Reflexo da sociedade em que
habitamos, deparei-me com a existência deste livro nas redes sociais, e desde o
primeiro momento que me mostrei interessado em obtê-lo.
O título sugestivo cativou-me
desde logo, vindo posteriormente a confirmar que se tratava de uma obra que
contava a história das competições europeias de clubes, desde os primórdios, de
caráter pouco oficial e ainda antes da existência da UEFA.
Surpreendeu-me a origem destas
tardes/noites de futebol na região da Áustria e Hungria, e a autoexclusão britânica
das primeiras iniciativas.
Outro importante pormenor,
transversal a todo o livro, foi a relação íntima que o autor assumiu entre a
história sociopolítica e a história do jogo, e do fenómeno das competições
europeias.
Histórias incríveis de nomes
que hoje em dia são praticamente anónimos e que ajudaram a construir aquilo que,
semana sim, semana não, nos entra pela televisão e computador a dentro às
terças, quartas e quintas-feiras.
A obra deliciou-me de tal modo
que fui incapaz de guardar o sentimento só para mim. Foram mais de 400 páginas que absorvi sobretudo em viagens de comboio, autocarro e barco. Uma
extensão que jamais pode ser confundido com algo maçador. Antes pelo contrário!
Das inúmeras equipas de Viena
até ao Barcelona tiki-taka e ao
Bayern de hoje, com as paragens mais assinaláveis pelo Real Madrid dos anos 50,
ao Benfica dos anos 60, Ajax e Liverpool dos anos 70 e AC Milan de finais de
80/inícios de 90, é um livro para ler, mas não para depois arrumar na gaveta.
Toda a sua estrutura torna-o numa fonte para futura consulta.
Aconselho vivamente a leitura!
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