domingo, 16 de outubro de 2022

Onze ideal de jogadores que passaram por Vitória FC e Paços de Ferreira

Vitória e Paços vão defrontar-se este domingo para a Taça
Um histórico com pergaminhos na I Divisão, taças e provas europeias, e Vitória de Setúbal, e outro clube que desde o início da década de 1990 que vai escrevendo uma história bonita no futebol português, o Paços de Ferreira, coincidiram em 17 temporadas no primeiro escalão, entre 1993-94 e 2019-20.
 
Nesse período os dois emblemas chegaram à final da Taça de Portugal, com os sadinos a vencer o troféu em 2004-05 e a perderem no Jamor na época seguinte, enquanto os pacenses foram finalistas vencidos em 2008-09; e também à final da Taça da Liga, com conquista setubalense em 2007-08 e derrota em 2017-18, ao passo que os castores sofreram um desaire em 2010-11.
 
Ao longo desse percurso, o Vitória nos seus quadros jogadores que já tinham pertencido ao Paços e vice-versa.
 
Vale por isso a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram pelos dois clubes, distribuídos em campo num 4x1x3x2.
 

Mário Felgueiras (guarda-redes)

Mário Felgueiras
Guarda-redes internacional jovem português, campeão da Europa de sub-17 em 2003, concluiu a formação no Sporting e passou por Sp. Espinho, Portimonense e Sp. Braga, tendo sido emprestado pelos bracarenses ao Vitória de Setúbal em 2009-10.
Numa época difícil, marcada por salários em atraso, sofreu 38 golos em 17 jogos, mas ajudou os sadinos a assegurar a permanência.
Entretanto passou pelos campeonatos de Roménia e Turquia antes de voltar a Portugal pela porta do Paços de Ferreira em janeiro de 2016. Embora nem sempre titular indiscutível, amealhou 32 jogos e 51 golos sofridos em dois anos e meio na Capital do Móvel.
 
 
 

José Fonte (defesa central)

José Fonte
Defesa central nascido em Penafiel, não muito longe de Paços de Ferreira, fez quase toda a formação no Sporting e iniciou o percurso como sénior na equipa B dos leões.
No verão de 2004 mudou-se para o Felgueiras, de onde saiu para o Vitória de Setúbal um ano depois. Em meia época no Bonfim marcada por salários em atraso, José Fonte atuou com a camisola sadina em 17 jogos oficiais, nos quais a equipa setubalense sofreu apenas seis golos, apesar de ter defrontado FC PortoSportingSp. Braga e por duas vezes a Sampdoria. “Foram seis meses fantásticos, em que joguei nas provas europeias e fiz parte daquela que chegou a ser a melhor defesa da Europa. Depois rescindi, por salários em atraso”, contou ao Maisfutebol.
Em janeiro de 2006 assinou pelo Benfica, que o emprestou de imediato ao Paços de Ferreira. Em cerca de quatro meses na Mata Real atuou em onze partidas e marcou um golo ao Penafiel. “Nessa altura fui chamado três vezes à seleção sub-21, cumprindo o sonho de vestir a camisola de todos nós”, recordou.
 
 
 

Fábio Cardoso (defesa central)

Fábio Cardoso
Defesa central internacional jovem português formado no Benfica, esteve cedido pelos encarnados ao Paços de Ferreira durante ano e meio, entre janeiro de 2015 e maio de 2016, tendo nesse período amealhado 43 jogos e um golo (ao Vitória de Guimarães) pelos pacenses.
Entretanto desvinculou-se das águias e assinou pelo Vitória de Setúbal, clube pelo qual atuou em 27 partidas e apontou um golo ao Santa Clara durante a temporada 2016-17 antes de dar o salto para os escoceses do Rangers.
 
 
 

Manuel José (lateral direito)

Manuel José
Manuel José foi, durante quase toda a carreira, um extremo, tendo derivado para uma posição mais interior do meio-campo já na reta final do seu percurso enquanto futebolista profissional. Mas quando passou pelo Vitória de Setúbal chegou a desempenhar o papel de lateral direito, perfilando-se mesmo como a principal alternativa para a posição que era habitualmente ocupada pelo brasileiro Éder.
Internacional jovem e formado no FC Porto, esteve emprestado pelos dragões a União de Lamas, Académica e Vitória de Guimarães antes de ser cedido ao Vitória de Setúbal em janeiro de 2004. Na primeira meia época no Bonfim atuou em 13 jogos e marcou quatro golos na II Liga, tendo apontado o golo da vitória no terreno da Naval que valeu a promoção à I Liga. Na temporada seguinte afirmou-se em definitivo no primeiro escalão, tendo atuado em 35 encontros e faturado por cinco vezes – entre essa meia dezena de golos está contabilizado aquele que, a meias com o defesa benfiquista Ricardo Rocha, deu o empate aos sadinos na final da Taça de Portugal, prova que os setubalenses acabaram mesmo por conquistar.
Entretanto passou por Boavista e Cluj antes de passar sete anos bastante positivos no Paços de Ferreira entre 2009 e 2016, tendo totalizado nesse período 175 partidas e 27 golos, contribuindo para a caminhada até à final da Taça da Liga em 2010-11 e para a obtenção do histórico 3.º lugar e consequente apuramento para a Liga dos Campeões em 2012-13. “Sete anos não são sete dias. Passei coisas fantásticas, o clube e as pessoas dizem-me bastante”, afirmou à Lusa na hora da despedida.
 
 
 

Jorginho (lateral esquerdo)

Jorginho
Defesa natural de Sines de elevada estatura (1,88 m) e polivalente, capaz de atuar no centro ou à esquerda do quarteto defensivo, fez toda a formação no Vasco da Gama Atlético Clube, clube que o revelou para o futebol sénior ainda com 18 anos.
Após uma passagem pouco feliz pelo Modena, da Série B italiana, reentrou em Portugal pela porta do Estoril Praia, de onde saltou para o Vitória de Setúbal, estreando-se na I Liga aos 29 anos, em 2007. Na única temporada que passou no Bonfim atuou em 23 partidas e conquistou a Taça da Liga.
Depois seguiu viagem para os gregos do Asteras Tripolis juntamente com Carlos Carvalhal, treinador que o tinha orientado à beira-Sado, mas depois de meia época em solo helénico voltou a Portugal para jogar pelo Paços de Ferreira ao longo de duas temporadas e meia, período no qual totalizou 44 jogos e um golo, tendo sido finalista da Taça de Portugal em 2008-09.
 
 
 

Jaime Pacheco (médio defensivo)

Jaime Pacheco
Médio de características defensivas 25 vezes internacional português, marcou presença no Euro 1984 e no Mundial 1986 e venceu uma Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e um campeonato português pelo FC Porto.
No verão de 1989, numa altura em que já tinha 31 anos, trocou os dragões pelo Vitória de Setúbal, tendo amealhado 58 partidas e dois golos pelos sadinos ao longo de duas temporadas. “É engraçado, o Boavista queria-me, mas o clube [FC Porto] só me deixava ir para Setúbal ou para Chaves. Eu podia ter dito que não, que se me queriam mandar embora tinham de me pagar e eu ia para onde queria. Mas não, não quis dinheiro e fui para Setúbal. Tinha direito a um ano de contrato e a ir para onde quisesse. Mas não quis complicar. O Manuel Fernandes queria-me e fui para Setúbal. Tinha sido meu colega no Sporting. Eu também gostava do Vitória de Setúbal, desde que ouvia os relatos da equipa do Cardoso, Zé Maria e Vagner na Taça das Cidades com Feira”, contou ao Maisfutebol em fevereiro de 2022.
Após mostrar-se impotente para evitar a despromoção à II Liga, em 1991, mudou-se para o Paços de Ferreira, tendo totalizado mais de meia centena de encontros e um golo em duas épocas, curiosamente as primeiras dos pacenses na I Liga. Em 1992-93 assumiu o papel de jogador-treinador e na temporada seguinte orientou mesmo a equipa a tempo inteiro durante sete jogos. “Eu era o capitão e fiquei ali um jogo ou outro como treinador, à espera que arranjassem alternativa. Fomos jogando, perdendo, ganhando, e eles queriam que continuasse. Eu não queria, porque queria continuar a jogar, só tinha 31 anos. Insistiram comigo e então fizemos uma reunião em que os jogadores todos me pediram para ficar. E eu assumi meia época como jogador-treinador. Jogava sempre. Era eu que mandava na equipa, jogava sempre [risos]. Fizemos uma segunda volta excecional e passámos de penúltimos para nonos. Foi engraçado. Havia dois ou três jogadores que estavam na lista de dispensas, o Padrão, o Valtinho e outro qualquer, eu evitei que eles saíssem. Nós reagrupámo-nos, unimo-nos e trabalhámos. Foi uma experiência muito boa que me lançou para a carreira de treinador”, recordou.
 
 
 

Cristiano (médio ofensivo)

Cristiano
Um dos melhores jogadores que passaram pelo Paços de Ferreira no século XXI, um médio ofensivo/extremo brasileiro que jogava nas divisões secundárias do Brasil antes de ingressar nos pacenses em janeiro de 2006.
Em quatro temporadas na Mata Real totalizou 119 jogos e 15 golos em todas as competições, tendo contribuído para os dois primeiros apuramentos dos castores para as provas europeias: em 2007 via 6.º lugar na I Liga e em 2009 através da presença na final da Taça de Portugal.
Em janeiro de 2010 mudou-se para o PAOK e, entretanto, passou por Sporting, Beira-Mar e Criciúma antes de representar o Vitória de Setúbal em 2012-13. Nessa temporada atuou em 29 partidas e somou dois remates certeiros.
 
 
 

Marco Ferreira (extremo)

Marco Ferreira
Extremo natural de Vimioso, no extremo nordeste de Portugal, saltou do Tirsense para o Atlético Madrid e teve ainda uma aventura nos japoneses do Yokohama Marinos antes de ingressar no Paços de Ferreira em 1998-99, época em que atuou em 20 jogos e apontou dois golos, numa campanha em que os pacenses militavam na II Liga.
No final dessa temporada estreou-se na I Liga pelo Vitória de Setúbal. “Foi onde comecei a ter protagonismo”, recordou em junho de 2017 ao Diário de Notícias aquele que, ainda hoje, é o penúltimo futebolista vitoriano a ter representado a seleção nacional – Gonçalo Paciência foi o último, em novembro de 2017, mas estava emprestado pelo FC Porto. “Quando fui chamado, falava-se que o Vitória não tinha alguém na seleção há muito tempo, e que o anterior jogador a ser chamado tinha sido o Hélio, que era meu colega. A partir daí, fui estando atento", confessou o antigo extremo, que em janeiro de 2003 se transferiu para o FC Porto depois de 96 jogos, 16 golos, uma descida à II Liga e uma subida à I Liga ao serviço dos sadinos.
 
 
 

João Amaral (extremo)

João Amaral
Pescado pelo Vitória de Setúbal no Campeonato de Portugal no verão de 2016, numa altura em que estava à beira de comemorar o 25.º aniversário, João Amaral não demorou muito a adaptar-se à I Liga, tendo virado uma das principais figuras dos sadinos durante as duas épocas em que passou no clube. Entre 2016 e 2018 totalizou 78 encontros, 14 golos e uma presença na final da Taça da Liga. Poucos anos antes, trabalhava numa fábrica de rótulos de garrafas de vinho, em Vila Nova de Gaia, para ajudar a mãe.
“O Vitória Futebol Clube é o clube que nunca esquecerei na vida e dói-me ainda hoje vê-lo onde está. Nem consigo imaginar como é que há quatro ou cinco anos estávamos a ver aquele estádio cheio na I Liga, com adeptos incríveis, e a irmos à final da Taça da Liga, e hoje vemos o Vitória onde está. É uma dor muito grande e é difícil falar sobre o Vitória, que é um clube que vou amar para o resto da minha vida”, afirmou ao Maisfutebol em fevereiro de 2022. “[O Vitória] É a minha casa também. Sempre que lá fui, fui muito bem recebido. E sempre que eu puder, irei passar lá, porque é a minha casa. Eu sou do Vitória Futebol Clube e acredito que, devagarinho, o clube voltará a estar onde merece estar”, acrescentou, confessando que gostava de “acabar no Vitória de Setúbal na I Liga”. “Não era simbólico. Era perfeito. Mas era perfeito se fosse na I Liga. Não é que eu não quisesse ir para o Vitória no final da minha carreira para tentar ajudar. Aliás, isso é algo que até tenho em mente. Mas a parte perfeita era acabar na I Liga, porque era sinal de que o Vitória estava na I Liga. Era a cereja no topo do bolo”, explicou.
No verão de 2018 foi contratado pelo Benfica, mas acabou dispensado após duas semanas de trabalho na pré-época às ordens de Rui Vitória e foi prontamente transferido para os polacos do Lech Poznan.
No entanto, em janeiro de 2020 foi cedido ao Paços de Ferreira numa altura em que estava prestes a ser pai e queria estar junto da família. Ao serviço dos pacenses contabilizou 52 partidas e dois golos ao longo de um ano e meio, regressando depois à Polónia. “O ano e meio no Paços de Ferreira por empréstimo não foi top em questões de estatísticas: fiz dois golos e sete ou oito assistências”, admitiu, em jeito de balanço.
 
 
 

Rui Miguel (avançado)

Rui Miguel
Avançado de elevada estatura que havia passado por Sp. Braga, Famalicão, Nacional, Boavista e Maia, representou pela primeira vez o Paços de Ferreira em 1999-00 e foi determinante para garantir a conquista do título de campeão da II Liga e a consequente promoção à I Liga, ao apontar 12 golos em 30 jogos no campeonato – e 16 remates certeiros em 32 encontros em todas as competições.
Seguiram-se três temporadas no Vitória de Setúbal, clube pelo qual totalizou 70 encontros e 17 golos, voltando a contribuir para uma promoção à I Liga, em 2000-01. Porém, despediu-se do Bonfim com a despromoção à II Liga, em 2003.
Após a descida de divisão voltou à Mata Real, mas desta fez não foi feliz: apenas marcou um golo em 26 jogos e mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II Liga.
 
 
 

Edinho (avançado)

Edinho
Filho do antigo avançado sadino Arnaldo Silva, Edinho foi sempre um simpatizante do Vitória de Setúbal, clube que representou pela primeira vez enquanto iniciado em 1995-96.  “O meu pai foi com 17 anos para o clube, então cresci a ver o que era o Vitória”, afirmou ao portal do Sindicato de Jogadores.
Entretanto concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no Almada, tendo ainda passado pelo Barreirense antes de assinar pelo Sp. Braga no verão de 2003. Tapado no plantel bracarense, foi cedido ao Paços de Ferreira em 2005-06, tendo apontado dois golos em 22 partidas, numa temporada em que foi maioritariamente suplente utilizado.
Na época seguinte foi emprestado ao  Gil Vicente e, na primeira metade de 2007-08, ao Vitória de Setúbal, tendo marcado nove golos em 23 jogos e contribuído para uma caminhada que haveria de culminar na conquista da Taça da Liga e no apuramento para a Taça UEFA antes de se mudar para os gregos do AEK Atenas durante mercado de inverno. “Fiquei magoado com o presidente [da comissão de gestão, Carlos Costa] porque não teve uma atitude correta comigo. Deixou passar a mensagem de que eu é que quis ir embora quando na verdade o que aconteceu foi uma boa oportunidade para o Vitória de Setúbal encaixar algum dinheiro no final da época. Os adeptos ficaram a pensar que eu fui ingrato e isso não é verdade. Fiquei magoado por isso, mas não guardo rancor nenhum”, lamentou.
Mais tarde tornou-se internacional português e representou clubes como Málaga, PAOK, Marítimo, Académica, novamente Sp. Braga e dois emblemas turcos antes de regressar ao Vitória de Setúbal em 2016-17. Nesta segunda passagem pelo Bonfim amealhou 71 jogos e 19 golos, ajudando os vitorianos a chegar à final da Taça da Liga em 2017-18.
Na hora da saída, revelou alguma mágoa. “A saudade estará presente todos dias, assim como o calor e o carinho de todos estes adeptos sadinos que me mostraram cada vez que orgulhosamente vesti esta camisola sagrada. Foi e será sempre um orgulho para mim este Enorme Vitória FC. Acho que merecia outro respeito por tudo que já dei ao Vitória, não me querendo bastava dizer ao invés de mandarem recados, 'se não assinaram é porque não querem ficar!' Eu entendi as entrelinhas e vi que não contavam comigo”, escreveu nas redes sociais.
 
 
 

José Mota (treinador)

José Mota
Impossível a escolha ser outra. José Mota é o Sr. Paços de Ferreira e, além disso, treinou o Vitória de Setúbal.
Natural de Paredes, foi jogador pacense entre 1987 e 1996. Assim que pendurou as chuteiras iniciou a carreira de treinador e desde então até 2008 que esteve quase sempre ligado ao clube da Capital do Móvel – a exceção foi no início da época 2003-04, quando orientou o Santa Clara. Ao longo desse percurso de cerca de 300 jogos conquistou por duas vezes o título de campeão da II Liga (1999-00 e 2004-05) e ainda guiou os castores ao primeiro apuramento europeu da história do clube, em 2007. “Estive 10 anos em Paços de Ferreira e ainda hoje ouço os treinadores que lá passam dizer "jogar à Paços". Isso foi uma marca que lá deixei. Jogar à Paços, porque o Paços jogava sempre da mesma forma em todos os campos. Tinha uma convicção, lutava em todos os jogos pela vitória, não se amedrontava. E essa marca de fazer com que o jogador sinta que os jogos são para ser disputados até ao final”, afirmou à Tribuna Expresso.
Carismático e talhado para salvar equipas da despromoção, passou por Leixões e Belenenses antes de ingressar no Vitória de Setúbal, tendo estado ao leme da nau sadina entre fevereiro de 2012 e outubro de 2013. Além de garantir por duas vezes a permanência, lançou jovens jogadores como Rúben Vezo, Frederico Venâncio e Ricardo Horta.
Em fevereiro de 2019, foi revelado que Mota era o maior credor da SAD do Vitória de Setúbal, entre todos os antigos jogadores e treinadores do clube, uma vez que exigia aos setubalenses 165 mil euros em falta. “Uma coisa deve ficar clara: esta verba não é de qualquer acordo para rescisão, é apenas fruto do meu trabalho”, explicou ao Record. “No meu último ano em Setúbal não recebi qualquer vencimento. Não havia dinheiro para todos e disse à direção para pagar primeiro aos jogadores. A dívida foi aumentando, mas nem quando venderam o Rúben Vezo ao Valência - nessa altura entrou dinheiro - pagaram à equipa técnica”, disse.











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