terça-feira, 19 de abril de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Manchester United e Liverpool

Evra e Suárez foram protagonistas do jogo de outubro de 2011
Acompanho futebol desde meados de 2000, mas por incrível que pareça o primeiro clássico entre Manchester United e Liverpool de que tenho memória é de 15 de outubro de 2011, a contar para a Premier League, e só devido a um incidente polémico que deu muito que falar entre Patrice Evra e Luis Suárez.
 
Nesse jogo em Anfield, cuja transmissão televisiva não acompanhei, o lateral esquerdo francês dos red devils e o avançado uruguaio dos reds passaram os 90 minutos a picar-se. Dias depois, Evra queixou-se de insultos racistas por parte de Suárez, que foi multado apanhou oito jogos de suspensão. O uruguaio até veio a admitir que chamou o adversário de “negro”, mas que não num contexto racista. Na altura, ainda se tolerava uma justificação destas. Hoje em dia, em plena ditadura do politicamente correto (com tudo o que isso tem de bom e de mau), certamente que não. Diria até que, caso acontecesse hoje, haveria um motim para que o Liverpool despedisse o jogador e outros motins caso algum clube o decidisse contratar.
 
Quanto ao jogo em si, o Liverpool de Kenny Dalglish, que na época anterior não tinha alcançado o apuramento para as competições europeias e iniciou a 8.ª jornada com 13 pontos (a seis dos líderes, Manchester United e Manchester City) e em 6.º lugar, até se superiorizou perante um Manchester United defensivo – Smalling a lateral direito e Phil Jones no meio-campo – e em poupanças – Nani, Rooney e Chicharito no banco –, mas não foi além de um empate a um golo.



 
Steven Gerrard inaugurou o marcador para os reds aos 68 minutos, na execução de um livre direto, e Chicharito empatou aos 81’, na sequência de um canto de Nani e de um desvio ao primeiro poste de Danny Welbeck.
 
“À quarta foi de vez e o Manchester United conseguiu evitar nova derrota em Anfield – como sucedera nas últimas três épocas –, num clássico dominado pelo Liverpool e em que Alex Ferguson foi obrigado a lançar as estrelas que havia deixado no banco. A medida arriscada do treinador escocês explica-se com a proximidade da Champions, onde os adversários do Benfica no Grupo C ocupam o terceiro lugar, e pelo desgaste provocado pelos jogos das seleções. Nani, Chicharito Hernández e Rooney ficaram no banco (o último por estar devastado com o castigo de três aplicado pela UEFA, segundo Sir Alex), mas foi apenas com este trio em campo que os red devils conseguiram evitar a derrota. O internacional português marcou o canto que possibilitou ao avançado mexicano igualar a contenda a nove minutos do fim. Até essa altura, o United sofrera para suster um Liverpool impulsionado por Gerrard e Suárez. O capitão assinalou o regresso à titularidade após sete meses com um golo (o seu 50.º em Anfield na Liga, e o 1200.º do Liverpool desde a criação da Premier League) de livre, com Giggs a abrir o buraco que deixou a bola passar. E assim, o United despediu-se da liderança”, resumiu o jornal O Jogo.
 
 
 
O encontro da segunda volta, em Old Trafford, recordo bem de ter assistido. Lembro-me que estava adoentado e que o jogo se realizou à hora de almoço (12.45), a 11 de fevereiro de 2011. O grande ponto de interesse da partida era o reencontro entre Evra e Suárez. Antes do apito inicial, o uruguaio recusou cumprimentar o francês, que ficou indignado. E durante os 90 minutos a realização mostrou-se bem atenta às interações entre os dois.
 
Suárez até marcou (81 minutos), mas no final foi Evra a festejar efusivamente, uma vez que antes Wayne Rooney bisou para o Manchester United (47’ e 50’). Após o apito final, o francês foi celebrar precisamente para a frente do sul-americano, enquanto este se dirigia para os balneários.
 
 




 

     



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