sábado, 19 de agosto de 2023

Onze ideal de jogadores que passaram por Barreirense e Imortal

Imortal e Barreirense vão medir forças no Campeonato de Portugal
O Futebol Clube Barreirense é um histórico com 24 participações na I Divisão e uma presença na antiga Taça das Cidades com Feiras, enquanto o melhor que o Imortal Desportivo Clube conseguiu foi participar por duas vezes na II Liga, mas as histórias de ambos os emblemas têm alguns pontos de contacto.
 
Nas décadas de 1990 e 2000 os conjuntos de Barreiro e Albufeira coincidiram em sete épocas na antiga II Divisão B e numa na antiga III Divisão, tendo disputado em 1998-99 uma intensa disputa pela promoção à II Liga. Os algarvios levaram a melhor, mas só conseguiram ultrapassar os alvirrubros na derradeira jornada, depois de uma vitória em casa sobre o Machico (4-3) e de um empate a zero do Barreirense no terreno da Camacha.
 
Mais recentemente, as duas equipas defrontaram-se em 2021-22 no Campeonato de Portugal, competição na qual voltam a medir forças na presente temporada.
 
Vale por isso a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram pelos dois clubes, distribuídos em campo num 3x4x3.
 

Luís Manuel (guarda-redes)

Luís Manuel
Guarda-redes natural da Moita e que concluiu a formação no Barreirense, passou pelos seniores de Marítimo Rosarense e Quintajense antes de representar a equipa principal dos alvirrubros entre 1984 e 1986 na antiga II Divisão Nacional.
No verão de 1986 transferiu-se para o Desp. Aves e de lá saiu para o Sp. Braga dois anos depois.
Mais tarde, depois de passagens por Farense e Sp. Espinho, representou o Imortal em 1997-98 na antiga II Divisão B.
 
 

Tomás (defesa central)

Tomás
Defesa central nascido na Guiné-Bissau e formado da cantera do Barreirense, ascendeu à equipa principal em 1993-94 pela mão de Luís Norton de Matos.
Em oito temporadas no Dom Manuel de Mello, sempre na II Divisão B, nem sempre foi propriamente um titular. Afinal, teve a concorrência de centrais que haveriam de atingir um nível mais elevado, como Paulo Fonseca, Duka, Bruno Costa, Hugo Carreira e Kali. Em 1998-99 fez parte da equipa que ficou a apenas um ponto de subir à II Liga.
No verão de 2001 transferiu-se para o Imortal na companhia de Miguel, tendo apenas passado uma época nos algarvios, na II Divisão B.
 
 


Luís Miguel (defesa central)

Luís Miguel
Defesa central nascido no Seixal, ingressou nos juniores do Barreirense no final da década de 1980, tendo transitado para a equipa principal em 1989-90, época marcada pelo apuramento para a edição inaugural da II Liga.
Em 1990-91 não conseguiu impedir a descida à II Divisão B, mas após a despromoção permaneceu mais dois anos no Dom Manuel de Mello, tendo participado numa eliminatória da Taça de Portugal frente ao Sporting em novembro de 1992, antes de dar o salto para a União de Leiria no verão de 1993.
Seguiram-se passagens por Farense, Sp. Espinho, Campomaiorense, Santa Clara e Desp. Aves antes de vestir a camisola do Imortal em 2002-03, na II Divisão B.
 
 
 

Hélio (defesa central)

Hélio
Defesa central/médio defensivo possante (1,88 m) e com o carimbo das seleções jovens portugueses, foi formado no Vitória de Setúbal, mas fez a maior parte da carreira em clubes alentejanos e algarvios, como Vasco da Gama de SinesJuventude ÉvoraUnião de Montemor e, claro, o Imortal.
Mas antes de passar por Albufeira vestiu a camisola do Barreirense na segunda metade da época 1996-97, na II Divisão B, após ter começado essa temporada no Sp. Covilhã.
No verão de 1998 reforçou o Imortal e rapidamente se estabeleceu como um dos esteios da equipa que, com Ricardo Formosinho ao leme, logrou a inédia promoção à II Liga, patamar em que representou os albufeirenses ao longo de dois anos.
Apos a despromoção dos algarvios à II Divisão B, Hélio manteve-se na II Liga ao serviço do Maia, tendo ainda passado por Dragões Sandinenses e Gondomar antes de regressar ao Imortal em 2005-06 para jogar novamente na II B.
 
 

Rolo (lateral direito)

Rolo
Lateral direito natural de Setúbal e formado no Vitória, chegou a jogar pela equipa principal dos sadinos, mas não se afirmou e rumou ao Imortal no verão de 1998, já depois de ter estado emprestado ao Desp. Beja, numa altura em que os albufeirenses então orientados pelo setubalense Ricardo Formosinho estava a contratar muitos jogadores ligados à cidade do Sado.
Na única temporada que passou em Albufeira contribuiu para a promoção à II Liga, valorizando-se ao ponto de dar ao salto para os espanhóis do Getafe.
Seguiram-se passagens por Beira-Mar, Estrela da Amadora, Sp. Espinho, Pinhalnovense e União Micaelense antes de vestir a camisola do Barreirense entre 2006 e 2009, nas últimas três épocas da carreira. Em 2006-07 mostrou-se impotente para impedir a despromoção à III Divisão e em 2008-09 não conseguiu evitar a descida de divisão aos distritais da AF Setúbal.
 
 

Carlitos (lateral esquerdo)

Carlitos
Procurei, procurei, e não encontrei nenhum lateral esquerdo que tivesse passado pelos dois clubes. Portanto, recorri à adaptação de um extremo que durante a carreira se converteu em lateral direito.
Jogador com raízes cabo-verdianas nascido em Almada, dividiu a formação entre Arrentela e Amora e representou a equipa principal dos amorenses antes de ingressar no Barreirense em janeiro de 2005, indo a tempo de contribuir ativamente para a promoção à II Liga no final dessa época.
Em 2005-06 representou o Odivelas, mas no início da época seguinte voltou ao Barreiro, embora se tenha transferido para o Imortal em janeiro de 2007, também para competir na II Divisão B.
 
 

Monzelo (médio defensivo)

Monzelo
Defesa central/médio defensivo natural de Alcochete e formado e revelado pelo Montijo, passou pelo Oriental antes de vestir a camisola do Imortal em 1997-98, na antiga II Divisão B.
De Albufeira saiu para o Barreirense no verão de 1998. Maioritariamente titular no Dom Manuel de Mello durante as seis temporadas que representou o clube na II Divisão B, fez parte das equipas que em 1998-99 e 2003-04 estiveram bastante perto da subida à II Liga.
Em 2004-05 fez uma pausa no futebol, mas voltou à atividade em 2005-06 para representar o Alcochetense, tendo ainda passado por Juventude ÉvoraLusitano Évora, Atlético ReguengosOlímpico Montijo antes de voltar ao Barreiro para encerrar a carreira em 2012-13, coroando a despedida com a subida ao recém-criado Campeonato de Portugal.
 
 
 

João Carlos (médio centro)

João Carlos
Médio de características ofensivas natural de Setúbal e formado no Vitória ao lado de Hélio, passou por clubes como Santa Clara, Montijo, Vasco da Gama de Sines e O Elvas antes de representar o Barreirense em 1993-94, na altura para competir na II Divisão B.
Seguiram-se passagens por Quarteirense e Desp. Beja antes de vestir a camisola do Imortal em 1998-99, tendo contribuído para a promoção dos albufeirenses à II Liga.
 
 



Gamboa (avançado)

Gamboa
Atacante rapidíssimo formado no Vitória de Setúbal, integrou a equipa principal dos sadinos entre 1977 e 1979, tendo chegado a jogar na I Divisão.
Seguiram-se passagens por Fafe, Montijo, Cova da Piedade e Esperança de Lagos antes de representar o Barreirense entre 1987 e 1989, na II Divisão Nacional.
Após esses dois anos regressou ao Esperança de Lagos, tendo vestido a camisola do Imortal em 1991-92, numa época em que os albufeirenses faziam a estreia na II Divisão B.
 
 

Jorge Matos (avançado)

Jorge Matos
Avançado natural de Setúbal e que fez quase toda a formação no Vitória local, passou pelos seniores de Paio Pires e Comércio e Indústria antes de ingressar pela primeira vez no Barreirense entre 1997 e 1999.
Nesses dois anos no Dom Manuel de Mello fez parte da equipa que em 1998-99 esteve bastante perto da subida à II Liga, mostrou veia goleadora, valorizou-se e foi premiado com o salto para a equipa principal do Vitória de Setúbal no verão de 1999.
Após não ter vingado nos sadinos, começou a época 2000-01 no Imortal, na altura a militar no segundo escalão, mas após 21 jogos e dois golos mudou-se para o Barreirense em abril de 2001, tendo somado quatro remates certeiros em oito jogos nas derradeiras jornadas do campeonato da II Divisão B.
 
 

Cílio Souza (avançado)

Cílio Souza
Ponta de lança brasileiro que havia jogado pelo Beira-Mar na I Liga, pelo Rio Ave na II Liga e que marcou o golo com que o Gondomar eliminou o Benfica na Taça de Portugal em 2002-03, reforçou o Barreirense em janeiro de 2004, depois de ter começado a temporada no Amora.
Em menos de meio ano no Dom Manuel de Mello justificou a fama de goleador que trazia, com oito golos em 14 jogos na II Divisão B.
Na época que se seguiu representou o Imortal, tendo ajudado os algarvios a subir da III Divisão à II B.
 
 

Manuel de Oliveira (treinador)

Manuel de Oliveira
Histórico treinador do futebol português que se estreou ao leme de uma equipa precisamente no clube no qual encerou a carreira de futebolista, a CUF, comandou Leixões, Belenenses e Sanjoanense antes de assinar pelo Barreirense, tendo contribuído para a promoção à I Divisão em 1968-69 e para um brilhante quarto lugar no primeiro escalão em 1969-70, a melhor classificação de sempre dos alvirrubros no patamar maior do futebol português.
Depois de passagens por Farense, Olhanense, Lusitano de Évora e Beira-Mar regressou ao Barreirense em 1977-78 para contribuir para mais uma subida à I Divisão. Contudo, na época seguinte não conseguiu livrar o conjunto do Barreiro da despromoção, naquela que foi a última participação do clube no primeiro escalão.
Após treinar Marítimo, Portimonense, União de Leiria e Vitória de Setúbal, voltou ao Barreirense em 1985-86, na altura na II Divisão Nacional.
Uma dúzia de anos depois, após experiências no estrangeiro ao comando da seleção da Guiné-Bissau e dos franceses do Lusitanos, depois dos regressos ao Marítimo e ao Portimonense e de passagens por Louletano, Fafe, Varzim, Nacional, Sintrense, Montijo, Desp. Beja e Gondomar, encerrou a carreira ao leme do Imortal em 1997-98, na II Divisão B, aos 66 anos.











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