Vitória e Paços vão defrontar-se este domingo para a Taça |
Um histórico com pergaminhos na I
Divisão, taças e provas europeias, e Vitória
de Setúbal, e outro clube que desde o início da década de 1990 que vai
escrevendo uma história bonita no futebol português, o Paços
de Ferreira, coincidiram em 17 temporadas no primeiro
escalão, entre 1993-94 e 2019-20.
Nesse período os dois emblemas
chegaram à final da Taça
de Portugal, com os sadinos
a vencer o troféu em 2004-05 e a perderem no Jamor na época seguinte, enquanto
os pacenses
foram finalistas vencidos em 2008-09; e também à final da Taça
da Liga, com conquista setubalense
em 2007-08 e derrota em 2017-18, ao passo que os castores
sofreram um desaire em 2010-11.
Ao longo desse percurso, o Vitória
nos seus quadros jogadores que já tinham pertencido ao Paços
e vice-versa.
Vale por isso a pena conferir o
nosso onze ideal de futebolistas que passaram pelos dois clubes, distribuídos
em campo num 4x1x3x2.
Mário Felgueiras (guarda-redes)
Mário Felgueiras |
Guarda-redes internacional jovem
português, campeão da Europa de sub-17 em 2003, concluiu a formação no Sporting
e passou por Sp. Espinho, Portimonense
e Sp.
Braga, tendo sido emprestado pelos bracarenses
ao Vitória
de Setúbal em 2009-10.
Numa época difícil, marcada por
salários em atraso, sofreu 38 golos em 17 jogos, mas ajudou os sadinos
a assegurar a permanência.
Entretanto passou pelos
campeonatos de Roménia e Turquia antes de voltar a Portugal pela porta do Paços
de Ferreira em janeiro de 2016. Embora nem sempre titular indiscutível,
amealhou 32 jogos e 51 golos sofridos em dois anos e meio na Capital do Móvel.
José Fonte (defesa central)
José Fonte |
Defesa central nascido em
Penafiel, não muito longe de Paços
de Ferreira, fez quase toda a formação no Sporting
e iniciou o percurso como sénior na equipa B dos leões.
No verão de 2004 mudou-se para
o Felgueiras,
de onde saiu para o Vitória
de Setúbal um ano depois. Em meia época no Bonfim marcada
por salários em atraso, José Fonte atuou com a camisola sadina em
17 jogos oficiais, nos quais a equipa
setubalense sofreu apenas seis golos, apesar de ter defrontado FC
Porto, Sporting, Sp.
Braga e por duas vezes a Sampdoria. “Foram seis meses fantásticos, em
que joguei nas provas europeias e fiz parte daquela que chegou a ser a melhor
defesa da Europa. Depois rescindi, por salários em atraso”, contou ao Maisfutebol.
Em janeiro de 2006 assinou
pelo Benfica,
que o emprestou de imediato ao Paços
de Ferreira. Em cerca de quatro meses na Mata Real atuou em onze partidas e
marcou um golo ao Penafiel.
“Nessa altura fui chamado três vezes à seleção sub-21, cumprindo o sonho de
vestir a camisola de todos nós”, recordou.
Fábio Cardoso (defesa central)
Fábio Cardoso |
Defesa central internacional
jovem português formado no Benfica,
esteve cedido pelos encarnados
ao Paços
de Ferreira durante ano e meio, entre janeiro de 2015 e maio de 2016, tendo
nesse período amealhado 43 jogos e um golo (ao Vitória
de Guimarães) pelos pacenses.
Entretanto desvinculou-se das águias
e assinou pelo Vitória
de Setúbal, clube pelo qual atuou em 27 partidas e apontou um golo ao Santa
Clara durante a temporada 2016-17 antes de dar o salto para os escoceses do
Rangers.
Manuel José (lateral direito)
Manuel José |
Manuel José foi, durante quase
toda a carreira, um extremo, tendo derivado para uma posição mais interior do
meio-campo já na reta final do seu percurso enquanto futebolista profissional. Mas
quando passou pelo Vitória
de Setúbal chegou a desempenhar o papel de lateral direito, perfilando-se
mesmo como a principal alternativa para a posição que era habitualmente ocupada
pelo brasileiro Éder.
Internacional jovem e formado no FC
Porto, esteve emprestado pelos dragões
a União
de Lamas, Académica
e Vitória
de Guimarães antes de ser cedido ao Vitória
de Setúbal em janeiro de 2004. Na primeira meia época no Bonfim
atuou em 13 jogos e marcou quatro golos na II
Liga, tendo apontado o golo da vitória no terreno da Naval que valeu a
promoção à I
Liga. Na temporada seguinte afirmou-se em definitivo no primeiro
escalão, tendo atuado em 35 encontros e faturado por cinco vezes – entre essa
meia dezena de golos está contabilizado aquele que, a meias com o defesa benfiquista
Ricardo Rocha, deu o empate aos sadinos
na final da Taça
de Portugal, prova que os setubalenses
acabaram mesmo por conquistar.
Entretanto passou por Boavista
e Cluj
antes de passar sete anos bastante positivos no Paços
de Ferreira entre 2009 e 2016, tendo totalizado nesse período 175 partidas
e 27 golos, contribuindo para a caminhada até à final da Taça
da Liga em 2010-11 e para a obtenção do histórico 3.º lugar e consequente
apuramento para a Liga
dos Campeões em 2012-13. “Sete anos não são sete dias. Passei coisas
fantásticas, o clube e as pessoas dizem-me bastante”, afirmou à Lusa na
hora da despedida.
Jorginho (lateral esquerdo)
Jorginho |
Defesa natural de Sines de
elevada estatura (1,88 m) e polivalente, capaz de atuar no centro ou à esquerda
do quarteto defensivo, fez toda a formação no Vasco
da Gama Atlético Clube, clube que o revelou para o futebol sénior ainda com
18 anos.
Após uma passagem pouco feliz
pelo Modena, da Série B italiana, reentrou em Portugal pela porta do Estoril
Praia, de onde saltou para o Vitória
de Setúbal, estreando-se na I
Liga aos 29 anos, em 2007. Na única temporada que passou no Bonfim
atuou em 23 partidas e conquistou a Taça
da Liga.
Depois seguiu viagem para os
gregos do Asteras Tripolis juntamente com Carlos Carvalhal, treinador que o
tinha orientado à beira-Sado, mas depois de meia época em solo helénico voltou
a Portugal para jogar pelo Paços
de Ferreira ao longo de duas temporadas e meia, período no qual totalizou
44 jogos e um golo, tendo sido finalista da Taça
de Portugal em 2008-09.
Jaime Pacheco (médio defensivo)
Jaime Pacheco |
Médio de características
defensivas 25 vezes internacional português, marcou presença no Euro 1984 e no
Mundial 1986 e venceu uma Taça
dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e
um campeonato português pelo FC
Porto.
No verão de 1989, numa altura em
que já tinha 31 anos, trocou os dragões pelo Vitória
de Setúbal, tendo amealhado 58 partidas e dois golos pelos sadinos
ao longo de duas temporadas. “É engraçado, o Boavista
queria-me, mas o clube [FC
Porto] só me deixava ir para Setúbal ou para Chaves. Eu podia ter dito que
não, que se me queriam mandar embora tinham de me pagar e eu ia para onde
queria. Mas não, não quis dinheiro e fui para Setúbal. Tinha direito a um ano
de contrato e a ir para onde quisesse. Mas não quis complicar. O Manuel
Fernandes queria-me e fui para Setúbal. Tinha sido meu colega no Sporting.
Eu também gostava do Vitória
de Setúbal, desde que ouvia os relatos da equipa do Cardoso, Zé Maria e
Vagner na Taça das Cidades com Feira”, contou ao Maisfutebol
em fevereiro de 2022.
Após mostrar-se impotente para
evitar a despromoção à II
Liga, em 1991, mudou-se para o Paços
de Ferreira, tendo totalizado mais de meia centena de encontros e um golo em
duas épocas, curiosamente as primeiras dos pacenses
na I
Liga. Em 1992-93 assumiu o papel de jogador-treinador e na temporada
seguinte orientou mesmo a equipa a tempo inteiro durante sete jogos. “Eu era o
capitão e fiquei ali um jogo ou outro como treinador, à espera que arranjassem
alternativa. Fomos jogando, perdendo, ganhando, e eles queriam que continuasse.
Eu não queria, porque queria continuar a jogar, só tinha 31 anos. Insistiram
comigo e então fizemos uma reunião em que os jogadores todos me pediram para
ficar. E eu assumi meia época como jogador-treinador. Jogava sempre. Era eu que
mandava na equipa, jogava sempre [risos]. Fizemos uma segunda volta excecional
e passámos de penúltimos para nonos. Foi engraçado. Havia dois ou três
jogadores que estavam na lista de dispensas, o Padrão, o Valtinho e outro
qualquer, eu evitei que eles saíssem. Nós reagrupámo-nos, unimo-nos e
trabalhámos. Foi uma experiência muito boa que me lançou para a carreira de
treinador”, recordou.
Cristiano (médio ofensivo)
Cristiano |
Um dos melhores jogadores que passaram
pelo Paços
de Ferreira no século XXI, um médio ofensivo/extremo brasileiro que jogava
nas divisões secundárias do Brasil antes de ingressar nos pacenses
em janeiro de 2006.
Em quatro temporadas na Mata Real
totalizou 119 jogos e 15 golos em todas as competições, tendo contribuído para
os dois primeiros apuramentos dos castores
para as provas europeias: em 2007 via 6.º lugar na I
Liga e em 2009 através da presença na final da Taça
de Portugal.
Em janeiro de 2010 mudou-se para
o PAOK e, entretanto, passou por Sporting,
Beira-Mar
e Criciúma antes de representar o Vitória
de Setúbal em 2012-13. Nessa temporada atuou em 29 partidas e somou dois
remates certeiros.
Marco Ferreira (extremo)
Marco Ferreira |
Extremo natural de Vimioso, no
extremo nordeste de Portugal, saltou do Tirsense
para o Atlético
Madrid e teve ainda uma aventura nos japoneses do Yokohama Marinos antes de
ingressar no Paços
de Ferreira em 1998-99, época em que atuou em 20 jogos e apontou dois golos,
numa campanha em que os pacenses
militavam na II
Liga.
No final dessa temporada estreou-se
na I
Liga pelo Vitória
de Setúbal. “Foi onde comecei a ter protagonismo”, recordou em junho de
2017 ao Diário
de Notícias aquele que, ainda hoje, é o penúltimo futebolista vitoriano
a ter representado a seleção nacional – Gonçalo
Paciência foi o último, em novembro de 2017, mas estava emprestado pelo FC
Porto. “Quando fui chamado, falava-se que o Vitória
não tinha alguém na seleção há muito tempo, e que o anterior jogador a ser
chamado tinha sido o Hélio,
que era meu colega. A partir daí, fui estando atento", confessou o antigo
extremo, que em janeiro de 2003 se transferiu para o FC
Porto depois de 96 jogos, 16 golos, uma descida à II
Liga e uma subida à I
Liga ao serviço dos sadinos.
João Amaral (extremo)
João Amaral |
Pescado pelo Vitória
de Setúbal no Campeonato
de Portugal no verão de 2016, numa altura em que estava à beira de
comemorar o 25.º aniversário, João
Amaral não demorou muito a adaptar-se à I
Liga, tendo virado uma das principais figuras dos sadinos
durante as duas épocas em que passou no clube. Entre 2016 e 2018 totalizou 78
encontros, 14 golos e uma presença na final da Taça
da Liga. Poucos anos antes, trabalhava numa fábrica de rótulos de garrafas
de vinho, em Vila Nova de Gaia, para ajudar a mãe.
“O Vitória
Futebol Clube é o clube que nunca esquecerei na vida e dói-me ainda hoje
vê-lo onde está. Nem consigo imaginar como é que há quatro ou cinco anos
estávamos a ver aquele estádio cheio na I
Liga, com adeptos incríveis, e a irmos à final da Taça
da Liga, e hoje vemos o Vitória
onde está. É uma dor muito grande e é difícil falar sobre o Vitória,
que é um clube que vou amar para o resto da minha vida”, afirmou ao Maisfutebol
em fevereiro de 2022. “[O Vitória]
É a minha casa também. Sempre que lá fui, fui muito bem recebido. E sempre que
eu puder, irei passar lá, porque é a minha casa. Eu sou do Vitória
Futebol Clube e acredito que, devagarinho, o clube voltará a estar onde
merece estar”, acrescentou, confessando que gostava de “acabar no Vitória
de Setúbal na I
Liga”. “Não era simbólico. Era perfeito. Mas era perfeito se fosse na I
Liga. Não é que eu não quisesse ir para o Vitória
no final da minha carreira para tentar ajudar. Aliás, isso é algo que até tenho
em mente. Mas a parte perfeita era acabar na I
Liga, porque era sinal de que o Vitória
estava na I
Liga. Era a cereja no topo do bolo”, explicou.
No verão de 2018 foi contratado
pelo Benfica,
mas acabou dispensado após duas semanas de trabalho na pré-época às ordens de
Rui Vitória e foi prontamente transferido para os polacos do Lech Poznan.
No entanto, em janeiro de 2020
foi cedido ao Paços
de Ferreira numa altura em que estava prestes a ser pai e queria estar
junto da família. Ao serviço dos pacenses
contabilizou 52 partidas e dois golos ao longo de um ano e meio, regressando
depois à Polónia. “O ano e meio no Paços
de Ferreira por empréstimo não foi top em questões de estatísticas: fiz
dois golos e sete ou oito assistências”, admitiu, em jeito de balanço.
Rui Miguel (avançado)
Rui Miguel |
Avançado de elevada estatura que
havia passado por Sp.
Braga, Famalicão,
Nacional,
Boavista
e Maia, representou pela primeira vez o Paços
de Ferreira em 1999-00 e foi determinante para garantir a conquista do
título de campeão da II
Liga e a consequente promoção à I
Liga, ao apontar 12 golos em 30 jogos no campeonato – e 16 remates
certeiros em 32 encontros em todas as competições.
Seguiram-se três temporadas no Vitória
de Setúbal, clube pelo qual totalizou 70 encontros e 17 golos, voltando a
contribuir para uma promoção à I
Liga, em 2000-01. Porém, despediu-se do Bonfim
com a despromoção à II
Liga, em 2003.
Após a descida de divisão voltou
à Mata Real, mas desta fez não foi feliz: apenas marcou um golo em 26 jogos e
mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II
Liga.
Edinho (avançado)
Edinho |
Filho do antigo avançado sadino Arnaldo
Silva, Edinho foi
sempre um simpatizante do Vitória
de Setúbal, clube que representou pela primeira vez enquanto iniciado em
1995-96. “O meu pai foi com 17 anos para o clube, então cresci a ver o
que era o Vitória”,
afirmou ao portal do Sindicato
de Jogadores.
Entretanto concluiu a formação e
iniciou o percurso como sénior no Almada,
tendo ainda passado pelo Barreirense
antes de assinar pelo Sp.
Braga no verão de 2003. Tapado no plantel bracarense, foi cedido ao Paços
de Ferreira em 2005-06, tendo apontado dois golos em 22 partidas, numa
temporada em que foi maioritariamente suplente utilizado.
Na época seguinte foi emprestado
ao Gil
Vicente e, na primeira metade de 2007-08, ao Vitória
de Setúbal, tendo marcado nove golos em 23 jogos e contribuído para uma
caminhada que haveria de culminar na conquista da Taça
da Liga e no apuramento para a Taça
UEFA antes de se mudar para os gregos do AEK Atenas durante mercado de
inverno. “Fiquei magoado com o presidente [da comissão de gestão, Carlos Costa]
porque não teve uma atitude correta comigo. Deixou passar a mensagem de que eu
é que quis ir embora quando na verdade o que aconteceu foi uma boa oportunidade
para o Vitória
de Setúbal encaixar algum dinheiro no final da época. Os adeptos
ficaram a pensar que eu fui ingrato e isso não é verdade. Fiquei magoado por
isso, mas não guardo rancor nenhum”, lamentou.
Mais tarde tornou-se
internacional português e representou clubes como Málaga,
PAOK, Marítimo, Académica,
novamente Sp.
Braga e dois emblemas turcos antes de regressar ao Vitória
de Setúbal em 2016-17. Nesta segunda passagem pelo Bonfim amealhou
71 jogos e 19 golos, ajudando os vitorianos a
chegar à final da Taça
da Liga em 2017-18.
Na hora da saída, revelou alguma
mágoa. “A saudade estará presente todos dias, assim como o calor e o carinho de
todos estes adeptos sadinos que
me mostraram cada vez que orgulhosamente vesti esta camisola sagrada. Foi e
será sempre um orgulho para mim este Enorme Vitória
FC. Acho que merecia outro respeito por tudo que já dei ao Vitória,
não me querendo bastava dizer ao invés de mandarem recados, 'se não assinaram é
porque não querem ficar!' Eu entendi as entrelinhas e vi que não contavam
comigo”, escreveu nas redes sociais.
José Mota (treinador)
José Mota |
Impossível a escolha ser outra.
José Mota é o Sr. Paços
de Ferreira e, além disso, treinou o Vitória
de Setúbal.
Natural de Paredes, foi jogador pacense
entre 1987 e 1996. Assim que pendurou as chuteiras iniciou a carreira de
treinador e desde então até 2008 que esteve quase sempre ligado ao clube da
Capital do Móvel – a exceção foi no início da época 2003-04, quando orientou o Santa
Clara. Ao longo desse percurso de cerca de 300 jogos conquistou por duas
vezes o título de campeão da II
Liga (1999-00 e 2004-05) e ainda guiou os castores
ao primeiro apuramento europeu da história do clube, em 2007. “Estive 10 anos
em Paços
de Ferreira e ainda hoje ouço os treinadores que lá passam dizer
"jogar à Paços".
Isso foi uma marca que lá deixei. Jogar à Paços,
porque o Paços
jogava sempre da mesma forma em todos os campos. Tinha uma convicção, lutava em
todos os jogos pela vitória, não se amedrontava. E essa marca de fazer com que
o jogador sinta que os jogos são para ser disputados até ao final”, afirmou à Tribuna
Expresso.
Carismático e talhado para salvar
equipas da despromoção, passou por Leixões e Belenenses antes de ingressar no Vitória
de Setúbal, tendo estado ao leme da nau
sadina entre fevereiro de 2012 e outubro de 2013. Além de garantir por duas
vezes a permanência, lançou jovens jogadores como Rúben Vezo, Frederico
Venâncio e Ricardo Horta.
Em fevereiro de 2019, foi
revelado que Mota era o maior credor da SAD do Vitória
de Setúbal, entre todos os antigos jogadores e treinadores do clube, uma
vez que exigia aos setubalenses
165 mil euros em falta. “Uma coisa deve ficar clara: esta verba não é de
qualquer acordo para rescisão, é apenas fruto do meu trabalho”, explicou ao Record.
“No meu último ano em Setúbal não recebi qualquer vencimento. Não havia
dinheiro para todos e disse à direção para pagar primeiro aos jogadores. A
dívida foi aumentando, mas nem quando venderam o Rúben Vezo ao Valência
- nessa altura entrou dinheiro - pagaram à equipa técnica”, disse.
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