Hoje faz anos o guardião que desceu no Belenenses e foi semifinalista do Mundial 1994. Quem se lembra de Mihaylov?
Mihaylov defendeu a baliza do Belenenses entre 1989 e 1991
Guarda-redes que despontou no
Levski Sófia, clube pelo qual conquistou três campeonatos (1983-84, 1984-85 e
1987-88) e outras tantas taças da Bulgária (1981-82, 1983-84 e 1985-86) entre
1981 e 1989, somou a primeira de 102 internacionalizações pela seleção
búlgara – é ainda hoje o segundo com mais jogos, atrás de Stiliyan Petrov
(105) – em maio de 1983, num particular diante de Cuba.
Seguiu, assim, as pisadas do pai,
Biser Mihaylov, também ele antigo guarda-redes do Levski Sófia (de 1961 a 1975)
e da seleção
da Bulgária (cinco internacionalizações entre 1962 a 1971). No verão de 1989, numa altura em
que já tinha no currículo uma presença num Mundial
(1986) e um prémio de futebolista búlgaro do ano (também em 1986), reforçou
a baliza do Belenenses
para suceder a Jorge
Martins, que se havia mudado para o Vitória
de Setúbal após a conquista da Taça
de Portugal nesse ano.
Na primeira época no Restelo foi
sétimo classificado na I
Divisão e titular indiscutível, mas em 1990-91 perdeu algum espaço para Pedro
Espinha e não conseguiu evitar o 19.º lugar e a consequente despromoção à II
Liga.
Por outro lado, esteve mal no jogo
de atribuição do terceiro e quarto lugares, frente à Suécia,
tendo sido substituído ao intervalo quando os nórdicos
já venciam por 4-0.
Ainda assim, manteve a
titularidade e voltou a ser o dono da baliza da Bulgária
no Euro
1996, não evitando, porém, a eliminação ainda na fase de grupos. Nessa
altura já atuava nos ingleses do Reading, depois de um ano nos búlgaros do
Botev Plovdiv.
No último ano da carreira, 1998,
representou Slávia Sófia e FC Zurique e marcou presença no Mundial de França,
mas foi suplente de Zdravko Zdravkov. Após pendurar as luvas, aos 35
anos, dedicou-se ao dirigismo. Foi vice-presidente da Federação da Bulgária
entre 2001 e 2005 e assumiu a presidência da instituição em dois períodos,
entre 2005 e 2009 e entre 2021 e 2023. Pelo meio foi também membro do comité
executivo da UEFA. O seu filho, Nikolay Mihaylov,
seguiu as pisadas do pai e do avô e também foi guarda-redes do Levski Sófia e
da seleção
da Bulgária (46 internacionalizações entre 2006 e 2022), tendo ainda
representado clubes como Liverpool,
Twente e Hellas Verona.
Sem comentários:
Enviar um comentário