quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Hoje faz anos o guardião que desceu no Belenenses e foi semifinalista do Mundial 1994. Quem se lembra de Mihaylov?

Mihaylov defendeu a baliza do Belenenses entre 1989 e 1991
Guarda-redes que despontou no Levski Sófia, clube pelo qual conquistou três campeonatos (1983-84, 1984-85 e 1987-88) e outras tantas taças da Bulgária (1981-82, 1983-84 e 1985-86) entre 1981 e 1989, somou a primeira de 102 internacionalizações pela seleção búlgara – é ainda hoje o segundo com mais jogos, atrás de Stiliyan Petrov (105) – em maio de 1983, num particular diante de Cuba.
 
Seguiu, assim, as pisadas do pai, Biser Mihaylov, também ele antigo guarda-redes do Levski Sófia (de 1961 a 1975) e da seleção da Bulgária (cinco internacionalizações entre 1962 a 1971).
 
No verão de 1989, numa altura em que já tinha no currículo uma presença num Mundial (1986) e um prémio de futebolista búlgaro do ano (também em 1986), reforçou a baliza do Belenenses para suceder a Jorge Martins, que se havia mudado para o Vitória de Setúbal após a conquista da Taça de Portugal nesse ano.
 
 
Na primeira época no Restelo foi sétimo classificado na I Divisão e titular indiscutível, mas em 1990-91 perdeu algum espaço para Pedro Espinha e não conseguiu evitar o 19.º lugar e a consequente despromoção à II Liga.
 
 
Meses após a descida de divisão mudou-se para os franceses do Mulhouse. Foi quando jogava no futebol gaulês, mais precisamente na II Divisão, que viveu o momento alto da carreira: a extraordinária campanha da seleção da Bulgária até às meias-finais do Mundial 1994. Nesse Campeonato do Mundo disputado nos Estados Unidos brilhou sobretudo no desempate por penáltis diante do México, nos oitavos de final, tendo defendido duas grandes penalidades.
 
 
Por outro lado, esteve mal no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, frente à Suécia, tendo sido substituído ao intervalo quando os nórdicos já venciam por 4-0.
 
 
Ainda assim, manteve a titularidade e voltou a ser o dono da baliza da Bulgária no Euro 1996, não evitando, porém, a eliminação ainda na fase de grupos. Nessa altura já atuava nos ingleses do Reading, depois de um ano nos búlgaros do Botev Plovdiv.
 
 
No último ano da carreira, 1998, representou Slávia Sófia e FC Zurique e marcou presença no Mundial de França, mas foi suplente de Zdravko Zdravkov.
 
Após pendurar as luvas, aos 35 anos, dedicou-se ao dirigismo. Foi vice-presidente da Federação da Bulgária entre 2001 e 2005 e assumiu a presidência da instituição em dois períodos, entre 2005 e 2009 e entre 2021 e 2023. Pelo meio foi também membro do comité executivo da UEFA.
 
O seu filho, Nikolay Mihaylov, seguiu as pisadas do pai e do avô e também foi guarda-redes do Levski Sófia e da seleção da Bulgária (46 internacionalizações entre 2006 e 2022), tendo ainda representado clubes como Liverpool, Twente e Hellas Verona.



 



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