João Freitas reforça eixo defensivo do Vitória de Setúbal |
Desafiados a falar ao O
Blog do David sobre o novo central vitoriano
João Freitas, dois antigos companheiros de equipa foram taxativos.
“Vai ser o patrão dessa defesa em dois tempos”, assegura Luís
Pinto, que partilhou o balneário com o reforço sadino
no Vilafranquense
e no Alverca.
“É o melhor central da Liga 3”, vinca Dinamite, que jogou com o
central nos alverquenses
nas duas últimas épocas.
Natural de Sintra e formado no Sporting,
João Freitas esteve ligado a algumas das melhores campanhas do Casa
Pia no Campeonato de Portugal e à subida do Vilafranquense
à II
Liga, patamar em que chegou a competir com a camisola do Leixões.
Nas três últimas temporadas foi o líder do setor defensivo do ambicioso projeto do Alverca. Agora, aos 30 anos, assinou por duas épocas (mais uma de opção) pelo
Vitória
de Setúbal.
No entender de quem jogou
com ele, a capacidade para iniciar a fase de construção e para
jogar com os dois pés são duas das principais qualidades do reforço
do conjunto
setubalense. Para Luís Pinto, “trata-se de com um central com
umas características muito próprias”, que “se adapta à
filosofia de qualquer treinador”. “Joga com o pé esquerdo e com o pé
direito, é bom no jogo aéreo, liga o jogo com a maior das
facilidades, seja entre linhas ou em diagonais perfeitas para a
entrada do extremo, marca golos e percebe muito bem o jogo. Na minha
humilde opinião é um dos melhores centrais desta divisão [Liga
3]”, considera o veterano avançado de 30 anos, que na temporada
que recentemente findou ajudou o Atlético
a subir ao Campeonato
de Portugal.
Opinião semelhante tem o
lateral esquerdo Dinamite, que partilhou não só o balneário mas
também a linha defensiva com o reforço sadino:
“O Freitas é um jogador muito forte na primeira fase de
construção, dos poucos que vi que consegue jogar com os dois pés.
É muito forte no posicionamento durante a organização defensiva,
antecipando lances de forma natural.”
Embora crendo numa rápida
conquista da titularidade por parte de João Freitas, os
ex-companheiros de equipa apontam-lhe alguns pontos fracos. Dinamite
crê que o central pode “melhorar um pouco a agressividade”,
enquanto Luís Pinto fala em “erros não forçados”, como se diz
no ténis. “É por saber que ele tem uma enorme capacidade que
depois facilita em coisas básicas”, indica o atacante, que tem no
currículo subidas à I
Liga ao serviço de Moreirense
(2012), Arouca
(2013) e Desp.
Chaves (2016).
“Um vencedor-nato” que vai chegar ao lote “dos capitães do Vitória”
Habituado não só a
liderar a linha defensiva mas também a capitanear equipas, como foi
o caso do Alverca,
João Freitas é um candidato a chegar rapidamente ao lote de
capitães do Vitória, é no que acredita quem jogou com ele.
“Em pouco tempo vai ser
um dos capitães do Vitória.
A alma, a raça, o querer e a sede pelas vitórias rapidamente
conquistarão os vitorianos.
Não tenho dúvidas! Ele é um vencedor-nato”, frisa Luís Pinto,
corroborado por Dinamite: “Com o passar do tempo, os próprios
jogadores quando necessitarem irão procurá-lo, porque o João abre
as portas a isso, por ser um líder-nato. A liderança do João é
feita pelo respeito e sentimos que ele dá o corpo às balas quando
tem de o fazer. E não por imposição ou de forma autoritária,
sempre de uma forma natural. Mesmo que o João não seja o capitão,
irá ser um capitão do balneário.”
Luís Pinto acrescenta
que “o João é um miúdo espetacular a todos os níveis” e que
“vem de uma família que tem por premissa a educação, o respeito
e a boa índole”, enquanto Dinamite considera o central uma pessoa
“cinco estrelas, muito bom amigo, brincalhão, muito social e que
se chateia com muita facilidade”.
O “capitão da reclamação”
Desafiados a contar
histórias engraçadas que tenham vivido ao lado de João Freitas,
Luís Pinto recorda que o central “fica cego quando perde”, mesmo
nas peladinhas nos treinos, o que “é sinónimo de que ele é um
vencedor-nato”.
Já Dinamite recorda um
episódio em que o antigo guarda-redes do Benfica e na altura
administrador da SAD do Alverca,
Artur Moraes, lhe colocou uma alcunha curiosa, numa altura em que os
resultados não eram os melhores. “O João ferve sempre em pouca
água e, sempre que tem de dizer alguma coisa, diz. Naquela altura o
João estava constantemente a chamar o Artur para dizer o que estava
mal. Uma vez o Artur passou-se, chamou-o à parte e disse-lhe que
nunca tinha visto nada assim e que ele era o 'capitão da
reclamação'. Nós jogadores, quando tivemos conhecimento disso, como já sabíamos
como ele era, começámos a tratá-lo sempre por capitão da
reclamação”, recordou o lateral esquerdo, que vai representar o Amora em 2022-23.
Sem comentários:
Enviar um comentário