A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e equipas austríacas
Nuno Gomes foi a figura do duplo confronto entre Benfica e Áustria Viena
Ainda não era nascido quando o Benfica
defrontou Rapid Viena em 1960-61, Áustria
Viena em 1961-62 e SSW Innsbruck em 1971-72 para a Taça
dos Campeões Europeus, pelo que a minha primeira memória de um jogo entre as
águias
e uma equipa austríaca remonta a agosto de 2006, quando os encarnados
defrontaram o Áustria
Viena na terceira pré-eliminatória da Liga
dos Campeões.
Depois de o Sporting
ter caído às mãos da Udinese
no ano anterior, Portugal tinha uma segunda oportunidade para, pela primeira
vez, colocar três equipas na fase de grupos da Champions.
E o Benfica
de Fernando Santos não a desaproveitou.
A primeira-mão foi disputada a 8
de agosto no Estádio Ernst-Happel, palco onde em 1990 as águias
foram derrotadas na final da então Taça
dos Campeões Europeus e onde em 1987 o FC Porto se sagrou campeão europeu
graças a um golo de calcanhar de Madjer. E foi precisamente de calcanhar que
Nuno Gomes deu a vantagem ao Benfica
em Viena, a passe de Paulo Jorge, aos 16 minutos.
Contudo, os vienenses empataram
20 minutos depois, através de um remate de primeira de Blanchard, a passe do
argentino Troyanský, estabelecendo ainda na primeira parte o resultado final da
primeira-mão. “No mítico estádio do Prater,
onde Madjer deu a Taça
dos Campeões Europeus ao FC
Porto, o Benfica
deu um importante passo rumo à fase de grupos da Liga
dos Campeões. Mas as semelhanças entre este jogo e o de 1987, no qual até a
Flauta Mágica de Mozart pareceu ecoar em alguns lances, resumiram-se ao remate
de calcanhar de Nuno Gomes. Esquecendo por momentos as escassas credenciais do Áustria
de Viena, o empate a um golo é um resultado que abre esperanças financeiras
ao Benfica
e poderá recuperar animicamente um grupo que está ainda muito, muito longe de
exibir um futebol que consiga soar a música”, resumiu o Diário de Notícias.
Na segunda-mão, duas semanas
depois, o Benfica
não deu hipóteses na Luz e venceu por 3-0. Nuno Gomes esteve uma vez mais em
destaque, ao fazer a assistência para Rui Costa inaugurar o marcador aos 21
minutos e ao ampliar a vantagem no final da primeira parte, após recuperação de
bola de cabeça por parte de Katsouranis (45+1’). No segundo tempo, Manu tirou o
guarda-redes adversário do caminho e servir Petit de bandeja para o terceiro
golo (57’). “Aos 21 minutos viveu-se no
Estádio da Luz um daqueles momentos em que a emoção se sobrepôs ao significado
prático de uma jogada: Rui Costa, o filho pródigo do Benfica,
marcava o seu primeiro golo no regresso ao clube, na estreia oficial em casa.
Por instantes pareceu ficar esquecido que aquele tento assegurava,
praticamente, o acesso à Liga
dos Campeões. Por instantes, todos os olhos se centraram nos festejos do
número dez, acompanhados por uma “explosão” de alegria que foi muito além da
festa de um simples golo. Um toque de magia num encontro que marcou o
apuramento dos encarnados
para a fase de grupos da Champions.
Vitória por 3-0 (depois do empate a um golo na primeira mão) ante um Áustria
de Viena fraco demais para estas lides. O triunfo rendeu ao Benfica
um encaixe de, no mínimo, cinco milhões de euros, permitindo também um feito
inédito para o futebol português, que pela primeira vez no seu historial vai
ter três equipas na fase de grupos da mais importante competição de clubes da
UEFA”, podia ler-se no Diário de Notícias.
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