sábado, 26 de setembro de 2020

Os 10 brasileiros com mais jogos pelo Estoril Praia na II Liga

Os dez canarinhos com mais jogos pelo Estoril na II Liga
Ao longo dos anos o Grupo Desportivo Estoril Praia foi ganhando a alcunha de canarinhos pelo amarelo a azul do equipamento, idêntico ao da seleção brasileira. As cores dos estorilistas justificam-se pelo amarelo do sol e o azul do mar, baluartes da zona da Linha de Cascais, mas se há algo que se tem tornado uma constante nas últimas décadas é a presença de futebolistas brasileiros no clube da Amoreira.

Na II Liga foram 77 entre 317 de todas as nacionalidades – 180 portugueses. Nesta que é a 17.ª presença do Estoril no segundo escalão, já foram utilizados o central Hugo Gomes (ex-Varzim), o médio Cícero e o avançado André Clóvis (ex-Leixões), enquanto o guarda-redes Thiago Rodrigues e o central Volnei Feltes (ambos ex-Internacional) e o lateral esquerdo Lucas Silva (ex-Académico de Viseu) foram convocados mas não saíram do banco de suplentes.


Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas brasileiros com mais jogos pelo Estoril Praia na II Liga.


10. Sandro Lima (33 jogos)

Sandro Lima
Avançado desde 2013-14 no futebol português, sempre por empréstimo do Grêmio Anápolis, vinha a ser um dos avançados de referência da II Liga e fez questão de confirmar esses créditos no António Coimbra da Mota.
Em 2018-19 atuou em 33 jogos (27 a titular) e marcou sete golos no segundo escalão, diante de FC Porto B (dois), Académico de Viseu, Arouca, Cova da Piedade, Mafra e Vitória de Guimarães B, tendo formado uma temível dupla atacante com Roberto. Paralelamente marcou ao Sporting numa vitória em Alvalade para a Taça da Liga.
Valorizado pelo futebol produzido com a camisola do Estoril, deu o salto para a I Liga pela porta do Gil Vicente no final da temporada.



9. Vagner (36 jogos)

Vagner
Guarda-redes muito acarinhado pelos adeptos estorilistas, demorou a conquistar o seu espaço na baliza da formação canarinha.
Chegou ao António Coimbra da Mota nos primeiros meses de 2010, inicialmente cedido pelo Desportivo Brasil, e não foi além de um jogo e um golo sofrido até ao final dessa temporada, tendo vivido na sombra do internacional português Paulo Santos.
Na época seguinte foi o compatriota Cléber a fazer-lhe sombra, tendo apenas disputado sete encontros e sofrido quatro golos.
Em 2011-12 começou como suplente do internacional cabo-verdiano Ernesto, mas ganhou a titularidade à 3.ª jornada e não mais a perdeu, tendo participado em 28 partidas, sofrido 19 golos e vencido o prémio de melhor guarda-redes da II Liga numa campanha que culminou com a conquista do título e consequente promoção à I Liga.
Nos três anos que se seguiram mostrou toda a sua qualidade entre a elite do futebol português, tendo ajudado o Estoril a assegurar dois apuramentos consecutivos para a Liga Europa, ainda que tivesse deixado o clube pela porta pequena.

  

8. Carlos Eduardo (37 jogos)

Carlos Eduardo
Médio que chegou à Amoreira em janeiro de 2011, proveniente do Grêmio Barueri, nunca foi propriamente um titular indiscutível no Estoril, mas mostrou ser um jogador de qualidade, até para voos mais altos.
Na segunda metade de 2010-11 foi a tempo de disputar 14 jogos (seis a titular) e na temporada seguinte atuou em 23 partidas (14 a titular) e marcou um golo ao Belenenses, ajudando os canarinhos a sagrarem-se campeões e a subirem à I Liga.
No primeiro escalão ainda conseguiu ser mais utilizado, dando depois o salto para o FC Porto, que venceu a corrida ao Benfica. “Tínhamos, realmente, uma grande equipa e orientada por um grande treinador [Marco Silva], dos melhores que conheci”, recordou ao Record em setembro de 2016.



7. Dagil (41 jogos)

Dagil
Reforço do Estoril para 2007-08, chegou a Portugal na época anterior pela porta do Ribeirão, onde foi orientado por Tulipa, que o levaria para Amoreira juntamente com André Cunha e Paulo Tavares.
Na primeira temporada no António Coimbra da Mota foi titular nos 29 jogos que disputou e apontou sete golos, diante de Desp. Aves, Freamunde, Penafiel (dois), Feirense, Gondomar e Portimonense.
Na época seguinte só esteve nos estorilistas até ao final de dezembro, tendo rumado ao Trofense, então na I Liga, depois de ter atuado em 12 partidas (todas como titular) e apontado cinco golos, frente a Olhanense (dois), Beira-Mar (dois) e União de Leiria.
Haveria de continuar em Portugal até 2011, tendo passado ainda por Sp. Covilhã, Gil Vicente e Gondomar.




6. Igor Souza (42 jogos)

Igor Souza
Médio de características ofensivas que chegou a Portugal no verão de 2000 para representar o Estrela da Amadora, passou por Torreense, União Micaelense, Marco e voltou à Reboleira antes de reforçar o Estoril em janeiro de 2006, numa altura em que os canarinhos viviam uma profunda crise financeira.
Até ao final da época 2005-06 atuou em 14 jogos (13 a titular) e marcou três golos, diante de Vizela, Gondomar e Desp. Aves, ajudando os estorilistas a assegurar a permanência.
Na época seguinte participou em 28 partidas (21 a titular) e voltou a faturar por três vezes, frente a Varzim, Portimonense e Gondomar.
Depois rumou ao Gil Vicente, que na altura também militava na II Liga.


5. Erick (49 jogos)

Erick
Médio de características defensivas que reforçou o Estoril no verão de 2009 proveniente do Ituano tal como o central Jardel, impôs-se como titular logo na primeira época no António Coimbra da Mota, tendo disputado 21 jogos (20 a titular) e marcado um golo ao Desp. Aves.
Na temporada seguinte atuou em mais partidas (22) mas foi menos vezes titular (18), ainda assim continuou no onze-base dos estorilistas.
Em 2011-12 perdeu definitivamente espaço de manobra, até porque a concorrência de jogadores como Gonçalo Santos, Diogo Amado, João Coimbra e Carlos Eduardo não lhe deu tréguas, não indo além de quatro encontros no campeonato, todos na condição de suplente utilizado. Porém, vivenciou a alegria de conquistar o título de campeão da II Liga.
Depois rumou ao Portimonense, permanecendo assim no segundo escalão do futebol português.



4. Luiz Alberto (51 jogos)

Luiz Alberto
Defesa central com um trajeto ascendente no futebol português, foi contratado ao Ribeirão no verão de 2008 por indicação de Tulipa, que o tinha orientado no emblema minhoto.
Na primeira época no António Coimbra da Mota não foi propriamente um titular indiscutível, tendo vivido na sombra de Fernando Varela, Miguel Oliveira e Dorival, mas ainda assim disputou 13 jogos (todos como titular) no campeonato.
Em 2009-10 impôs-se como titular no eixo defensivo estorilista ao lado de Jardel, tendo atuado em 26 partidas (25 a titular).
A temporada seguinte foi iniciada na Amoreira, mas ao fim de 11 jogos (10 a titular) saiu em janeiro para o Belenenses, que também militava na II Liga.


3. Anderson Luís (55 jogos)

Anderson Luís
Lateral direito que chegou ao Estoril no verão de 2010 por empréstimo do Figueirense, foi um dos rostos do período de fulgor que os canarinhos viveram na segunda década do século XXI.
Na primeira época destronou o habitual titular Marco Silva, tendo disputado 28 jogos (27 a titular) no campeonato.
Na temporada seguinte foi treinado pelo ex-concorrente, que continuou a apostar nele para o lado direito da defesa, tendo Anderson Luís atuado em 27 partidas (26 a titular) e contribuído para a conquista do título de campeão e consequente promoção à I Liga.
Haveria de se manter no clube até 2016, assumindo um papel importante para os apuramentos para a Liga Europa em 2013 e 2014. Depois rumou ao Arouca e, entretanto, voltou ao Brasil. “Se existe um clube que vai estar sempre no meu coração é o Estoril”, afirmou ao Record, em maio de 2018.



2. Dorival (62 jogos)

Dorival
Defesa central de elevada estatura (1,87 m) que chegou a Portugal em 1999 para representar a União da Madeira, defendeu as cores do Estoril em três patamares competitivos: II Divisão B, II Liga e I Liga.
Após ter contribuído para a promoção ao segundo escalão em 2003, atuou em 30 partidas (sempre a titular) e alcançou a invejável marca de sete golos, apontados diante de Santa Clara, Naval (dois), Ovarense (dois), Marco e Desp. Aves, ajudando assim os canarinhos a conquistar o título de campeão e a ascender ao patamar maior do futebol português.
Após uma época na I Liga ao serviço do clube da Amoreira e de experiências no futebol português e no Olhanense, regressou ao António Coimbra da Mota no verão de 2007, numa fase em que já tinha 31 anos. Em 2007-08 atuou em 16 partidas (15 a titular) e marcou quatro golos, frente a Vizela (dois), Fátima e Gil Vicente.
Na temporada seguinte participou em 17 encontros (todos a titular) e faturou por uma vez, ao Desp. Aves, antes de sair em fevereiro para os chineses do Qingdao Hailifeng.



1. Leandro (66 jogos)

Leandro
Ponta de lança natural com praticamente toda a carreira feita em Portugal, passou por Vianense, Paredes, Feirense, Gondomar, Aliados Lordelo e Ovarense antes de reforçar o Estoril no verão de 2006. No António Coimbra da Mota nunca foi propriamente um titular indiscutível, mas foi sempre bastante utilizado nos três anos que lá jogou.
Em 2006-07 atuou em 19 encontros (nove a titular) e marcou quatro golos, todos na segunda volta, diante de Feirense, Rio Ave, Vizela e Penafiel.
Na época seguinte foi utilizado em 27 jogos (18 a titular) e faturou por oito vezes, frente a Freamunde (quatro), Santa Clara, Gil Vicente, Olhanense e Varzim.
A terceira e última temporada foi a menos produtiva, não indo além de 20 partidas (oito a titular) e apenas um golo, apontado à União de Leiria.
Depois teve uma curta experiência no Desp. Chaves, tendo passado ainda por Vizela, Ribeirão, Louletano e Tirsense.
















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