Video-árbitro teve teste de fogo na Taça das Confederações |
A tecnologia tem vido a progredir
e as diferentes áreas não passam sem acompanhar essa evolução. Indústria,
comércio, serviços e lazer estão cada vez mais mecanizados, com o manual e
humano a darem lugar às máquinas.
O desporto também tem vindo a
seguir esse progresso nas diversas modalidades, e deve fazê-lo sobretudo ao
colmatar falhas que, por muita que seja a competência humana, não conseguem ser
combatidas com a eficiência necessária. E aqui entra o vídeo-árbitro (VAR), um
sistema ainda em fase de testes que, mesmo que nunca venha a atingir os 100 por
cento de eficiência, será sempre o menos imperfeito dos sistemas de arbitragem.
Nem sequer é uma opinião. É um facto. E não se entende como existe tanta resistência
ao VAR.
Incrível como há intervenientes e
comentadores que dizem preferir a existência de erro humano (em dose reforçada,
porque ele nunca deixará de existir), o desfecho que uma decisão errada pode
trazer e a alegada maior emoção em detrimento de uma plataforma que garanta
mais justiça e sentido de verdade ao que se passa no interior das quatro
linhas. E o que se passa lá dentro é um jogo em que se disputam títulos, rios
de dinheiro e em que se arriscam carreiras.
O VAR é um sistema que, convém
novamente salientar, ainda está em fase de testes e que naturalmente vai
apresentando carências. A ausência de câmaras em zonas possíveis de aferir se a
bola ultrapassou ou não a linha de baliza é algo a corrigir. A comunicação
entre árbitro e VAR é um aspeto a olear. E caso este modelo venha a ser
implementado de forma definitiva, é necessária mais sensibilidade nas nomeações
e, se possível, o recurso a árbitros que recentemente deixaram de estar no
ativo.
O erro nunca será eliminado, mas
será reduzido em larga escala. Da mesma forma, o GPS é um sistema imperfeito,
porque se atrasa ou se adianta e pode não contemplar o estado do trânsito ou a
existência de obras a condicionarem ou impedirem a circulação em determinadas
vias, mas não deixa de ser o menos imperfeito dos sistemas - ou serão os velhos
mapas?
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