quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

O “novo Kaká” que no Benfica até na camisola falhou. Quem se lembra de Felipe Menezes?

Felipe Menezes somou 28 jogos e dois golos pelo Benfica entre 2009 e 2011
Médio ofensivo cujas características eram regularmente comparadas às de Kaká, nomeadamente a qualidade técnica e estampa física (1,85 m), além de um estilo de vida nada boémio, Felipe Menezes foi um dos muitos jogadores brasileiros que Jorge Jesus observou, gostou e fez questão de levar para o Benfica.
 
Produto da formação do Goiás, deu nas vistas ao serviço da equipa principal do emblema goiano entre 2007 e 2009. Daí até dar o salto para a Luz, a conversa é outra, mas os encarnados decidiram investir um milhão de euros na sua contratação no verão de 2009. “Nem toda a gente consegue vingar num grande clube”, afirmou o então diretor desportivo Rui Costa, talvez em jeito de prognóstico, aquando da apresentação do centrocampista como jogador das águias. “É um rapaz bastante equilibrado”, foi o maior elogio que o dirigente conseguiu fazer ao reforço.
 
 
Com nomes como Pablo Aimar ou Carlos Martins à sua frente e uma adaptação ao ritmo mais elevado do futebol europeu para fazer, o meia natural de Goiânia foi quase sempre segunda ou terceira linha no Benfica em 2009-10 e 2010-11. Ainda assim, amealhou um total de 28 jogos e dois golos no acumulado das duas épocas, tendo chegado a atuar na Liga dos Campeões, além de ter vencido um campeonato (2009-10) e duas Taças da Liga (2009-10 e 2010-11).
 
 
 
Um dos momentos mais marcantes da passagem de Felipe Menezes pelos encarnados aconteceu a 17 de outubro de 2009, num jogo para a Taça de Portugal no terreno do Monsanto, no qual até marcou. Após o intervalo, o médio regressou ao relvado com a camisola do compatriota de David Luiz, com a qual jogou três minutos, tendo visto o cartão amarelo antes de emendar o erro e vestir a que lhe pertencia.
 
 
Seguiram-se empréstimos a Botafogo e Sport Recife antes de rescindir contrato com o Benfica e assinar pelo Palmeiras em julho de 2013, sagrando-se campeão da Série B do Brasileirão logo no ano de estreia.
 
 
Seguiu-se o regresso ao Goiás em 2015, ano no qual venceu o campeonato goiano e voltou a mostrar o seu melhor futebol, embora não tivesse conseguido impedir a despromoção à Série B.
 
Viria ainda a ter uma passagem discreta pela Ponte Preta antes de vencer um campeonato cearense pelo Ceará em 2017 e um campeonato alagoano pelo CRB em 2020. Pelo meio aventurou-se no futebol tailandês, tendo jogado ao lado de Yannick Djaló no Ratchaburi em 2018.
 
Haveria de terminar a carreira em 2024, nos distritais de Itália, ao serviço do modesto Canosa, da região da Apúlia, aos 36 anos.







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