Quem quer ser Shawn Michaels?

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Já há muito tempo que as tag teams na WWE deixaram de ser eternas. Hoje, cada vez mais que nunca, são a prazo, com os dois parceiros a assumirem carreiras paralelas assim que se dá a separação.

A mais famosa das separações ocorreu em Dezembro de 1991. Num segmento conduzido por Brutus “The Barber” Beefcake, Shawn Michaels atingiu o seu parceiro Marty Janetty com um Superkick e posteriormente atirou contra um vidro, assistindo-se assim ao fim dos The Rockers, uma equipa que animava a companhia na altura.

Ambos, depois de rivalizarem durante um período, seguiram carreiras paralelas. Shawn Michaels tornou-se num dos principais ícones deste entretenimento, uma autêntica lenda, somando títulos a combates fantásticos, sobretudo na Wrestlemania, o maior dos palcos, durante praticamente duas décadas. Já Marty Janetty, foi desaparecendo do mapa e só foi fazendo aparições esporádicas em storylines que envolviam o The Heartbreak Kid. Basicamente, hoje em dia não é conhecido pela carreira que teve mas sim por ser o colega de equipa de Michaels no início do seu percurso.

A partir de então, sempre que há uma tag team que se separa, em jeito de comparação, surge a inevitável pergunta: Quem se tornará o Shawn Michaels? E quem será o Marty Janetty?

Em casos anteriores, a resposta até surgiu com alguma naturalidade. Nos Hardys, Jeff dava mais espetáculo, sobressaía e sem surpresa tem uma carreira mais condecorada que o irmão Matt. De alguma forma, o mesmo se viu em Edge, em relação ao companheiro Christian. Ou porque não falar em Los Guerreros em que Eddie era a aposta natural?

No entanto, nem sempre o que parece é, e tal pode-se ilustrar com dois exemplos bem recentes:

 Em 2008, Ted DiBiase e Cody Rhodes juntaram-se e formaram uma tag team de segunda geração. O filho do Million Dollar Man parecia ter um corpo que ía mais ao encontro dos padrões WWE, tinha um ar pomposo, personagem mais definida, habilidade considerável no ringue e a grande parte dos seguidores do produto da promotora via nele mais sucesso que em Cody. Mas tal não aconteceu, e Rhodes foi crescendo de importância e popularidade, apareceu como um jovem elegante e que cuidadoso com a imagem, e foi um vilão entretido durante os anos que se seguiram. Já DiBiase, foi desaparecendo aos poucos e hoje praticamente que não faz parte da programação.

Cerca de um ano antes, os responsáveis da companhia decidiram juntar The Miz a John Morrison, e ambos formaram uma equipa com reinados bastante aceitáveis como campeões de parelhas. Morrison já tinha conquistado alguns títulos, entre eles o Intercontinental e o da ECW, parecia-se como uma estrela e tinha um estilo comparável a HBK. Já The Miz, sempre apresentou uma qualidade duvidosa no ringue e não convencia os fãs com a sua personagem, acabada de sair de um reality show.  Em 2009, quando se deu a separação, as apostas em quem iria ter mais sucesso recaíram em Morrison, claro, no entanto, foi o seu antigo parceiro que se safou melhor: reinados longos como campeão dos EUA e WWE, cabeça-de-cartaz na Wrestlemania e outras proezas assinaláveis. O antigo detentor do título da ECW, esse, hoje já nem na promotora dos McMahons está.

A atualidade remete-nos para Cody Rhodes e Damien Sandow, que no último ano foram dois vilões entretidos, com alguma credibilidade no mid-card e que prometiam um futuro risonho. Não foram campeões juntos, mas apareciam como boas apostas de retaguarda, e no último PPV da WWE, o Money In The Bank, Sandow ganhou um combate de escadote em que o vencedor teria o poder de enfrentar o campeão mundial quando entendesse, mesmo quando este se encontrasse vulnerável. Cody também estava nessa contenda e foi traído pelo seu antigo companheiro, tendo o apoio dos fãs nesta rivalidade que se vai construindo no Monday Night Raw e no Friday Night Smackdown.

E mais uma vez, surge a questão: Quem será o Shawn Michaels desta equipa?

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