A minha primeira memória de… um jogo entre Bayern Munique e Werder Bremen

Ribéry inaugurou o marcador aos 22 minutos

Recordo-me bem do respeitável Werder Bremen do início do século XXI, que foi campeão alemão em 2003-04, vice-campeão em 2005-06 e 2007-08, vencedor da Taça da Alemanha em 2003-04 e 2008-09 e finalista vencido da Taça UEFA em 2008-09. Tinha no banco o eterno Thomas Schaaf (esteve no cargo entre maio de 1999 e maio de 2013) e jogadores como o guarda-redes Tim Wiese, os defesas Naldo e Per Mertesacker, os médios Frank Baumann, Torsten Frings, Tim Borowski, Fabian Ernst, Johan Micoud, Diego e Mesut Özil e os avançados Miroslav Klose, Ivan Klasnić, Angelos Charisteas, Claudio Pizarro e Hugo Almeida, ainda que nem todos tivessem sido contemporâneos.

 

No entanto, a minha primeira memória de um jogo entre o Bayern Munique e o Werder Bremen é posterior a esse período áureo, é relativa a 3 de dezembro de 2011, quando ambos os conjuntos se defrontaram na Allianz Arena numa partida da 15.ª jornada da Bundesliga, para a qual os bávaros entraram em 3.º lugar (a um ponto dos líderes Borussia Dortmund e Borussia Mönchengladbach) e os visitantes na quarta posição, a três pontos da liderança.

 

Comandado por Jupp Heynckes e já com alguns jogadores que viriam a fazer parte da equipa que conquistou todas as edições da Bundesliga desde 2012-13 até agora, o Bayern já tinha nas suas fileiras Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng, David Alaba, Toni Kroos, Thomas Müller, Franck Ribéry e          Arjen Robben. O ponta de lança ainda não era Robert Lewandowski nem Mario Mandzukic, mas sim Mario Gómez, goleador-mor do campeonato alemão na época anterior e que, à entrada para este encontro, ocupava o primeiro lugar na tabela de melhores marcadores da prova – no final da época haveria de ficar atrás de Klaas-Jan Huntelaar, do Schalke 04.

 

Num jogo que começou nivelado, mas que depois se tornou desequilibrado, Ribéry recebeu um passe de Alaba (então com 19 anos), fletiu da esquerda para o meio e rematou para o fundo das redes, inaugurando o marcador aos 22 minutos.

 

No início do segundo tempo, o recém-entrado avançado sueco Markus Rosenberg empatou o encontro aos 51’, um minuto depois de Thomas Müller ter estado perto de fazer o 2-0.

 

O resultado insatisfatório obrigou Heynckes a recorrer a Robben, que havia começado no banco. O holandês fez o 2-1 (68’) e posteriormente o 4-1 (82’) na conversão de grandes penalidades. Pelo meio, Ribéry fez o terceiro golo dos bávaros (76’).

 

Numa crónica redigida para este blogue, escrevi que o Bayern “foi sempre superior ao adversário” e “teve mais argumentos, ainda que por vezes essa superioridade tenha sido muito ligeira”, mas que a versão mais colorida dos bávaros só surgiu após o Werder Bremen ter chegado ao empate.

 

Individualmente destaquei “Alaba, jogador que não conhecia”; “os dois golos e vários lances muito bons de Ribéry, para mim o melhor em campo; a “parede” Naldo e o conformismo de Marko Marin.