O Euro 2020 ficou marcado por um
conceito inovador, que o levou a ser disputado em onze cidades de países
diferentes de uma ponta a outra da Europa. Também foi o primeiro Campeonato da
Europa com vídeo árbitro (VAR) e cinco substituições. Outra novidade, ainda que
forçada, foi a sua realização em… 2021, devido à eclosão da pandemia de
covid-19.
Como se toda esta confusão não
fosse suficiente, a fase de qualificação foi dividida em 10 grupos, sendo que
os dois primeiros de cada agrupamento se apuravam para a fase final. As outras
quatro vagas foram preenchidas através de playoffs que tinham em conta o
desempenho na Liga das Nações e um dos playoffs era exclusivo de
seleções da Liga D dessa competição, o que possibilitou a estreia da Macedónia
do Norte num grande torneio. A vencedora do Euro 2020 foi Itália,
que respondeu da melhor maneira ao não apuramento para o Mundial 2018, tendo
vencido os dez jogos da fase de qualificação, reinando tranquilamente no Grupo
J, que continha também Finlândia,
Grécia,
Bósnia
e Herzegovina, Arménia e Liechtenstein. Por Roma ser uma das onze cidades
que acolhiam jogos da fase final, a seleção comandada por Roberto Mancini
disputou os três jogos da fase de grupos na capital do seu país, o que se
traduziu em três vitórias. Na partida inaugural do torneio,
a squadra
azzurra bateu a Turquia
por 3-0, com golos de Demiral na própria baliza (53 minutos), Immobile (66’) e
Insigne (79’).
Seguiu-se a Suíça,
que foi derrotada pelo mesmo resultado (3-0) em Roma. O médio Locatelli bisou
(26 e 52 minutos), enquanto Immobile faturou à beira do apito final (89’).
Com o apuramento já garantido,
mas com o primeiro lugar ainda não assegurado, na partida da terceira jornada
Mancini promoveu uma revolução no onze, mas as segundas linhas deram boa
resposta, vencendo o País
de Gales por 1-0. O único golo do encontro foi apontado por Pessina aos 39
minutos.
Itália
tinha feito o pleno na fase de grupos e estava a ser das seleções mais
convincentes do torneio, mas falta ver o seu comportamento fora de Roma. E,
verdade seja dita, foi com muita dificuldade que levou de vencida a Áustria
no Estádio
de Wembley, em Londres, em jogo dos oitavos de final. Depois de 90 minutos
sem golos, Chiesa adiantou a squadra
azzurra no início do prolongamento, aos 95’. Pessina fez o 2-0 no final
da primeira parte (105’). O melhor que os austríacos conseguiram foi reduzir a
desvantagem, por intermédio de Sasa Kalajdzic (114’).
Seguiu-se o confronto com a Bélgica
(sem o lesionado Eden
Hazard) nos quartos de final, em Munique, num encontro no qual se marcaram
três golos, todos na primeira parte: Barella adiantou Itália
aos 31 minutos, Insigne aumentou a vantagem aos 44’ e Lukaku reduziu aos 45+2’
na conversão de uma grande penalidade. A pior notícia para a squadra
azzurra neste encontro surgiu ao minuto 80, quando uma das suas
melhores unidades até então neste Europeu, o lateral Leo Spinazzola, sofreu uma
rotura no tendão de Aquiles.
O grau de dificuldade aumentava
de jogo para jogo, e nas meias-finais Itália
defrontou Espanha
em Wembley.
Chiesa adiantou os transalpinos
à passagem da hora de jogo, mas Morata empatou aos 80’ e adiou a decisão para
prolongamento e consequentemente para o desempate por penáltis. Nessa ocasião,
a squadra
azzurra vingou a derrota no desempate dos quartos de final do Euro
2008 e levou a melhor, vencendo por 4-2. Morata, que havia marcado no
chamado tempo regulamentar, falhou a grande penalidade decisiva.
Já se sabia que a final seria em Wembley,
mas não se sabia que Inglaterra
teria a possibilidade de disputar o troféu em casa. “It’s coming home”,
repetiam os ingleses
nos dias que antecederam a final diante de Itália.
E as coisas até lhes começaram a correr bem, com Luke Shaw a abrir o ativo logo
aos dois minutos. Essa vantagem durou mais de uma hora, mas Bonucci
restabeleceu a igualdade aos 67’. O 1-1 perdurou até ao final do prolongamento,
o que levou a final a ser decidida no desempate por penáltis. Aí Itália
foi mais forte, tendo vencido por 2-1 e reconquistado o título que lhe escapava
desde 1968.
Os campeões
Guarda-redes:
Salvatore Sirigu (Torino),
Gianluigi Donnarumma (AC
Milan) e Alex Meret (Nápoles) Defesas: Giovanni Di
Lorenzo (Nápoles),
Giorgio
Chiellini e Leonardo Bonucci (ambos Juventus),
Leonardo Spinazzola (Roma),
Emerson Palmieri (Chelsea),
Francesco Acerbi (Lazio),
Alessandro Bastoni (Inter),
Alessandro Florenzi (Paris
Saint-Germain) e Rafael Tolói (Atalanta) Médios: Manuel Locatelli
(Sassuolo), Marco Verratti (Paris
Saint-Germain), Gaetano Castrovilli (Fiorentina),
Jorginho (Chelsea),
Matteo Pessina (Atalanta),
Bryan Cristante (Roma)
e Nicolò Barella (Inter) Avançados: Federico Chiesa
e Federico Bernardeschi (ambos Juventus),
Andrea Belotti (Torino),
Lorenzo Insigne (Nápoles),
Domenico
Berardi e Giacomo Raspadori (ambos Sassuolo) e Ciro Immobile (Lazio) Selecionador: Roberto
Mancini
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