terça-feira, 26 de julho de 2022

Os internacionais angolanos que jogaram no Estrela da Amadora antes de Balbúrdia

Cinco internacionais angolanos jogaram no Estrela entre 1990 e 2008
Anunciado na última quarta-feira como reforço do Estrela da Amadora, o médio Mário Balbúrdia, que representava o 1º de Agosto, vai tornar-se no sexto internacional angolano a vestir a camisola tricolor.

Num sketch do Gato Fedorento, o professor Chibanga foi questionado se já tinha ido a África, ao que respondeu: “A Amadora conta!?” De facto, a multiculturalidade é um dos traços característicos da Amadora, o que se tem refletido ao longo dos anos no clube que tem representado a cidade dos arredores de Lisboa ao mais alto nível.

A história do emblema tricolor tem sido escrita, em boa parte, por jogadores africanos ou com raízes em África. Se no ano passado já aqui falámos dos internacionais guineenses que jogaram pelos amadorenses, agora é a vez de recordar os internacionais angolanos que o fizeram.

Abel Campos
O primeiro jogador a representar Estrela e Palancas Negras foi o extremo Abel Campos, que surgiu na Reboleira no verão de 1990, poucas semanas após ter feito parte da equipa do Benfica que chegou à final da Taça dos Campeões Europeus e também pouco tempo depois de os tricolores terem conquistado a Taça de Portugal.
Na única temporada que passou no Estádio José Gomes atuou em cerca de 40 jogos em todas as competições, tendo apontado três golos, todos na I Divisão mas insuficientes para evitar a despromoção à II Liga.
Em termos de seleção, somou onze internacionalizações, três das quais no CAN 1996, o primeiro grande torneio em que Angola marcou presença.

 


Vata
O senhor que se seguiu foi outro ex-benfiquista, mas com um estatuto superior, o ponta de lança Vata, que depois de três anos na Luz e de um golo com a mão que apurou as águias para a final da Taça dos Campeões Europeus de 1990, chegou à Reboleira com o intuito de dar uma mãozinha ao recém-despromovido Estrela da Amadora.
Embora fosse um jogador com créditos firmados, também não foi além de três golos em quase 20 partidas com a camisola tricolor numa temporada em que os amadorenses não foram além de um modesto 11.º lugar na II Liga.
Paralelamente, somou cerca de 20 golos e 65 internacionalizações pela seleção angolana.



Lázaro
Se as passagens de Abel Campos e Vata pela Reboleira constituíram, de certa forma, desilusões, sobre Lázaro não recaíam tantas expectativas mas o que é certo é que o médio de características ofensivas acabou por se tornar numa referência do clube.
Oriundo do Estoril, viveu uma primeira época de escassa utilização no Estádio José Gomes, até pela por ter participado no CAN 1998, mas nas temporadas seguintes tornou-se um elemento importante no meio-campo ofensivo dos amadorenses.
Entre 1997 e 2003 disputou quase 180 partidas oficiais com a camisola tricolor, entre as quais 112 na I Liga. Paralelamente, somou seis internacionalizações e um golo por Angola.
Em 2003-04 começou a época no Estrela como jogador, mas depois tornou-se adjunto de Miguel Quaresma no comando técnico da equipa principal. Seis anos depois, em 2008-09, orientou a formação da Amadora no primeiro escalão e levou os estrelistas às meias-finais da Taça de Portugal.


Bernardo Cariata
Outro internacional angolano que não deixou grandes saudades foi Bernardo Cariata, médio que tinha concluído a formação no Sporting e passado ainda pelos seniores de Lourinhanense, Odivelas, Alverca, Nacional, Campomaiorense e Olivais e Moscavide antes de ingressar no Estrela da Amadora no verão de 2003, numa altura em que já somava sete internacionalizações (num total de oito) por Angola.
Na única temporada que passou na Reboleira atuou apenas em 13 partidas e apontou um golo, mas um golo muito especial, ao Benfica em pleno Estádio da Luz numa eliminatória da Taça de Portugal em que os tricolores saíram derrotados.


Mendonça
Ainda assim, o último internacional angolano a representar o Estrela da Amadora antes de Mário Balbúrdia foi o extremo Mendonça, o único desta lista a ter jogado num Mundial (o de 2006, único em que Angola marcou presença) e em duas edições da Taça das Nações Africanas (2006 e 2008) ao longo de mais de meia centena de internacionalizações.
Depois de um longo trajeto no Varzim, chegou à Reboleira a meio da época 2007-08 por empréstimo do Belenenses, indo a tempo de atuar em dez partidas até ao final da temporada e de marcar um golo à União de Leiria.



Na época seguinte, a última do Estrela na I Liga, o antigo internacional angolano Lito Vidigal orientou a equipa tricolor em onze partidas, tendo somado seis vitórias.









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