Apenas dois jogadores conseguiram a façanha na era Liga dos Campeões |
Em 273 jogos relativos a 41
presenças na Taça/Liga
dos Campeões Europeus, sete das quais com caminhadas até à final e duas
coroadas com a conquista do título, o Benfica
teve nove jogadores a marcar três ou mais golos num só encontro.
Eusébio (vs. Norrköping em 1962-63 e vs. Stade Dudelange em 1965-66)
Eusébio |
Numa altura em que o Benfica
tinha o estatuto de bicampeão continental, ficou isento na primeira
eliminatória da Taça
dos Campeões Europeus e entrou apenas na segunda ronda, tendo medido forças
diante dos suecos do IFK Norrköping. Depois de um empate a um golo na Suécia, as
águias
golearam por 5-1 no Estádio
da Luz. Eusébio,
que já havia marcado o golo benfiquista
na primeira-mão, apontou um hat trick em Lisboa (18, 35 e 85 minutos), a
22 de novembro de 1962.
No ano em que conquistou a única
Bola de Ouro da carreira, em 1965, Eusébio
cometeu a proeza de apontar um póquer na Taça
dos Campeões Europeus, numa goleada por 10-0 aos luxemburgueses do Stade
Dudelange, na 2.ª mão da primeira eliminatória, no Estádio
da Luz. Aos 31 minutos já havia completado o hat trick, tendo
chegado ao quarto golo já na reta final da partida. A título de curiosidade, o pantera
negra não havia jogado no primeiro jogo, no Luxemburgo, no qual as águias
golearam por 8-0.José Torres (vs. Aris Bonnevoie em 1964-65 e vs. Valur em 1968-69)
José Torres |
Em 1964-65, o Benfica
foi obrigado a disputar uma ronda preliminar para aceder à fase final da Taça
dos Campeões Europeus, mas isso não foi problema para as águias
então orientadas pelo romeno Elek Schwartz. Frente aos luxemburgueses do Aris
Bonnevoie, os encarnados
começaram por golear por 5-1 fora, com quatro golos de José Torres (15, 18, 35
e 60 minutos) e um de Eusébio,
a 16 de setembro de 1964. Na segunda-mão, na Luz,
o resultado foi o mesmo, mas os marcadores diversificaram.
Quatro épocas depois, em 1968-69,
o Benfica
mediu forças com os islandeses do Valur na primeira ronda. Depois de um empate
sem golos em Reiquejavique, as águias
golearam por 8-1 na Luz,
a 2 de outubro de 1968. José Torres esteve em evidência, ao apontar um hat
trick (12, 47 e 78 minutos).Pedras (vs. Stade Dudelange em 1965-66)
Pedras marcou três golos na Taça dos Campeões Europeus ao longo de toda a carreira, e foram todos no mesmo jogo, um dos quatro que disputou na competição. Foi diante dos luxemburgueses do Stade Dudelange, numa goleada fora por 8-0 a 30 de setembro de 1965, na primeira-mão da primeira eliminatória. Os tentos do médio natural de Guimarães e proveniente do Vitória local foram obtidos aos 15, 21 e 78 minutos.José Augusto (vs. Stade Dudelange em 1965-66)
Um dos melhores extremos direitos do futebol europeu na década de 1960, bicampeão continental em 1960-61 e 1961-62 e um jogador que apresentava sempre um elevado número golos por temporada.Tal como Eusébio e Pedras, aproveitou a eliminatória diante dos luxemburgueses do Stade Dudelange em 1965-66 para molhar a sopa. Não participou nos 8-0 no Luxemburgo, mas apontou um hat trick nos 10-0 da segunda-mão, no Estádio da Luz, com golos aos 12, 23 e 59 minutos.
Nené (vs. Feyenoord em 1971-72 e vs. Fenerbahçe em 1975-76)
Nené |
O homem que não sujava os
calções, mas que não tinha problemas em chutar bolas cheias de lama para as
balizas adversárias.
Não chegou a tempo da gloriosa
década de 1960 do Benfica,
mas ainda foi companheiro de equipa de alguns campeões continentais já nos
últimos anos de carreira deles. Em 1972-73 ajudou as águias
a atingir as meias-finais da Taça
dos Campeões Europeus, sobretudo com o hat trick que marcou ao Feyenoord
nos quartos de final. Depois de uma derrota em Roterdão na primeira-mão (1-0),
Nené faturou por três vezes na goleada por 5-1 na Luz,
com golos aos 6, 82 e 89 minutos, a 22 de março de 1972.Quatro épocas depois, Nené voltou a apontar um hat trick na maior prova de clubes da Europa, desta feita logo na primeira-mão da primeira ronda, numa goleada sobre os turcos do Fenerbahçe (7-0), a 17 de setembro de 1975. Os seus remates certeiros foram obtidos aos 33, 43 e 72 minutos.
Rui Jordão (vs. Fenerbahçe em 1975-76)
Nené não foi o único a apontar um hat trick nos 7-0 ao Fenerbahçe em setembro de 1975. Também Rui Jordão o conseguiu, entre os 60 e os 84 minutos. Curiosamente, esses três golos constituem metade do registo total (seis) da gazela de Benguela em 22 jogos na Taça dos Campeões Europeus.Sergei Iuran (vs. Hamrun Spartans em 1991-92)
Um dos problemáticos russos que passaram pelo Benfica no início da década de 1990, juntamente com Mostovoi e Kulkov, mas que conseguia ir compensado com golos as dores de cabeça que causava aos treinadores e responsáveis encarnados.Na última edição da Taça dos Campeões Europeus, em 1991-92, as águias começaram por defrontar os malteses do Hamrun Spartans na primeira eliminatória. Logo na primeira-mão, a equipa então orientada por Sven-Göran Eriksson goleou por 6-0 em La Valletta, a 18 de setembro de 1991. Iuran esteve em evidência ao apontar um póquer, com golos aos 32, 35, 50 e 83 minutos.
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