Duelo entre desilusões só podia acabar sem golos
Esta noite, no Estádio Morumbi, em São Paulo , Santos e
Flamengo empataram a zero na 7ª jornada do Brasileirão.
Eis a constituição das equipas:
Santos
O Santos entrou
na 7ª jornada em 13º lugar, com sete pontos, a seis pontos dos líderes Cruzeiro
e Grêmio.
Leandro Damião,
Thiago Ribeiro, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Gabriel estão ausentes. Cícero
pediu para ficar de fora.
Flamengo
Ao cabo de seis jornadas, o Mengão somou cinco pontos e está em 16º
lugar.
A última vitória do Flamengo no terreno do Santos remonta a julho de
2011.
Emerson está lesionado. Felipe, André Santos, Cáceres e Elano também
ficam de fora.
O ex-Sp. Braga Léo Moura integra o plantel.
Cronómetro:
Início de jogo equilibrado e com a bola longe de ambas as balizas.
Ao contrário do que foi noticiado na imprensa brasileira, o Flamengo
dispôs-se em 4x2x3x1 e não num sistema de três centrais.
Relvado muito pesado e escorregadio.
Mengão estava a conseguir superiorizar-se à
medida que ia decorrendo a primeira parte.
Luiz Antonio e Wallace, ambos jogadores dos visitantes,
desentenderam-se e quase chegaram a vias de facto.
45+1’
Lucas Lima, de livre direto, obrigou Paulo Victor a aplicar-se.
Ao intervalo, Cicinho, com queixas físicas, cedeu o seu lugar a Bruno
Peres.
Santos entrou a todo o gás no segundo tempo.
90+2’
Paulinho, com tudo para marcar, acertou na trave.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o empate.
Análise:
Com muitas ausências de ambas as partes e constituindo duas das
maiores desilusões do Brasileirão, Santos e Flamengo ainda jogaram à chuva e em
casa emprestada do Peixe, o Estádio
Morumbi, propriedade do… São Paulo.
Depois de um inicio equilibrado, o Mengão
foi criando gradualmente ascendente na primeira parte, conseguindo ser a equipa
mais perigosa e a que esteve mais perto de marcar.
Luiz Antonio, aos 40’ ,
acertou na trave, mas minutos depois desentendeu-se com o seu colega Wallace
num dos momentos mais feios do encontro e os cariocas não mais conseguiram ser
autoritários em campo.
Os paulistas entraram muito bem no segundo tempo, dispuseram várias
oportunidades para desbloquear o empate, mas o golo nunca chegou.
Depois, o encontro voltou a tornar-se equilibrado, com alguma ação
junto de ambas as áreas, mas a principal nota de destaque até ao final da
partida foi mesmo a expulsão de Geuvânio, após entrada por trás sobre João
Paulo.
Num dos últimos lances do jogo, Paulinho viu o seu remate embater no
ferro e desperdiçou uma grande oportunidade de dar a vitória aos visitantes. Santos
e Flamengo continuam a atrasar-se em relação aos primeiros classificados…
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Santos…
Aranha iniciou vários ataques com passes teleguiados com as mãos, mas também
cometeu algumas fífias, que deixaram transparecer alguma insegurança entre os
postes;
Cicinho foi substituído ao intervalo, com queixas físicas; Jubal e David
Braz (viu um cartão amarelo que o tira da próxima jornada) foram autênticas
paredes, sempre bem posicionados para se opor aos remates adversários; e Zé
Carlos aventurou-se pouco no ataque e sentiu dificuldades para travar
Negueba;
Arouca, dos mais experientes da sua formação, foi influente na construção de
jogo e uma referência na recuperação do esférico; Renato esteve discreto;
e Lucas Lima foi o homem das bolas paradas e foi das unidades mais
perigosas da sua formação;
Geuvânio, um dos ‘novos meninos da Vila’, jogou com limitações físicas, com
uma ligadura no braço direito e foi expulso à entrada do último quarto de hora
após entrada por trás sobre João Paulo; Victor Andrade melhorou de
rendimento quando se mudou para o flanco direito, tentando puxar por várias
vezes a bola para o seu pé esquerdo para armar o remate; e Stéfano Yuri,
muito posicional, passou ao lado do jogo e saiu lesionado já na segunda parte;
Bruno Peres entrou após o intervalo para o lado
direito da defesa; Diego Cardoso foi lançado para as alas mas viu-se
obrigado a atuar no eixo do ataque após a lesão de Stéfano Yuri; e Jorge
Eduardo pouco ou nada acrescentou.
Quanto aos jogadores do Flamengo…
Paulo Victor
efetuou algumas intervenções de grau de dificuldade elevado;
Léo Moura
(capitão), muito experiente (35 anos), foi um lateral muito ofensivo; Chicão
fez valer a sua experiência; Wallace esteve a bom nível, tendo como
principal destaque na partida o desentendimento com Luiz Antonio; e Samir
deu a devida profundidade ao seu flanco;
Amaral, médio
mais posicional, foi o principal responsável pelos equilíbrios coletivos; Márcio
Araújo, médio de transição, jogou de área a área, sempre a um ritmo
considerável; e Luiz Antonio tem bom remate de meia distância e esteve
perto de marcar no final da primeira parte, tendo acertado à trave;
Negueba foi bastante dinâmico e utilizou a sua velocidade para causar
desequilibrios; Paulinho procurou fletir da esquerda para o meio e deve
culpar-se a si próprio por não ter dado a vitória à sua equipa, ao atirar ao
ferro já nos descontos da etapa complementar; e Everton pouco mais fez
que um cabeceamento perigoso aos 23’ ;
João Paulo deu maior pendor ofensivo ao flanco
esquerdo; Igor Sartori refrescou o corredor direito; e Arthur foi
lançado ao eixo do ataque.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Brasileirão:
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