Dez jogadores importantes na história recente do Sintrense |
Fundado a 7 de outubro de
1911 por vários alunos da Escola Domingos José Morais, o Sport
União Sintrense tem sido ao longo de mais de um século um dos
clubes mais representativos do concelho de Sintra, participando
assiduamente nos campeonatos nacionais desde meados da década de
1950.
Entre 1964 e 1978 e em
1989-90 competiu na II Divisão Nacional, na altura o segundo escalão
do futebol português. Mais tarde participou por cinco vezes na já
extinta II Divisão B (1990-91, 1992-93, 1993-94, 1998-99 e 2003-04)
e desde 2013-14 que compete no Campeonato
de Portugal.
Em termos de Taça
de Portugal, o melhor que o Sintrense
conseguiu foi chegar aos oitavos de final em 1969-70 e 1971-72.
Os rostos mais visíveis
da formação do clube são os internacionais portugueses Luís
Loureiro e Nélson Semedo, assim como o internacional guineense Mama
Baldé.
Vale por isso a pena
recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Sintrense
no Campeonato
de Portugal.
10. Rafael Marques (60 jogos)
Rafael Marques |
Guarda-redes lisboeta
formado maioritariamente no Alverca,
concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no Olivais e
Moscavide, tendo ainda passado pelo Oriental
antes de assinar pelo Sintrense
a meio da época 2012-13, marcada pela promoção ao então
reformulado terceiro escalão do futebol nacional, o Campeonato
Nacional de Seniores.
Nas duas temporadas que
se seguiram amealhou 60 encontros (59 como titular) e 62 golos
sofridos no Campeonato
de Portugal.
9. Hugo Pina (64 jogos)
Hugo Pina |
Defesa central/médio
defensivo formado no Sporting
ao lado de José Fonte, Custódio, Miguel Veloso, Semedo,
Hugo Viana, Yannick
Djaló, Silvestre Varela, Ricardo
Quaresma e Cristiano
Ronaldo, entre outros, passou pela equipa B dos leões,
pelo futebol
espanhol e por clubes como Olivais e Moscavide, Oriental,
Torreense,
Atlético,
Mafra
e União
de Leiria antes de ingressar pela primeira vez no Sintrense
no verão de 2016.
Na primeira metade da
época 2016-17 atuou em 17 partidas (todas como titular) no
Campeonato
de Portugal e apontou três golos, diante de Oriental
(dois) e Atlético.
“É um clube muito estável, que dá todas as condições aos
jogadores para se preocuparem apenas com o futebol, neste momento é
um clube recomendável e arrisco-me a dizer que é um dos melhores do
país a este nível. Treinamos de manhã, o pessoal de Lisboa tem
direito a carrinha com gasóleo pago, equipamentos novos, balneários
novos, ordenados tudo a dia, nada a apontar”, afirmou ao
Maisfutebol
em dezembro de 2016, cerca de um mês antes de se transferir para o
vizinho 1º
Dezembro.
No entanto, haveria de
voltar a vestir a camisola
amarela e azul entre 2018 e 2020, período no qual totalizou 47
jogos (42 a titular) e três golos no anteriormente denominado
Campeonato
Nacional de Seniores.
Após esta segunda
passagem pelo clube, pendurou as botas, aos 36 anos.
8. Fábio Pala (74 jogos)
Fábio Pala |
Defesa lateral de grande
projeção ofensiva, formou-se e iniciou-se como futebolista sénior
no Casa
Pia, tendo ainda estado vinculado ao Vitória
de Setúbal, que por sua vez o cedeu aos gansos
e ao Pinhalnovense,
antes de ingressar no Sintrense
no verão de 2017.
Ao longo de três anos em
Sintra amealhou 74 partidas (71 a titular) e quatro golos no
Campeonato
de Portugal.
No verão de 2020
transferiu-se para o Amora.
7. Herlander (75 jogos)
Nessa primeira passagem
pelo clube amealhou 48 encontros (30 a titular) e dois golos no
Campeonato
de Portugal ao longo de dois anos.
Entretanto Herlander
deixou Sintra e representou Loures,
Sp. Ideal, Sacavenense
e os cipriotas do DOXA, acabando por regressar ao Sintrense
no verão de 2018 para somar mais 27 jogos (17 a titular) e cinco
golos no anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores até janeiro de 2010, quando se transferiu
para o União
de Santarém.
“Eu gosto muito do
Sintrense.
Ajudou-me bastante numa fase complicada, pois tive uma lesão na
época passada e estive 8/9 meses parado. No Sintrense
ajudaram-me bastante a recuperar, a voltar a jogar e a sentir-me
novamente feliz”, afirmou ao portal zerozero
em fevereiro de 2020.
“Dei tudo pelo
Sintrense
enquanto lá estive e sempre disse que a minha prioridade não era
sair. Não escondo que foi difícil, mas tenho de olhar também para
mim e não apenas para o lado desportivo, até porque já não sou
nenhum miúdo”, acrescentou, justificando a mudança para o emblema
ribatejano.
6. Rodolfo Barata (76 jogos)
Rodolfo Barata |
Guarda-redes lisboeta que
jogou nas camadas jovens do Benfica
ao lado de Sílvio, Tiago Gomes, Manuel Fernandes e Miguel Veloso,
concluiu a formação no Estoril
e passou pelos seniores de Oeiras
e Real
SC antes de ingressar pela primeira vez no Sintrense
no verão de 2008, na altura para competir durante três anos na
antiga III Divisão Nacional.
Entretanto passou por
Eléctrico
e Fátima
antes de regressar a Sintra no verão de 2015 para amealhar 44
partidas e 47 golos sofridos no Campeonato
de Portugal ao longo de um ano e meio, tendo dado o salto para o
Olhanense,
então na II
Liga, em janeiro de 2017.
Após uma passagem pelo
Trofense
voltou ao Sintrense
em 2018-19, época em que atuou em 32 jogos e sofreu 41 golos no
anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
A seguir a essa temporada
de regresso em Sintra rumou ao Casa
Pia.
5. Rodrigo Parreira (79 jogos)
Rodrigo Parreira |
Avançado que dividiu a
formação entre Benfica
e Belenenses
e que chegou a jogar pela equipa principal dos azuis
do Restelo, foi emprestado pelo emblema
da Cruz de Cristo ao Sintrense
em 2013-14, já após ter sido cedido ao 1º
Dezembro na época anterior.
Nessa primeira aventura
com a camisola
amarela e azul atuou em 30 jogos (27 a titular) no Campeonato
de Portugal e apontou sete golos, diante de Futebol
Benfica (três), Casa
Pia, Loures,
Oriental
e Praiense.
Seguiram-se passagens por
Atlético,
Operário Lagoa e Olhanense,
assim como pelos espanhóis do Barbadás, antes de regressar ao
Sintrense
no verão de 2018 para somar mais 49 encontros (29 a titular) e 15
remates certeiros no anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
Após a eclosão da
pandemia de covid-19 emigrou para o Luxemburgo.
4. Hugo Bral (83 jogos)
Hugo Bral |
Médio ofensivo que
concluiu a formação no Belenenses,
passou pelos seniores de Praiense, Casa
Pia, Marítimo B, Fátima
e Pinhalnovense
antes de assinar pelo Sintrense
no verão de 2013.
Em três temporadas em
Sintra totalizou 83 partidas (68 a titular) e nove golos no
Campeonato
de Portugal.
Após a aventura com a
camisola
amarela e azul fez uma pausa na carreira, tendo-a reatado em
2017-18 ao serviço do Pêro
Pinheiro.
3. Pipas (87 jogos)
Pipas |
Médio ofensivo natural
de Sintra, dividiu a formação entre Sintrense,
Belenenses
e 1º
Dezembro, tendo transitado para o futebol sénior no emblema
de São Pedro de Penaferrim.
No verão de 2016, numa
altura em que já tinha 25 anos, regressou ao Sintrense
para totalizar 87 encontros (75 a titular) e 14 remates certeiros no
Campeonato
de Portugal ao longo de quatro temporadas.
No verão de 2020
regressou ao 1º
Dezembro.
2. Filipe Gaspar (100 jogos)
Filipe Gaspar |
Defesa lateral natural do
concelho
de Cascais e com formação concluída no Estoril,
mudou-se para o Sintrense
quando transito para sénior, em 2013-14.
Em cinco temporadas em
Sintra amealhou 100 partidas (90 a titular) e um golo (ao Fabril,
em maio de 2017) no Campeonato
de Portugal.
No verão de 2018
mudou-se para o Loures.
1. Rui Monteiro (119 jogos)
Rui Monteiro |
Médio
natural de Sintra que dividiu a formação entre Sp. Lourel e
Belenenses,
passou pelos seniores do Casa
Pia e pelo Marítimo B antes de ingressar no Sintrense
no verão de 2013.
Em
quatro temporadas de amarelo
e azul amealhou 119 encontros (114 a titular) no Campeonato
de Portugal e apontou 35 golos (entre os quais 18 na conversão
de penáltis), registo que faz dele o melhor marcador de sempre do
clube na competição.
No
verão de 2017 transferiu-se para o Torreense.
“Terminou a minha ligação ao Sport União Sintrense,
clube em que estive nas últimas quatro épocas, clube pelo qual
realizei mais de 120 jogos oficiais e que tantas alegrias me deu.
Clube que me diz muito, onde aprendi com todas as pessoas que por lá
passaram e que me fizeram evoluir enquanto jogador e homem. Saio
orgulhoso e de consciência tranquila, tudo fiz pelo clube que tive a
honra e o prazer de representar enquanto jogador e capitão”,
escreveu no Facebook
aquando da despedida.
Sem comentários:
Enviar um comentário