Os dez canarinhos com mais jogos pelo Estoril na II Liga |
Ao longo dos anos o Grupo
Desportivo Estoril Praia foi ganhando a alcunha de canarinhos
pelo amarelo a azul do equipamento, idêntico ao da seleção brasileira. As cores
dos estorilistas
justificam-se pelo amarelo do sol e o azul do mar, baluartes da zona da Linha
de Cascais, mas se há algo que se tem tornado uma constante nas últimas
décadas é a presença de futebolistas brasileiros no clube
da Amoreira.
Na II
Liga foram 77 entre 317 de todas as nacionalidades – 180 portugueses. Nesta
que é a 17.ª presença do Estoril
no segundo escalão, já foram utilizados o central Hugo Gomes (ex-Varzim), o
médio Cícero e o avançado André Clóvis (ex-Leixões), enquanto o guarda-redes Thiago Rodrigues e o central Volnei Feltes
(ambos ex-Internacional) e o lateral esquerdo Lucas Silva (ex-Académico de
Viseu) foram convocados mas não saíram do banco de
suplentes.
Vale por isso a pena recordar os
dez futebolistas brasileiros com mais jogos pelo Estoril
Praia na II
Liga.
10. Sandro Lima (33 jogos)
Sandro Lima |
Avançado desde 2013-14 no futebol
português, sempre por empréstimo do Grêmio Anápolis, vinha a ser um dos
avançados de referência da II
Liga e fez questão de confirmar esses créditos no António
Coimbra da Mota.
Em 2018-19 atuou em 33 jogos (27
a titular) e marcou sete golos no segundo escalão, diante de FC
Porto B (dois), Académico de Viseu, Arouca,
Cova
da Piedade, Mafra
e Vitória
de Guimarães B, tendo formado uma temível dupla atacante com Roberto.
Paralelamente marcou ao Sporting
numa vitória em Alvalade
para a Taça
da Liga.
Valorizado pelo futebol produzido
com a camisola do Estoril,
deu o salto para a I
Liga pela porta do Gil
Vicente no final da temporada.
9. Vagner (36 jogos)
Vagner |
Guarda-redes muito acarinhado
pelos adeptos estorilistas,
demorou a conquistar o seu espaço na baliza da formação canarinha.
Chegou ao António
Coimbra da Mota nos primeiros meses de 2010, inicialmente cedido pelo
Desportivo Brasil, e não foi além de um jogo e um golo sofrido até ao final
dessa temporada, tendo vivido na sombra do internacional português Paulo
Santos.
Na época seguinte foi o
compatriota Cléber a fazer-lhe sombra, tendo apenas disputado sete encontros e
sofrido quatro golos.
Em 2011-12 começou como suplente
do internacional cabo-verdiano Ernesto, mas ganhou a titularidade à 3.ª jornada
e não mais a perdeu, tendo participado em 28 partidas, sofrido 19 golos e
vencido o prémio de melhor guarda-redes da II
Liga numa campanha que culminou com a conquista do título e consequente
promoção à I
Liga.
Nos três anos que se seguiram
mostrou toda a sua qualidade entre a elite do futebol português, tendo ajudado
o Estoril
a assegurar dois apuramentos consecutivos para a Liga
Europa, ainda que tivesse deixado o clube pela porta pequena.
8. Carlos Eduardo (37 jogos)
Carlos Eduardo |
Médio que chegou à Amoreira
em janeiro de 2011, proveniente do Grêmio Barueri, nunca foi propriamente um
titular indiscutível no Estoril,
mas mostrou ser um jogador de qualidade, até para voos mais altos.
Na segunda metade de 2010-11 foi
a tempo de disputar 14 jogos (seis a titular) e na temporada seguinte atuou em
23 partidas (14 a titular) e marcou um golo ao Belenenses,
ajudando os canarinhos
a sagrarem-se campeões e a subirem à I
Liga.
No primeiro escalão ainda
conseguiu ser mais utilizado, dando depois o salto para o FC
Porto, que venceu a corrida ao Benfica.
“Tínhamos, realmente, uma grande equipa e orientada por um grande treinador [Marco
Silva], dos melhores que conheci”, recordou ao Record em setembro de 2016.
7. Dagil (41 jogos)
Dagil |
Reforço do Estoril
para 2007-08, chegou a Portugal na época anterior pela porta do Ribeirão, onde
foi orientado por Tulipa, que o levaria para Amoreira
juntamente com André Cunha e Paulo
Tavares.
Na primeira temporada no António
Coimbra da Mota foi titular nos 29 jogos que disputou e apontou sete golos,
diante de Desp.
Aves, Freamunde, Penafiel
(dois), Feirense, Gondomar e Portimonense.
Na época seguinte só esteve nos estorilistas
até ao final de dezembro, tendo rumado ao Trofense, então na I
Liga, depois de ter atuado em 12 partidas (todas como titular) e apontado
cinco golos, frente a Olhanense
(dois), Beira-Mar (dois) e União
de Leiria.
Haveria de continuar em Portugal
até 2011, tendo passado ainda por Sp.
Covilhã, Gil
Vicente e Gondomar.
6. Igor Souza (42 jogos)
Igor Souza |
Médio de características
ofensivas que chegou a Portugal no verão de 2000 para representar o Estrela
da Amadora, passou por Torreense, União Micaelense, Marco
e voltou à Reboleira
antes de reforçar o Estoril
em janeiro de 2006, numa altura em que os canarinhos
viviam uma profunda crise financeira.
Até ao final da época 2005-06
atuou em 14 jogos (13 a titular) e marcou três golos, diante de Vizela,
Gondomar e Desp.
Aves, ajudando os estorilistas
a assegurar a permanência.
Na época seguinte participou em
28 partidas (21 a titular) e voltou a faturar por três vezes, frente a Varzim, Portimonense
e Gondomar.
5. Erick (49 jogos)
Erick |
Médio de características
defensivas que reforçou o Estoril
no verão de 2009 proveniente do Ituano tal como o central Jardel,
impôs-se como titular logo na primeira época no António
Coimbra da Mota, tendo disputado 21 jogos (20 a titular) e marcado um golo
ao Desp.
Aves.
Na temporada seguinte atuou em
mais partidas (22) mas foi menos vezes titular (18), ainda assim continuou no
onze-base dos estorilistas.
Em 2011-12 perdeu definitivamente
espaço de manobra, até porque a concorrência de jogadores como Gonçalo
Santos, Diogo Amado, João Coimbra e Carlos Eduardo não lhe deu tréguas, não
indo além de quatro encontros no campeonato, todos na condição de suplente
utilizado. Porém, vivenciou a alegria de conquistar o título de campeão da II
Liga.
4. Luiz Alberto (51 jogos)
Luiz Alberto |
Defesa central com um trajeto
ascendente no futebol português, foi contratado ao Ribeirão no verão de 2008
por indicação de Tulipa, que o tinha orientado no emblema minhoto.
Na primeira época no António
Coimbra da Mota não foi propriamente um titular indiscutível, tendo vivido
na sombra de Fernando Varela, Miguel Oliveira e Dorival, mas ainda assim
disputou 13 jogos (todos como titular) no campeonato.
Em 2009-10 impôs-se como titular
no eixo defensivo estorilista
ao lado de Jardel,
tendo atuado em 26 partidas (25 a titular).
A temporada seguinte foi iniciada
na Amoreira,
mas ao fim de 11 jogos (10 a titular) saiu em janeiro para o Belenenses,
que também militava na II
Liga.
3. Anderson Luís (55 jogos)
Anderson Luís |
Lateral direito que chegou ao Estoril
no verão de 2010 por empréstimo do Figueirense, foi um dos rostos do período de
fulgor que os canarinhos
viveram na segunda década do século XXI.
Na primeira época destronou o
habitual titular Marco
Silva, tendo disputado 28 jogos (27 a titular) no campeonato.
Na temporada seguinte foi
treinado pelo ex-concorrente, que continuou a apostar nele para o lado direito
da defesa, tendo Anderson Luís atuado em 27 partidas (26 a titular) e
contribuído para a conquista do título de campeão e consequente promoção à I
Liga.
Haveria de se manter no clube até
2016, assumindo um papel importante para os apuramentos para a Liga
Europa em 2013 e 2014. Depois rumou ao Arouca
e, entretanto, voltou ao Brasil. “Se existe um clube que vai estar sempre no
meu coração é o Estoril”,
afirmou ao Record,
em maio de 2018.
2. Dorival (62 jogos)
Dorival |
Defesa central de elevada
estatura (1,87 m) que chegou a Portugal em 1999 para representar a União da
Madeira, defendeu as cores do Estoril
em três patamares competitivos: II Divisão B, II
Liga e I
Liga.
Após ter contribuído para a
promoção ao segundo escalão em 2003, atuou em 30 partidas (sempre a titular) e
alcançou a invejável marca de sete golos, apontados diante de Santa
Clara, Naval (dois), Ovarense (dois), Marco
e Desp.
Aves, ajudando assim os canarinhos
a conquistar o título de campeão e a ascender ao patamar maior do futebol
português.
Após uma época na I
Liga ao serviço do clube da Amoreira
e de experiências no futebol português e no Olhanense,
regressou ao António
Coimbra da Mota no verão de 2007, numa fase em que já tinha 31 anos. Em
2007-08 atuou em 16 partidas (15 a titular) e marcou quatro golos, frente a Vizela
(dois), Fátima e Gil
Vicente.
Na temporada seguinte participou
em 17 encontros (todos a titular) e faturou por uma vez, ao Desp.
Aves, antes de sair em fevereiro para os chineses do Qingdao Hailifeng.
1. Leandro (66 jogos)
Leandro |
Ponta de lança natural com
praticamente toda a carreira feita em Portugal, passou por Vianense, Paredes,
Feirense, Gondomar, Aliados Lordelo e Ovarense antes de reforçar o Estoril
no verão de 2006. No António Coimbra da Mota nunca foi propriamente um titular
indiscutível, mas foi sempre bastante utilizado nos três anos que lá jogou.
Em 2006-07 atuou em 19 encontros
(nove a titular) e marcou quatro golos, todos na segunda volta, diante de Feirense,
Rio
Ave, Vizela
e Penafiel.
Na época seguinte foi utilizado
em 27 jogos (18 a titular) e faturou por oito vezes, frente a Freamunde
(quatro), Santa
Clara, Gil
Vicente, Olhanense
e Varzim.
A terceira e última temporada foi
a menos produtiva, não indo além de 20 partidas (oito a titular) e apenas um
golo, apontado à União
de Leiria.
Depois teve uma curta experiência
no Desp. Chaves, tendo passado ainda por Vizela,
Ribeirão, Louletano
e Tirsense.
Sem comentários:
Enviar um comentário