Conhecido por el oso [o urso] devido à sua robustez
física que em muitos momentos da carreira terá roçado o excesso de peso, Lucas Pratto
tem feito do 1,88 m e dos cerca de 90 quilos uma solução e não um problema.
Tanto assim é que tem deixado
marca em quase todos os clubes por onde passou, sobretudo após a experiência
infeliz nos italianos no Génova em 2011/12. Contribuiu com golos para o título
argentino do Vélez Sarsfield em 2013, manteve a veia goleadora nos brasileiros
do Atlético Mineiro e do São Paulo e foi decisivo nas conquistas da Libertadores
e da Recopa Sul-Americana por parte do River Plate. Pelo meio, chegou a ser
falado para a seleção canarinha, mas a albiceleste
antecipou-se e deu-lhe o estatuto de internacional (cinco jogos/dois golos), o
que não é de todo fácil atendendo à concorrência de nomes como Messi,
Higuaín, Aguero ou Icardi, só para citar alguns.
Aos 31 anos e aparentemente em
melhor estado físico do que quando alinhava no Vélez, por exemplo, combina robustez
a mobilidade e oportunismo, o que o torna num avançado muito perigoso nos
últimos 30 metros. Dotado de prontidão e potência de remate, é daqueles a quem
não se pode conceder um centímetro em zona de finalização.
Porém, o bombardeiro formado no
Boca Juniors e que agora veste a camisola do rival River Plate não brilha
apenas na área. Quando a equipa opta por um futebol mais apoiado, recua para
receber a bola de costas para a baliza e participar na criação dos ataques,
sendo típico o seu gesto de procurar um companheiro desmarcado no flanco e entregar-lhe
a bola, avançando para a área em seguida para concluir um possível cruzamento. Por
ser muito possante, segura bem a bola, protegendo-a com o corpo e aguentando
bem as cargas dos adversários.
E quando os homens de Marcelo
Gallardo procuram um futebol mais direto, Pratto é a principal referência dos millonarios para ganhar a primeira bola.
Ou então, ataca a profundidade, mostrando ter a explosão necessária para o
fazer com qualidade.
Na Europa não foi além de 42 jogos
distribuídos pelos noruegueses do Lyn e pelos italianos do Génova, mas na
América do Sul é um rosto bem conhecido das principais competições continentais
e do campeonato argentino.
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