Hoje faz anos o médio internacional brasileiro que passou duas meias épocas no Sporting. Quem se lembra de Tinga?
Tinga somou 24 jogos e um golo de leão ao peito
Médio de baixa estatura (1,70 m),
mas robusto fisicamente e com um futebol dinâmico, nasceu em Porto Alegre e fez
a formação e os primeiros anos de sénior no Grêmio,
clube ao serviço do qual venceu duas Copas do Brasil (1997 e 2001) e um
campeonato gaúcho (2001). No tricolor
gaúcho, Paulo César Fonseca Nascimento de seu nome verdadeiro ganhou
ainda a alcunha de Tinga, em alusão ao bairro Restinga, onde cresceu.
Em agosto de 2001 tornou-se
internacional A pelo Brasil
e no ano seguinte venceu a Bola de Prata brasileira da revista Placar, mas
antes desta afirmação este emprestado ao Kawasaki Frontale, da II Liga
japonesa, e ao Botafogo.
No seguimento de divergências
salariais entre Tinga e o Grêmio,
o centrocampista assinou pelo Sporting
em janeiro de 2004 e rapidamente se tornou titular no 4x4x2 losango implementado
por Fernando Santos, aproveitando a lesão de Fábio Rochemback para se impor. Em
onze jogos na segunda metade da época 2003-04, foi titular em dez. Na temporada seguinte perdeu algum
protagonismo às ordens de José
Peseiro. Dos 13 jogos em que foi utilizado na primeira metade de 2004-05, nove
foram como titular, tendo
marcado um golo ao Rapid Viena que ajudou a apurar os leões para a fase de
grupos da Taça UEFA.
Em janeiro de 2005 voltou ao
Brasil para jogar no grande rival do Grêmio,
o Internacional,
tendo o Sporting
recebido em troca o passe de Marcelo Labarthe e uma percentagem dos direitos
sobre Clayton Xavier, jogadores que nunca chegaram a atuar de leão
ao peito. No colorado,
Tinga voltou a apresentar o seu melhor futebol, tendo vencido o campeonato
gaúcho e sido eleito para a equipa do ano do Brasileirão em 2005. No ano
seguinte, marcou o golo decisivo que valeu a conquista da Libertadores.
No verão de 2006 transferiu-se para
o Borussia
Dortmund e adaptou-se com sucesso ao futebol alemão, o que lhe valeu o
regresso à seleção
brasileira após mais de cinco anos de ausência, tendo participado, na
condição de suplente utilizado, nos jogos particulares diante da Suíça
(novembro de 2006) e Portugal
(fevereiro de 2007). Em 2010, numa altura em que já
tinha 32 anos e vinha de vários meses sem jogar na Alemanha, regressou ao Internacional
para conquistar mais uma Libertadores
(2010), dois campeonatos gaúchos (2011 e 2012) e uma Recopa sul-americana
(2011). Os últimos dois anos e meio da
carreira, porém, foram passados no Cruzeiro,
clube pelo qual venceu dois campeonatos brasileiros (2013 e 2014) e um
campeonato mineiro (2014) antes de pendurar as botas aos 37 anos, em abril de
2015.
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