Há cerca de meio ano, escrevi um
artigo [que
pode ser lido clicando aqui] onde dava conta da minha insatisfação com
o que via na WWE, pela incapacidade dos seus intérpretes em me prenderem ao
ecrã. Seis meses depois, apesar da atenuante de estarmos ainda no rescaldo da Wrestlemania,
a minha opinião mudou.
E mudou muito à custa de a
própria Wrestlemania ter estado uns degraus acima das anteriores. O público
vibrou com cada combate e segmento, e mostrou toda a sua alegria no Monday Night Raw seguinte, onde fãs de
todas as idades mostraram o seu entusiasmo pelo momento da promotora.
É verdade que não aceitaram lá
muito bem a conquista do WWE World Heavyweight Championship por parte de Roman
Reigns, mas pelo menos não ficam indiferentes ao homem. Pessoalmente, nem
desgosto dele. Entre os big man que
têm tido as suas oportunidades, o ex-Shield até é dos que interpreta melhor o
seu papel. Mas, claro está, os fãs mais adultos nem apreciam muito os big man, nem prezam muito wrestlers com bookings a fazer lembrar John Cena.
Grandes wrestlers nos maiores palcos
Fora isso, é de enaltecer tudo o
resto. Aquele main-event do Monday Night Raw era inimaginável há escassos
anos: um dos melhores do wrestling mainstream,
Chris Jericho, a discutir a posição de candidato principal com a lenda da TNA,
AJ Styles, e dois made in ROH, Kevin
Steen e Claudio Castagnoli. Ou porque já
ninguém se refere a eles com esses nomes, Kevin Owens e Cesaro.
Mas há outros wrestlers que nos habituámos a admirar
noutras companhias e a sonhar com eles na WWE que finalmente cederam e pisam
agora os maiores palcos. El Generico (Sami Zayn), Samoa Joe e Austin Aries são
apenas alguns exemplos de estrelas que já deram vários combates do outro mundo
e que, na empresa dos McMahons, não se importaram de entrar pela porta do NXT.
E pelos vistos, Bobby Roode é o senhor que se segue.
Mas também há lutadores made in WWE que, mesmo não tendo ainda
conquistado qualquer título mundial, vão aparecendo com naturalidade em algumas
das mais importantes storylines. São
os casos de Dean Ambrose e Bray Wyatt, que sem pressa alguma se vão
consolidando como peças fulcrais mesmo sem os principais holofotes virados para
eles. Há uns anos atrás, já teriam sido campeões mundiais pelo menos por uma
vez sem terem provado tanto.
E quando digo isto, lembro-me de
Sheamus, Alberto del Rio ou Jack Swagger, que de aparentes certezas de ouro à
cintura passaram a promessas adiadas e hoje estão um pouco perdidos.
The New Day como grande atração
Um pouco perdidos estavam Kofi
Kingston e Big E, para não falar de um Xavier Woods que raramente aparecia em
televisão. Mesmo depois de terem estado no roster
durante vários anos a solo, já nem consigo olhar para eles individualmente, uma
vez que em conjunto apresentam-se renovadíssimos nos The New Day.
A fazer lembrar aquelas tag teams/stables cómicas/exóticas dos
anos 90, este grupo é um dos principais responsáveis pelo momento animado que a
WWE atravessa. Conseguiram criar uma grande empatia com os fãs e são
divertidos, algo que individualmente provavelmente não iriam alcançar. E além
de toda a palhaçada, é com naturalidade que são campeões e vencem os mais
titulados wrestlers dos League Of
Nations.
Divisão feminina promete
Para finalizar, não há como fugir
ao que se vê na divisão feminina. Charlotte começa a acertar o passo, e Sasha
Banks e Becky Lynch só vêm acrescentar qualidade. E prontas a aparecer ainda
estão Bayley e Asuka. Isto promete e não me admirava nada de, já no Extreme
Rules, termos um Ladder match ou um Steel Cage match pelo título feminino. É
um feeling!
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