quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Os 8 jogadores que marcaram três ou mais golos num jogo pelo Benfica na Champions antes de Pavlidis

Apenas dois jogadores conseguiram a façanha na era Liga dos Campeões
Em 273 jogos relativos a 41 presenças na Taça/Liga dos Campeões Europeus, sete das quais com caminhadas até à final e duas coroadas com a conquista do título, o Benfica teve nove jogadores a marcar três ou mais golos num só encontro.
 
O grego Vangelis Pavlidis, autor de um hat trick na emocionante e polémica derrota desta terça-feira no Estádio da Luz às mãos do Barcelona (4-5), é o nono elemento desta curta lista e apenas o segundo na era Liga dos Campeões (desde 1992-93).
 
Saiba aqui quem foram os oito jogadores que marcaram três ou mais golos num jogo pelo Benfica na Taça/Liga dos Campeões antes de Pavlidis.
 

Eusébio (vs. Norrköping em 1962-63 e vs. Stade Dudelange em 1965-66)

Eusébio
Numa altura em que o Benfica tinha o estatuto de bicampeão continental, ficou isento na primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus e entrou apenas na segunda ronda, tendo medido forças diante dos suecos do IFK Norrköping. Depois de um empate a um golo na Suécia, as águias golearam por 5-1 no Estádio da Luz. Eusébio, que já havia marcado o golo benfiquista na primeira-mão, apontou um hat trick em Lisboa (18, 35 e 85 minutos), a 22 de novembro de 1962.
No ano em que conquistou a única Bola de Ouro da carreira, em 1965, Eusébio cometeu a proeza de apontar um póquer na Taça dos Campeões Europeus, numa goleada por 10-0 aos luxemburgueses do Stade Dudelange, na 2.ª mão da primeira eliminatória, no Estádio da Luz. Aos 31 minutos já havia completado o hat trick, tendo chegado ao quarto golo já na reta final da partida. A título de curiosidade, o pantera negra não havia jogado no primeiro jogo, no Luxemburgo, no qual as águias golearam por 8-0.
 
 

José Torres (vs. Aris Bonnevoie em 1964-65 e vs. Valur em 1968-69)

José Torres
Em 1964-65, o Benfica foi obrigado a disputar uma ronda preliminar para aceder à fase final da Taça dos Campeões Europeus, mas isso não foi problema para as águias então orientadas pelo romeno Elek Schwartz. Frente aos luxemburgueses do Aris Bonnevoie, os encarnados começaram por golear por 5-1 fora, com quatro golos de José Torres (15, 18, 35 e 60 minutos) e um de Eusébio, a 16 de setembro de 1964. Na segunda-mão, na Luz, o resultado foi o mesmo, mas os marcadores diversificaram.
Quatro épocas depois, em 1968-69, o Benfica mediu forças com os islandeses do Valur na primeira ronda. Depois de um empate sem golos em Reiquejavique, as águias golearam por 8-1 na Luz, a 2 de outubro de 1968. José Torres esteve em evidência, ao apontar um hat trick (12, 47 e 78 minutos).
 
 

Pedras (vs. Stade Dudelange em 1965-66)

Pedras marcou três golos na Taça dos Campeões Europeus ao longo de toda a carreira, e foram todos no mesmo jogo, um dos quatro que disputou na competição. Foi diante dos luxemburgueses do Stade Dudelange, numa goleada fora por 8-0 a 30 de setembro de 1965, na primeira-mão da primeira eliminatória. Os tentos do médio natural de Guimarães e proveniente do Vitória local foram obtidos aos 15, 21 e 78 minutos.
 
 

José Augusto (vs. Stade Dudelange em 1965-66)

Um dos melhores extremos direitos do futebol europeu na década de 1960, bicampeão continental em 1960-61 e 1961-62 e um jogador que apresentava sempre um elevado número golos por temporada.
Tal como Eusébio e Pedras, aproveitou a eliminatória diante dos luxemburgueses do Stade Dudelange em 1965-66 para molhar a sopa. Não participou nos 8-0 no Luxemburgo, mas apontou um hat trick nos 10-0 da segunda-mão, no Estádio da Luz, com golos aos 12, 23 e 59 minutos.
 
 

Nené (vs. Feyenoord em 1971-72 e vs. Fenerbahçe em 1975-76)

Nené
O homem que não sujava os calções, mas que não tinha problemas em chutar bolas cheias de lama para as balizas adversárias.
Não chegou a tempo da gloriosa década de 1960 do Benfica, mas ainda foi companheiro de equipa de alguns campeões continentais já nos últimos anos de carreira deles. Em 1972-73 ajudou as águias a atingir as meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, sobretudo com o hat trick que marcou ao Feyenoord nos quartos de final. Depois de uma derrota em Roterdão na primeira-mão (1-0), Nené faturou por três vezes na goleada por 5-1 na Luz, com golos aos 6, 82 e 89 minutos, a 22 de março de 1972.
Quatro épocas depois, Nené voltou a apontar um hat trick na maior prova de clubes da Europa, desta feita logo na primeira-mão da primeira ronda, numa goleada sobre os turcos do Fenerbahçe (7-0), a 17 de setembro de 1975. Os seus remates certeiros foram obtidos aos 33, 43 e 72 minutos.
 
 
 

Rui Jordão (vs. Fenerbahçe em 1975-76)

Nené não foi o único a apontar um hat trick nos 7-0 ao Fenerbahçe em setembro de 1975. Também Rui Jordão o conseguiu, entre os 60 e os 84 minutos. Curiosamente, esses três golos constituem metade do registo total (seis) da gazela de Benguela em 22 jogos na Taça dos Campeões Europeus.
 
 
 

Sergei Iuran (vs. Hamrun Spartans em 1991-92)

Um dos problemáticos russos que passaram pelo Benfica no início da década de 1990, juntamente com Mostovoi e Kulkov, mas que conseguia ir compensado com golos as dores de cabeça que causava aos treinadores e responsáveis encarnados.
Na última edição da Taça dos Campeões Europeus, em 1991-92, as águias começaram por defrontar os malteses do Hamrun Spartans na primeira eliminatória. Logo na primeira-mão, a equipa então orientada por Sven-Göran Eriksson goleou por 6-0 em La Valletta, a 18 de setembro de 1991. Iuran esteve em evidência ao apontar um póquer, com golos aos 32, 35, 50 e 83 minutos.
 
 
 

João Mário (vs. Inter de Milão em 2023-24)

João Mário foi um dos esteios da caminhada do Benfica até aos quartos de final da Liga dos Campeões em 2022-23, com seis golos em 10 jogos, mas foi na época seguinte, na qual até esteve mais apagado, que cometeu a proeza de apontar um hat trick na Champions. Aconteceu, curiosamente, na receção a um clube que já tinha representado, o Inter de Milão. Numa altura em que os encarnados já estavam matematicamente afastados do apuramento para os oitavos de final e só podiam sonhar com a repescagem para a Liga Europa, João Mário marcou aos 6, 13 e 34 minutos os golos que colocaram a equipa então comandada por Roger Schmidt a vencer por 3-0. O pior veio na segunda parte, quando os nerazzurri conseguiram chegar ao empate (3-3), numa partida da 5.ª jornada da fase de grupos, disputada a 29 de novembro de 2023.
 



 






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