terça-feira, 25 de setembro de 2018

Plantel do Banheirense oferece garantias mas permanência é a palavra de ordem


Carlos Neves continua no Banheirense
Depois de uma temporada sofrida e com um final dramático, com a permanência na I Distrital a ser assegurada apenas na última jornada com uma vitória no terreno do Alcochetense, o Banheirense quer aliar a inauguração do novo campo a uma época tranquila, longe de sobressaltos.

Garantida a continuidade no primeiro escalão da AF Setúbal, a direção renovou com Carlos Neves, treinador que em 2017/18 guiou a equipa nos últimos terços do campeonato. Este por sua vez, pôs mãos à obra, promovendo uma autêntica revolução no plantel, que no espaço de oito meses manteve apenas quatro jogadores.

O goleador Djá (ex-FC Setúbal), os irmãos Sousa e Zé Martins (ex-Alfarim) e Besugo (ex-O Grandolense) são os reforços mais sonantes da equipa da Baixa da Banheira, que promete encarar o campeonato com os pés assentes no chão.


“No ano passado conseguimos a tão desejada manutenção. Depois de acertarmos a renovação, pus mãos à obra e fui buscar jogadores da minha confiança, que têm qualidades para a I Distrital e se calhar até para mais. Fiquei muito satisfeito atendendo às condições que há, que são as de 95 por cento dos clubes dos distritais, que é não pagar nada. Consegui fazer um plantel que me satisfaz plenamente para cumprir o objetivo. Claro que a manutenção vai se calhar do penúltimo lugar até ao primeiro, mas vamos pensar jogo a jogo, desfrutar da qualidade do plantel e fazer uma época de qualidade”, começou por pespetivar o treinador Carlos Neves, em conversa com O Blog do David.

Duas vitórias em outros tantos jogos

O técnico de 39 anos assume que o plantel foi “todo escolhido a dedo” e que lhe “oferece garantias e confiança”, mas que “ainda falta muito” para o clube poder “almejar objetivos mais ambiciosos” que a permanência. A qualidade da equipa já se fez notar nas duas primeiras jornadas da fase de grupos da Taça AF Setúbal, com vitórias por 2-0 sobre FC Setúbal (casa) e Trafaria (fora), num cenário contrastante com o da época anterior.

“No ano passado, o Banheirense fez apenas um ponto em quatro jogos na Taça e eu cheguei à 10.ª jornada e a primeira vitória da época foi ao 16.º jogo entre todas as competições. Perdemos os dois primeiros jogos, frente a Barreirense (0-3) e Amora (1-4), mas depois ganhámos ao Alfarim (1-0). Este ano a vitória surgiu no primeiro jogo e isso é um fator de crescimento que queremos sustentar, mas com os pés assentes no chão”, frisou o antigo treinador de Paio Pires, O Grandolense, “Os Pelezinhos” e União de Santiago, entre outros.


Com pouco mais de um mês de trabalho já decorrido, Carlos Neves considera que a “assimilação das ideias está a 60 ou a 70 por cento” e acredita que ele e a sua equipa técnica vão “tirar ainda mais partido do plantel”, até porque “grande parte dos jogadores trabalha por turnos e se não fosse assim talvez não estariam nesta divisão mas sim numa divisão acima”. “Todos os jogos são difíceis, mas vamos tentar torna-los menos difíceis”, acrescentou, ainda sem saber quando o Banheirense vai deixar o Municipal do Vale da Amoreira para se instalar no Complexo Desportivo da Baixa da Banheira, cuja inauguração deverá acontecer ainda durante esta temporada.

Vitória na secretaria desvalorizada

O Banheirense garantiu a permanência na época passada somente na última jornada, tendo terminado o campeonato com apenas um ponto do que o Almada, a única formação despromovida à II Distrital. Dos 21 pontos somados pelo conjunto da Baixa da Banheira, três foram obtidos na secretaria, devido à utilização irregular de um jogador do Fabril no duelo da segunda volta entre as duas equipas, que os do Lavradio tinham vencido em campo por 2-0.

Jogadores do Banheirense têm tido razões para festejar
No entanto, Carlos Neves desvaloriza o peso dessa decisão do Conselho de Disciplina da AF Setúbal nas contas da permanência e diz que “foram retirados muitos pontos em campo” aos seus homens devido a erros de arbitragem. “Se a vitória foi atribuída na secretaria, por alguma razão foi. Se calhar, sem ilegalidades, as coisas até tinham sido favoráveis ao Banheirense. O Banheirense é um dos clubes mais humildes da região e isso sente-se em campo. Na época passada senti que nos foram retirados muitos pontos em campo. Tenho vídeos dos jogos e conseguiria provar que fomos muito prejudicados”, vincou o técnico da formação do concelho da Moita.

“Subida? Favoritos são Barreirense e Fabril”

Se o objetivo do Banheirense é a permanência, o principal aliciante do campeonato da I Distrital, que arranca a 21 de outubro, é a conquista do título e a consequente subida de divisão. A corrida pelas faixas de campeão e pela ascensão aos nacionais, acredita Carlos Neves, será a dois: “No ano passado era Amora, Barreirense e Fabril, acabou por pender para o lado do Amora. Como não desceu ninguém dos nacionais, os favoritos são Barreirense e Fabril.”

No entanto, avisa o treinador do Banheirense, as duas formações do Barreiro não se podem distrair. “Pode ser que haja algum outsider, como o FC Setúbal no início da época passada, mas esses são os crónicos favoritos. Poderão aparecer três ou quatro outsiders, mas não pensamos em ser um deles. O nosso distrital é muito forte, com jogadores de qualidade e equipas bem apetrechadas. Vão haver muitas equipas a fazer frente e a roubar pontos”, vaticinou.













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