quarta-feira, 5 de maio de 2021

A minha primeira memória de… um jogo entre Man. United e AS Roma

Michael Carrick bisou numa noite mágica em Old Trafford
Embora se tratem de dois clubes históricos do futebol europeu, foi necessário esperar até abril de 2007 para que Manchester United e AS Roma se defrontassem pela primeira vez em jogos oficiais. Neste caso, para os quartos de final da Liga dos Campeões.
 
A formação inglesa, orientada pelo eterno Alex Ferguson, apresentava já o núcleo duro da equipa que viria a chegar a duas finais da Champions nas épocas seguintes, com Van der Sar, Brown, O’Shea, Ferdinand, Evra, Carrick, Scholes, Giggs, Cristiano Ronaldo e Rooney.
 
Já a AS Roma pouco ou nada tinha a ver com a superequipa que conquistou o título italiano em 2000-01, mas que contava ainda com o eterno Francesco Totti a capitanear um conjunto interessante de jogadores internacionais como Panucci, Mexès, Chivu, De Rossi, David Pizarro, Wilhelmsson, Perrotta e Vucinic. O homem do leme era Luciano Spalletti.
 
Na primeira-mão, na capital transalpina, os giallorossi venceram por 2-1, com golos de Rodrigo Taddei (44 minutos) e Vucinic (66’) contra um de Rooney (60’), num encontro de não me recordo.
 
 
O que me lembro bem foi da segunda-mão, em Old Trafford, pelo resultado volumoso a favorecer os red devils (7-1) e também pela estreia a marcar de Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões, ao… 24.º encontro.
 
O internacional português assistiu Carrick para o 1-0 aos 11 minutos, antes de apontar o 4-0 no final da primeira parte (44’) e o 5-0 no início da segunda (49’). Alan Smith fez o segundo aos 17’ e Rooney colocou os ingleses com três golos de vantagem dois minutos depois. Depois do bis de CR7, o improvável Carrick bisou à passagem da hora de jogo e Evra também fez o gosto ao pé (81’). Pelo meio, De Rossi fez o golo de honra dos romanos (69’).
 
“O Manchester United tornou-se ontem na terceira equipa a marcar sete golos num só jogo das fases mais adiantadas da Liga dos Campeões. Os red devils ficaram a apenas um remate certeiro de ultrapassar o Lyon, que em 2005 derrotou o Werder Bremen por 7-2, e igualar o Mónaco, que em 2003, ainda na fase de grupos, marcou oito ao Deportivo da Corunha e sofreu três. No entanto, a diferença entre golos marcados e sofridos supera a marca de ambas e só fica atrás de uma da Juventus, que em 2003 ganhou 7-0 ao Olympiacos, num jogo em que o benfiquista Miccoli marcou um golo e esteve ligado a mais três. Como não poderia deixar de ser, um homem voltou a ser fundamental para este triunfo (robusto). Nada mais nada menos que Cristiano Ronaldo, o abono de família dos vice-campeões ingleses, uma vez que o português participou ativamente em três golos e ainda marcou outros dois. Tudo isto perante a passividade da AS Roma, que na primeira parte nem chegou a aperceber-se do que lhe estava a acontecer tal a eficácia revelada pelos homens da casa. A equipa de Luciano Spalletti nunca se deu bem com a velocidade com que o adversário saiu para o contra-ataque neste período e, ainda por cima, abriu autênticas autoestradas pelo centro do terreno para Ronaldo fazer aquilo que tanto gosta: arrancar em velocidade. Após os problemas sentidos na primeira mão, ninguém esperava que o United tivesse tantas facilidades para chegar às meias-finais. O que é certo é que já lá está, a aguardar pelo vencedor da eliminatória entre o Bayern Munique e AC Milan”, podia ler-se no jornal O Jogo.
 
 
Na temporada seguinte, Manchester United e Roma defrontaram-se por quatro vezes na Champions: duas na fase de grupos (vitória inglesa em Old Trafford por 1-0 e empate a um golo em Roma) e outras tantas nos quartos de final (triunfos dos red devils por 0-2 em Itália e 1-0 em Inglaterra).
 





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