Oito nigerianos jogaram pelo Portimonense antes de Marcus |
Reforço do Portimonense
para a nova época por empréstimo (com opção de compra) do Remo Stars Football
Club, o avançado Abraham Marcus vai tornar-se no nono jogador nigeriano
a representar o emblema
algarvio.
Ainda assim, em Portimão
a história de jogadores naturais da Nigéria,
simplesmente o país com mais presenças na Taça
das Nações Africanas (15, as mesmas do Egito) e mais títulos mundiais de
sub-17 (cinco), é relativamente recente, tendo apenas cerca de duas décadas.
Jimmy Agoye |
O primeiro nigeriano
a defender as cores alvinegras
foi o avançado Jimmy Agoye, que jogou
pelo Portimonense
em 2001-02, época de regresso dos algarvios
à II
Liga. Proveniente dos austríacos do Austria Braunau, depois de passagens por
clubes como os suíços do Schaffhausen, os alemães do Oberhausen e os tunisinos
do Espérance Tunis.
Nessa temporada participou em 13
jogos (um a titular) em todas as competições, tendo apontado dois golos, ambos
na Taça
de Portugal, um ao Rio
Ave e outro ao Caldas.
Paralelamente, somou uma
internacionalização pela Nigéria
em 2002, mas em novembro, quando já tinha voltado ao Shooting Stars, do seu
país.
Pascal |
Em 2006-07, mais um avançado nigeriano
em Portimão,
desta vez um já com algum currículo no futebol português, Pascal. Extremo forte fisicamente que já tinha representado
Freamunde, Nacional,
Vitória
de Setúbal e Penafiel,
chegou ao clube no verão de 2006, proveniente dos israelitas do Bnei Sakhnin.
Em meia época disputou onze jogos
(três a titular) e apontou dois golos, ambos num triunfo folgado sobre o Olhanense
(4-1) num dérbi algarvio realizado em Olhão.
Após rescindir em janeiro, rumou
aos cipriotas do Ayia Napa.
Simy |
E porque nem todos os nigerianos
no Portimonense
foram flops, em 2010-11 entrou para os juniores alvinegros
outro ponta de lança que nas duas épocas seguintes deu bastante jeito à equipa
principal, o gigante (1,98 m) e desengonçado Simy.
Se em 2011-12 até teve um
desempenho discreto, com seis golos em 33 partidas (21 a titular) em todas as
competições, na temporada que se seguiu explodiu, ao faturar por 13 vezes em 36
encontros (25 a titular).
Entretanto rumou ao Gil
Vicente e sagrou-se melhor marcador da II
Liga em 2015-16, o que lhe permitiu ser resgatado pelo emblema
de Portimão no final dessa temporada. Porém, foi imediatamente vendido aos
italianos do Crotone por 850 mil euros, mas o que ninguém esperava era que se
conseguisse impor na Série
A italiana.
Mesmo ao serviço de uma equipa
modesta, que até veio a descer de divisão, apontou 20 golos no campeonato em 2020-21,
os mesmos de Ciro Immobile (Lazio)
– apenas Dusan Vlahovic (21 pela Fiorentina), Luis Muriel (22 pela Atalanta),
Romelu Lukaku (24 pelo Inter
de Milão) e Cristiano
Ronaldo (29 pela Juventus)
fizeram melhor. Foi apenas o segundo africano a atingir as os 20 remates
certeiros numa temporada na competição, após Eto'o, que em 2010/2011 fez 21
golos. E na época anterior, sagrou-se mesmo o goleador-mor da Série B, também
com duas dezenas de remates certeiros.
Paralelamente, em 2018 somou
cinco internacionalizações pelas superáguias e participou no Campeonato do Mundo.
Musa Yahaya |
No início da temporada 2015-16
surgiram em Portimão
mais dois futebolistas nigerianos.
Comecemos pelo que durou menos tempo no clube, o lateral/extremo direito Musa Yahaya, uma das figuras da seleção
que se sagrou campeã mundial de sub-17 em 2013. Segundo o Football Leaks, foi contratado por 500 mil euros por 90% do passe à
Mutunchi Academy, da Nigéria,
depois de passagens pelas camadas jovens de Celta
de Vigo e Tottenham.
No Algarve
não foi além de 12 jogos (quatro a titular) e um golo ao Benfica
B na II
Liga, tendo ajudado os alvinegros
a chegar às meias-finais da Taça
da Liga.
Após essa temporada,
transferiu-se para o FC
Porto, mas nunca foi além da equipa B.
Na primeira época com a camisola alvinegra
atuou em 27 partidas (18 a titular) em todas as competições e marcou um golo ao
Desp.
Chaves na II
Liga, tendo ajudado os algarvios
a chegar às meias-finais da Taça
da Liga.
Já em 2016-17, também por
empréstimo dos portistas,
disputou 21 encontros (16 a titular) nas várias provas, contribuindo para a subida
à I
Liga.
Depois da subida de divisão
transferiu-se para os cipriotas do AEL Limassol.
Stanley |
Além de Musa Yahaya, Fidelis
Irhene coincidiu no plantel do Portimonense
com mais dois nigerianos,
ambos em 2016-17. Comecemos pelo ponta de lança Stanley, que chegou a Portimão
depois de duas épocas em que esteve emprestado ao Varzim pelos moçambicanos do Clube
do Chibuto.
Na primeira temporada no Algarve
atuou em onze partidas na II
Liga, todas como suplente utilizado e até meio de janeiro, e apontou três
golos, diante de Vitória
de Guimarães B, FC
Porto B e Benfica
B, tendo contribuído para a promoção à I
Liga.
Já em 2017-18 participou em
quatro encontros, mais uma vez todos como suplente utilizado, mas desta feita
não faturou, embora possa ter servido de consolação a estreia no primeiro
escalão do futebol português. A meio da época, foi emprestado ao Varzim,
clube pelo qual haveria de se transferir em definitivo no verão de 2018.
Chidera Ezeh |
O outro jogador nigeriano
que reforçou o Portimonense
no verão de 2016 foi o extremo Chidera Ezeh,
proveniente do FC
Porto, clube que representou apenas nos juvenis e juniores, já depois de se
ter sagrado campeão mundial de sub-17 em 2013.
Na primeira época em Portimão
atuou em 14 jogos (seis a titular) e apontou três golos, diante de Leixões
(dois) e Desp.
Aves, tendo contribuído para a promoção à I
Liga.
Em 2017-18 participou em dois
encontros, ambos como suplente utilizado, tendo sido emprestado ao FC
Porto B na segunda metade da temporada.
Após a cedência aos bês portistas
voltou ao Algarve,
mas nunca conseguiu afirmar-se. Em mais dois anos nos alvinegros,
esteve em campo apenas em 18 minutos (distribuídos por três jogos e todos em
2019-19) pela equipa principal, tendo ainda jogado pelos sub-23 na Liga
Revelação em 18 encontros.
Taofiq Jibril |
Mais recentemente, em 2018-19, o Portimonense
teve nas suas fileiras o extremo/ponta de lança Taofiq Jibril, contratado ao Vila Real, clube pelo qual marcou
golos em catadupa.
Porém, com a camisola alvinegra
não foi além de dois jogos pela equipa principal, ambos como suplente utilizado.
Acabou por ser mais utilizado pelos sub-23, pelos quais atuou em 15 partidas e
marcou dois golos.
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