terça-feira, 10 de julho de 2018

Cristiano Ronaldo faz bem em ir para a Juventus?

A imagem utilizada pela Juventus para anunciar CR7
Aconteça o que acontecer, é a grande bomba do mercado de transferências deste verão. Cristiano Ronaldo, detentor do prémio de melhor jogador do mundo pela quinta, deixa o Real Madrid ao fim de nove anos para assinar pela Juventus.

Sobre o novo rumo que vai dar à carreira, aos 33 anos, as opiniões dividem-se. Uns considerariam mais acertada a permanência no tricampeão europeu, outros preferiam um destino diferente. Um pouco por todo o planeta, vão-se pesando os prós e os contras da decisão do internacional português.


Em Madrid, Ronaldo estava cada vez mais farto dos problemas com o fisco espanhol e da falta de reconhecimento do seu trabalho por parte do presidente merengue Florentino Pérez. É verdade que vai abandonar um clube com uma história ímpar no futebol mundial e que tem dominado a Europa nos últimos anos, mas todos os ciclos têm um fim, e o deste Real também o terá.

Olhando para os habituais titulares, mais de metade são trintões - Keylor Navas (31 anos), Sergio Ramos (32), Marcelo (30), Modric (32), Benzema (30) e o próprio Ronaldo (33) -, o mais jovem tem 25 anos (Varane) e as possíveis alternativas ainda não passam de promessas por confirmar.

Em Turim, vai encontrar um emblema a que a Liga dos Campeões foge desde 1995/96, mas que tem estado próximo desse objetivo e, com essa ambição em mente, tem vindo a renovar e reforçar o plantel época após época. Esta vecchia signora, agora até já sem Buffon, tem pouco a ver com a que iniciou em 2011/12 série ganhadora que faz dela a atual heptacampeã. Sobram os veteranos centrais Chiellini e Barzagli e pouco mais.

Juventus tem feito melhor figura na Champions do que PSG e Man. United

Olhando para as últimas cinco temporadas, só Real Madrid e Barcelona fizeram melhor do que os bianconeri na Champions e apenas o Bayern Munique se equiparou a nível doméstico. Contudo, fazer o percurso inverso de Luís Figo seria impensável para o madeirense, e pagar tanto por um futebolista é algo que não entra nos planos dos dirigentes bávaros. Os clubes que aparentemente se mostraram mais interessados em fazer um esforço para ter Ronaldo foram o Paris Saint-Germain e o Manchester United, mas os parisienses ainda nem a uma meia-final da Champions chegaram sob a gerência de Nasser Al-Khelaifi e os ingleses estão há várias épocas arredados dos tempos de glória.

Outro dos argumentos colocados em cima da mesa foi a falta de mediatismo que o campeonato italiano tem atualmente. É verdade que a Liga Espanhola e a Premier League dominam a agenda internacional e que a Serie A não é o que era na década de 1990 – embora esteja a dar sinais de retoma -, mas quando se é Cristiano Ronaldo… o mediatismo é que o procura, não o contrário. O que conseguir fazer em solo transalpino não terá menos valor por isso.

Primeira época é sempre a menos boa em cada clube

A questão da adaptação a um futebol com características especiais, muito tático, também tem sido tema de conversa. “Como irá CR7 adaptar-se ao catenaccio?” é uma das perguntas que se tem imposto. Só o tempo o dirá, mas sabe-se de antemão que não tem tido problemas em marcar à melhor equipa italiana – sim, a própria Juventus (!), a principal vítima do avançado português na Liga dos Campeões (10 golos) -, qualquer treinador o protege de tarefas desgastantes, o calcio valoriza jogadores veteranos e, se há jogador que tem desafiado limites, recordes, probabilidades e até as leis da física… dá pelo nome de Cristiano Ronaldo.

Ainda assim, é necessário reconhecer que as primeiras temporadas de CR7 no Manchester United e no Real Madrid foram as menos produtivas nesses clubes. Em 2003/04, ainda adolescente, apontou apenas meia dúzia de golos em Old Trafford. Seis épocas depois, ficou-se pelos 33 remates certeiros no Santiago Bernabéu – um registo invejável para o comum dos mortais, mas o pior (ou o menos bom…) deste extraterrestre em Espanha.


Resta agora perceber como o treinador Massimiliano Allegri vai gerir taticamente a presença do melhor do mundo na sua equipa. Atendendo a que Ronaldo se sente melhor a jogar ao lado de um avançado altruísta – Benzema era o melhor companheiro possível – e que há muito que deixou de ser um extremo, será conciliável com Higuaín e Dybala? Algum dos argentinos irá sair? Será contratado alguém para – como diria Jorge Jesus – acasalar com o craque luso na frente de ataque? Vamos ver. Não percam os próximos episódios… porque eu também não.













1 comentário:

  1. Cristiano Ronaldo: 45 goles en 46 partidos de Serie A con la Juventus.

    El chaval cumplirá 36 años en febrero.

    Parece que la carrera del astro del futbol Cristiano Ronaldo no tiene techo. El jugador de la Juventus, de 35 años, alcanzó la increíble cifra de 759 goles en 1.037 partidos oficiales.

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