de ingressar no Vizela no verão de 1984.
Na única temporada que passou no emblema minhoto participou em 27 encontros (26 a titular) e apontou quatro golos, diante de Académica, Portimonense, Rio Ave e Vitória de Setúbal, registo ainda assim insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão mudou-se para o Sp. Braga na companhia de Toni.
 
 
 

6. Fernando Jorge (27 jogos)

Fernando Jorge
Disputou o mesmo número de jogos de António Barbosa, mas amealhou mais 29 minutos em campo – 2209 contra 2180.
Médio natural do Porto, passou quatro temporadas no Leixões antes de reforçar o Vizela no verão de 1984.
Na única temporada que passou no emblema minhoto disputou 27 partidas (26 a titular) e faturou por quatro vezes, diante de Vitória de Guimarães, Sporting, Varzim e Penafiel, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Famalicão.
Haveria de falecer em dezembro de 2019, aos 61 anos, vítima de doenças prolongada.
 
 
 

5. Toni (27 jogos)

Toni Conceição
Disputou o mesmo número de jogos de Fernando Jorge e António Barbosa, mas amealhou mais minutos em campo: 2329.
Lateral direito natural de Maximinos, concelho de Braga, formou-se e iniciou o seu trajeto como sénior no Sp. Braga. No entanto, não encontrou espaço na equipa principal e teve de procurar a sorte noutras paragens, tendo representado pela primeira vez o Vizela em 1981-82, época marcada pela subida à II Divisão.
Na temporada seguinte vestiu a camisola do Riopele, mas em 1983-84 regressou aos azuis e brancos para alcançar mais uma promoção ao primeiro escalão, patamar em que na época que se seguiu disputou 27 jogos (26 a titular), não conseguindo evitar a despromoção. “
“Em Vizela estive ligado a duas subidas da III à II e da II à I Divisão Nacional.  Foram três épocas magníficas, que marcaram muito a minha carreira desportiva de atleta de futebol. Aí fiz boas amizades, diria que me apaixonei pelo clube, fui muito bem acolhido e ainda hoje, quando visito Vizela ou vou ver um jogo ao estádio, sinto o carinho das pessoas. É isso que marca, isso é que fica para um futuro, as relações, as amizades e as recordações”, recordou à Rádio Vizela já este ano.
“Conseguimos um feito inédito na história do clube ao chegar à I Divisão, mas as coisas foram muito complicadas para todos nós.  A maior era não termos casa para treinar e para jogar, andávamos sempre com a casa às costas, como se costuma dizer. Jogávamos em Guimarães, mas tínhamos muitas dificuldades para treinar lá, íamos treinar uma ou duas vezes por semana, mas algumas vezes a porta do estádio estava fechada. Foi um ano muito difícil, a direção passou por muitos problemas, quando as coisas não estão bem, é difícil conseguir algo positivo. A intenção nesse ano era permanecer, contudo foi uma passagem, mas ainda assim um momento muito bom, que ficou para a história”, acrescentou, revelando carinho pelo clube.
Após a descida de divisão regressou ao Sp. Braga para se afirmar em definitivo, tendo inclusivamente chegado à seleção nacional AA e dado o salto para o FC Porto.
 
 

4. Pita (28 jogos)

Pita
Ponta de lança guineense, entrou no futebol português pela porta do Riopele em 1980-81.
Após três anos no clube-empresa de Vila Nova de Famalicão, transferiu-se para o Vizela no verão de 1983 na companhia de Toni, tendo alcançado a subida à I Divisão na primeira época no clube.
No primeiro escalão, em 1984-85, participou em 28 partidas e apontou oito golos, registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos vizelenses no patamar maior do futebol português. Varzim, Sporting, Sp. Braga (dois), FC Porto, Boavista (dois) e Portimonense foram as vítimas de Pita, que ainda assim se mostrou impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Portimonense.
 
 
 
 

3. José Carlos (29 jogos)

José Carlos
Lateral esquerdo natural de Beja, concluiu a formação e iniciou o trajeto como sénior no Vitória de Setúbal, tendo ainda passado por Juventude Évora, Ginásio de Alcobaça e Lusitano Évora antes de reforçar o Vizela no verão de 1984.
Na única temporada que passou no clube participou em 29 partidas (todas a titular) na I Divisão, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou ao Vitória de Setúbal, mas voltou a representar o emblema minhoto entre 1986 e 1988 na II Divisão.
 
 



2. Faria (30 jogos)

Fernando Faria
Extremo natural de Lousada, passou pelas camadas jovens do Vizela, mas concluiu a formação no FC Porto em 1977-78 ao lado de Zé Beto, voltou ao emblema minhoto assim que subiu a sénior. “Cheguei aos 13 anos, fui recrutado pelo Vizela para jogar nas suas camadas jovens, para os iniciados, e iniciei a minha carreira como futebolista. É evidente que ainda muito verde, até porque estudava e jogava, os treinos eram à noite. Quando fui para o FC Porto houve aí uma alteração, até na minha mentalidade, de que poderia efetivamente vir a seguir a carreira de profissional de futebol”, recordou à Rádio Vizela.
Nos primeiros anos na equipa principal alcançou duas subidas à II Divisão (em 1980 e 1982), uma descida à III Divisão (em 1981) e, por fim, uma promoção ao primeiro escalão (em 1984).
Na única temporada em que competiu na I Divisão disputou 30 encontros (todos a titular) e apontou quatro golos, diante de Salgueiros, Vitória de Setúbal, Académica e Sp. Braga, não conseguindo impedir a descida de divisão.
“Estive sete anos consecutivos, um orgulho muito grande. Ganhei os principais títulos do Vizela, tudo o que o Vizela tem de bom, eu consegui. Fui campeão nacional da terceira divisão, campeão da segunda divisão, subimos à I Divisão, fui capitão durante 30 jogos. São argumentos que me alimentam o ego”, lembrou, orgulhoso do seu percurso no clube.
Após a despromoção transferiu-se para o Tirsense, mas haveria de voltar a representar os vizelenses em 1987-88 e entre 1990 e 1992.
Entretanto encerrou a carreira de futebolista e iniciou a de treinador, tendo orientado a equipa principal do Vizela entre setembro de 1997 e janeiro de 1998 e entre fevereiro de 2001 e fevereiro de 2002.
 
 

1. Manuel Correia (30 jogos)

Manuel Correia
Disputou o mesmo número de jogos de Faria, mas amealhou mais 56 minutos em campo – 2652 contra 2596.
Defesa central natural do Seixal, na margem sul do Tejo, passou pelos juvenis do Sporting, mas fez a maior parte da formação no Seixal FC, clube em que se iniciou no futebol sénior. Posteriormente representou Sesimbra e O Elvas antes de reforçar o Vizela no verão de 1984.
Na primeira época no emblema minhoto foi titular nas 30 jornadas do campeonato da I Divisão e marcou um golo ao Salgueiros, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu no clube por mais duas épocas, transferindo-se em 1987 para o Penafiel.
Depois de encerrar a carreira de jogador iniciou a de treinador, tendo dirigido a equipa principal dos vizelenses entre agosto e novembro de 2006 e entre agosto e novembro de 2007.




 






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