A minha primeira memória
de um jogo entre o Standard Liège e equipas portuguesas remonta a 18
de julho de 2001 e foi encontro de caráter particular diante do
Sporting de Laszlo Boloni, referente ao período preparatório da
época 2001-02.
No Estádio Pairay, casa
da equipa belga entre 1999 e 2004 e entre 2008 e 2015, os leões
deram seguimento a uma pré-temporada vencedora, depois dos triunfos
em solo português diante de Rio Maior (4-1), Académica
(5-2) e Kaiserslautern (3-0).
Na altura, les rouches
eram orientados pelo antigo treinador benfiquista Michel Preud'homme
e tinham no plantel o avançado internacional norueguês Ole Aarst,
alvo do Sporting precisamente nesse mercado de transferências;
Joseph Enakarhire, defesa nigeriano que quatro anos depois viria a
representar o Sporting; o ex-atacante boavisteiro Almani Moreira; e o
internacional sérvio Ivica Dragutinovic, defesa que viria a jogar
pelo Sevilha entre 2005 e 2011. O Standard não era campeão desde
1982-83, não vencia a Taça da Bélgica desde 1992-93 e vinha de um
3.º lugar no campeonato belga, o seu melhor desempenho desde 1995.
O triunfo leonino começou
a ser construído logo aos oito minutos, com o reforço Marius
Niculae a cabecear certeiro na resposta a um cruzamento de Ricardo
Sá Pinto no lado direito. Curiosamente, Sá
Pinto viria a representar o Standard Liège em 2006-07, na sua
temporada de despedida dos relvados, e a orientar o emblema belga em
2017-18.
Dragutinovic empatou aos
21', mas André Cruz devolveu a vantagem ao emblema de Alvalade
através de um livre direto aos 26', num lance em que o guarda-redes
croata Susnjara ficou mal na fotografia. E já na segunda parte,
Niculae voltou a marcar na sequência de um belíssimo trabalho
individual de Ricardo
Quaresma no corredor esquerdo (72').
“Laszlo Bölöni parece
ter encontrado uma peça fundamental no seu sistema e em qualquer
sistema futebolístico: a figura do goleador. Os dois golos apontados
pelo jovem romeno Niculae foram os melhores apontamentos retirados
pelo técnico no particular ante um Standard longe do seu fulgor e
parco em bons valores – o português Moreira, já o preferido dos
adeptos, e Dragutinovic foram exceção”, escreveu
o Record na crónica do jogo.
Ficha de jogo:
Stade du Pairay (Seraing).
Árbitro: Benoit Kruif.
Standard Liège — Susnjara; Ernst, Dragutinovic, Van Meir e Meyssen; Moreira, Van Dooren (Oussalam, 70’), Afolabi (Wuillot, 46’) e Aarst (Walasiak, 75’); Lukunko e Enakarhire.
Treinador: Michel Preud’homme.
Sporting — Nélson (Tiago, 46’); César Prates (Luís Filipe, 75’), Beto, André Cruz (Babb, 75’) e Dimas (Rui Jorge, 55’); Paulo Bento (Tello, 75’), Rui Bento, Sá Pinto (Hugo, 70’) e Horvath (Mpenza, 55’); João Pinto (Quaresma, 62’) e Niculae (Spehar, 75’).
Treinador: Laszlo Boloni.
Ao intervalo: 1-2.
Marcadores: Niculae (8’ e 72’), Dragutinovic (21’) e André Cruz (26’).
Cartões: amarelo a Paulo Bento (23’).
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