Hoje faz anos a promessa brasileira do Man United que teve uma passagem fugaz por Braga. Quem se lembra de Possebon?

Rodrigo Possebon disputou apenas um jogo pelo Sp. Braga

Um daqueles casos de uma promessa muito badalada, mas nunca cumprida. Médio defensivo possante (1,85 m) e com bom toque de bola formado no Internacional de Porto Alegre, ainda não tinha feito um único jogo pela equipa principal do colorado quando assinou pelo Manchester United em janeiro de 2008, por indicação do olheiro dos red devils sediado no Brasil, John Calvert-Toulmin, que na mesma altura recomendou as contratações dos laterais gémeos Fábio e Rafael da Silva, do Fluminense.

 
Por possuir ascendência italiana, era elegível para obter passaporte italiano, pelo que não necessitou de se submeter às leis britânicas relativas à contratação de cidadãos não pertencentes aos países da União Europeia.
 
Em 2008-09 partilhou o balneário com estrelas como Cristiano Ronaldo, Nani, Van der Sar, Rio Ferdinand, Nemanja Vidic, Patrice Evra, Paul Scholes, Wayne Rooney, Carlos Tévez ou Ryan Giggs, às ordens de Alex Ferguson. Ficou com o número 34 e fez a estreia oficial a 17 de agosto de 2008, substituindo Giggs numa receção ao Newcastle na jornada inaugural da Premier League.
 
Nessa época venceu a Taça da Liga inglesa e só não foi considerado campeão inglês porque para tal era necessário ter atuado em dez partidas no campeonato – só foi utilizado em três encontros. Por outro lado, não chegou a entrar em campo na decisão da Community Shield, diante do Portsmouth, mas foi considerado vencedor do troféu porque estava inscrito na ficha de jogo. Pelo meio chegou a representar a seleção italiana de sub-20 em abril de 2009.
 

 

Em 2009-10 foi emprestado ao Sp. Braga e o seu possível impacto no futebol português gerou grande expetativa, mas apenas disputou um jogo. Foi lançado no onze inicial por Domingos Paciência numa visita aos suecos do Elfsborg, na terceira pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga Europa, mas foi substituído ainda no decorrer da primeira parte, aos 34 minutos, quando os suecos já venciam por 2-0.
 
Em janeiro de 2010 foi devolvido ao Manchester United e nunca mais se conseguiu reerguer: passou sem sucesso por Santos, Vicenza, Criciúma, Mirassol, Juventude, Náutico, URT, Passo Fundo e até pelos vietnamitas do Hồ Chí Minh City.
 

 

Após pendurar as botas em 2018, quando tinha apenas 29 anos, dedicou-se ao dirigismo. Já foi dirigente no Ferroviária, de São Paulo, e nas camadas jovens do Barra FC, de Santa Catarina. Atualmente trabalha no Athletico Paranaense.