Suk está a ser uma das grandes atrações da Liga |
Bem podem procurar. Procurem por
japoneses, sauditas, chineses, iranianos ou até por outros coreanos. Ou então
podem consultar bases de dados para pesquisarem por ex-jogadores dos principais
clubes nacionais. Ponto assente: não vão encontrar um asiático que se tenha
destacado mais no futebol português do que Suk.
O sul-coreano já tinha ficado na
retina pelo que tinha feito ao serviço de Marítimo e Nacional, mas tem sido no
Vitória que tem definitivamente deixado a sua marca. É junto ao Sado que se tem
tornado o mais digno representante do seu continente que o nosso futebol já
conheceu. E chamá-lo de melhor asiático de sempre do futebol português até acaba por já ser redutor, tendo em conta a pouca expressão que por cá os seus
compatriotas e vizinhos continentais têm tido.
Suk Hyun-Jun vai ao encontro do
perfil de avançado completo, aquele de que nenhum treinador abdica
independentemente da tática, estratégia e modelo de jogo. Este assumido fã de
Zlatan Ibrahimovic reúne todas as qualidades que um avançado pode ter:
Peçam-lhe para jogar de costas para a baliza, que ele fá-lo com qualidade;
peçam-lhe para pressionar, que ele não vai, em momento algum, virar a cara à
luta; peçam-lhe para ir para cima dos defesas, que ele vai surpreendê-los com o
seu ziguezaguear; peçam-lhe para disputar lances no futebol aéreo, que ele não
só vai ganhar muitos como vai colocar a bola fora do alcance de guarda-redes,
se estivermos a falar de cruzamentos; peçam-lhe para dar profundidade, que ele
tem poder de desmarcação e velocidade para isso; e sobretudo, peçam-lhe para
rematar de qualquer lado e marcar livres, que os seus golos vão correr mundo.
Apesar
de todas as qualidades enunciadas, é também necessário referir que o Zlatan do Sado ainda acusa alguma
inconsistência. Há jogos em que se apaga por completo, em que nem se dá por ele
em campo. Ainda assim, tem melhorado imenso nesse capítulo em Setúbal.
Não é
por acaso que a primeira volta do campeonato ainda não terminou e ele já leva
nove golos na Liga (onze em todas as competições). Surpreendente seria não sair
do Vitória já em janeiro e sem se tornar, de longe, a maior venda da história
dos vitorianos. Em Portugal, os grandes aparentemente não olham para o coreano
de forma séria – apenas rumores esporádicos e tímidas sondagens -, mas na
Alemanha já há quem esteja… de olhos em bico.
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