domingo, 8 de setembro de 2013

No Principado, há dinheiro mas também lucidez

uefa.com
Uma das grandes novidades do mundo futebolístico no século XXI foi a invasão de milionários, que adquiriram clubes nos quais investiam, praticamente sem retorno nenhum, apenas por diversão.

Primeiro viraram-se para Inglaterra, com Chelsea e Manchester City à cabeça, mas também para outros, sem o eco desejado, por os meios serem menos ou então porque não conseguiram ter um projeto atrativo o suficiente.

Noutros países, fomos tendo exemplos de Málaga, Zenit, Paris SG e Anzhi como exemplos recentes.

Dez anos depois da chegada de Roman Abrahamovic a Stamford Bridge, o bilionário pioneiro, ou pelo menos o primeiro a atingir o mediatismo pelo investimento no futebol, o derradeiro clube a aparecer com muitos milhões para gastar é o Mónaco, de Dmitry Rybolovlev.

A aposta percebe-se. O campeonato francês ganhou um interesse significativo quando Nasser Al-Khelaifi adquiriu o PSG, e por algum motivo a aposta fez-se nos parisienses. Numa Liga em que vinte clubes representam geralmente vinte cidades, o alvo foi o emblema da capital, uma das mais excêntricas e populares do planeta.

Dois anos depois de tanto investimento, a formação de Paris conquistou um campeonato e regressou à Liga dos Campeões, mas sem revelar uma superioridade perante os seus adversários proporcional ao orçamento, tendo perdido muitos pontos. Muitos milhões, grandes jogadores contratados, mas que por vezes parecem jogar cada um para seu lado, faltando ainda consolidar-se como equipa. E claro, há sempre atletas que não rendem o esperado e o espaço para jovens da cantera não parece abundar.

No Mónaco, embora ainda se vá na primeira época de investimento, notou-se algum critério no dinheiro gasto. Existe uma preocupação notória em ter uma espinha dorsal (leia-se guarda-redes, defesas-centrais, médios-centro e ponta-de-lança) com créditos firmados, casos de Subasic (titular da seleção croata), Ricardo Carvalho, Abidal, Toulalan, João Moutinho e Falcao.

As posições laterais, pelo menos no que foi possível ver no último jogo, frente ao Marselha, (vitória por 2-1) estão maioritariamente entregues a jovens como Fabinho (19 anos), Kurzawa (20), Lucas Ocampos (19) e Ferreira-Carrasco (19), e se a estes acrescentarmos os reforços Kondogbia (20) e James Rodríguez (22) vemos que há uma aposta clara no futuro do emblema monegasco.

O projeto parece estar bem estruturado, dá a ideia de que o proprietário não se trata de mais um excêntrico com apetite para jogar um Football Manager bem real. Resta saber se terá paciência para esta “brincadeira” essencialmente desenhada para longo-prazo, ou se se aborrecerá facilmente.


2 comentários:

  1. percebes disto,man,não sei como não estás a treinar o sportem.

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