O “novo Kaká” que no Benfica até na camisola falhou. Quem se lembra de Felipe Menezes?
Felipe Menezes somou 28 jogos e dois golos pelo Benfica entre 2009 e 2011
Médio ofensivo cujas
características eram regularmente comparadas às de Kaká, nomeadamente a
qualidade técnica e estampa física (1,85 m), além de um estilo de vida nada
boémio, Felipe Menezes foi um dos muitos jogadores brasileiros que Jorge
Jesus observou, gostou e fez questão de levar para o Benfica.
Produto da formação do Goiás,
deu nas vistas ao serviço da equipa principal do emblema
goiano entre 2007 e 2009. Daí até dar o salto para a Luz,
a conversa é outra, mas os encarnados
decidiram investir um milhão de euros na sua contratação no verão de 2009. “Nem
toda a gente consegue vingar num grande clube”, afirmou o então diretor
desportivo Rui
Costa, talvez em jeito de prognóstico, aquando da apresentação do
centrocampista como jogador das águias.
“É um rapaz bastante equilibrado”, foi o maior elogio que o dirigente conseguiu
fazer ao reforço.
Com nomes como Pablo Aimar ou
Carlos Martins à sua frente e uma adaptação ao ritmo mais elevado do futebol
europeu para fazer, o meia natural de Goiânia foi quase sempre segunda
ou terceira linha no Benfica
em 2009-10 e 2010-11. Ainda assim, amealhou um total de 28 jogos e dois golos
no acumulado das duas épocas, tendo chegado a atuar na Liga
dos Campeões, além de ter vencido um campeonato (2009-10) e duas Taças
da Liga (2009-10 e 2010-11).
Um dos momentos mais marcantes da
passagem de Felipe Menezes pelos encarnados
aconteceu a 17 de outubro de 2009, num jogo para a Taça
de Portugal no terreno do Monsanto, no qual até marcou. Após o intervalo, o
médio regressou ao relvado com a camisola do compatriota de David Luiz, com a
qual jogou três minutos, tendo visto o cartão amarelo antes de emendar o erro e
vestir a que lhe pertencia.
Seguiram-se empréstimos a Botafogo
e Sport
Recife antes de rescindir contrato com o Benfica
e assinar pelo Palmeiras
em julho de 2013, sagrando-se campeão da Série B do Brasileirão logo no ano de
estreia.
Seguiu-se o regresso ao Goiás
em 2015, ano no qual venceu o campeonato goiano e voltou a mostrar o seu melhor
futebol, embora não tivesse conseguido impedir a despromoção à Série B. Viria ainda a ter uma passagem
discreta pela Ponte
Preta antes de vencer um campeonato cearense pelo Ceará
em 2017 e um campeonato alagoano pelo CRB em 2020. Pelo meio aventurou-se no
futebol tailandês, tendo jogado ao lado de Yannick
Djaló no Ratchaburi em 2018. Haveria de terminar a carreira em
2024, nos distritais de Itália, ao serviço do modesto Canosa, da região da Apúlia,
aos 36 anos.
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