Após uma temporada em que brilhou
ao serviço do Sporting B, apesar da despromoção ao Campeonato de Portugal, Rafael
Barbosa estreou-se na I Liga ao serviço do Portimonense, tendo participado
em quatro jogos pela equipa principal antes de terminar abruptamente a passagem
pelo Algarve.
As várias versões contradizem-se,
mas todas admitem, no mínimo, uma altercação entre o jogador e Rodiney Sampaio,
presidente da SAD do emblema de Portimão, no final de um jogo da Liga Revelação
com o Benfica, a 29 de setembro. O futebolista regressou prontamente ao
Sporting, clube que o tinha emprestado, mas até ao final de dezembro que se limitou
apenas a treinar com a formação sub-23. Ou seja, já são mais de três meses sem
competir em qualquer partida e quase quatro – desde 2 de setembro – sem participar
num desafio de uma liga profissional.
No entanto, ainda estão na retina
os 34 jogos e oito golos pelos bês leoninos, assim como duas presenças no banco
da equipa principal na Liga Europa – diante de Plzen (fora) e Atlético Madrid
(casa) – que constituem o registo de 2017/18 deste futebolista nascido há 22
anos em Amarante.
Preferencialmente colocado no
lado esquerdo do ataque, aparecia muitas vezes em zonas interiores, fazendo
movimentos diagonais de fora para dentro. Mesmo partindo de uma das faixas,
acabava por funcionar como o organizador de jogo dos bês verde e brancos, sendo
rara a jogada de ataque que não passava pelos seus pés. Criativo e dotado de
classe e técnica apurada, revelou-se um autêntico descobridor de espaços, para
o próprio e para os companheiros.
Internacional sub-21 e escolha do
selecionador Rui Jorge em algumas das convocatórias para a fase de apuramento
para o Europeu do próximo ano, chegou aos oito golos e às várias assistências
através da velocidade, poder de desmarcação, precisão na execução de bolas
paradas e frieza na definição dos lances, fosse no momento do último passe ou
da finalização.
Em
Portimão, Rafael Barbosa encontrou uma equipa que aposta na prática de um
futebol atrativo e um treinador (António Folha) habituado a extrair o melhor de
jovens jogadores, o que seria o contexto ideal para ele, apesar da concorrência
de Nakajima. Frustrada essa experiência por motivos extradesportivos, regressa
à II Liga para representar um Paços de Ferreira obrigado a ganhar semana sim
semana sim para assegurar a promoção no final da época. É um passo atrás quando
se pensa nas expetativas no início da temporada, mas um em frente tendo em
conta o cenário atual.
Guedes diferente de Luiz Phellype
Luiz Phellype deixou a Capital do
Móvel para rumar ao Sporting e para o seu lugar foi contratado Guedes, uma
surpresa tendo em conta que o avançado português de 21 anos foi um dos
destaques na campanha que levou o Rio Ave à Liga Europa na época passada.
Ainda assim, o que o reforço ex-Al
Dhafra (Emirados Árabes Unidos) pode oferecer é bem diferente do que oferecia o
brasileiro, que garantia a Vítor Oliveira presença na área (1,88 m), veia
goleadora e capacidade para segurar a bola. Não tão possante (1,84 m), Guedes é
mais tecnicista e móvel, aparecendo um pouco pelos três corredores para oferecer
opções de passe aos companheiros durante a elaboração dos ataques, podendo ser
lançado em profundidade ou contemporizar com a bola nos pés à espera da
aproximação dos colegas.
Sem comentários:
Enviar um comentário