domingo, 23 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | FC Porto 5-0 Nacional



O FC Porto goleou esta noite o Nacional por 5-0, num jogo a contar para a 8ª jornada da Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

FC Porto



O FC Porto está numa “mini-crise” de resultados, visto que só ganhou dois dos seus últimos seis jogos, e este jogo segunda imprensa. Ainda assim, neste período despachou a Académica por 3-0 e o Pêro Pinheiro por 8-0, entrou nesta jornada na liderança do campeonato (partilhando-a com o Benfica), seguiu em frente na Taça de Portugal e continua com tudo em aberto na Liga dos Campeões.
Para este jogo, há algumas (grandes) surpresas: Mangala vai fazer dupla de centrais com Rolando em detrimento de Otamendi ou Maicon, Defour e Belluschi vão actuar no meio-campo, ocupando as vagas que geralmente são de João Moutinho e Guarín, Varela vai jogar no lugar de James, e Walter vai ser o ponta-de-lança, relegando Kléber para o banco de suplentes.


Nacional



Quanto ao Nacional, tem feito um campeonato algo abaixo das expectativas, ocupando a segunda metade da tabela classificativa, e tendo marcado por esta altura apenas 3 golos e sofrido 12, que é como quem diz, tem um dos piores ataques e defesas da competição.
Ainda não vi nenhum jogo dos insulares esta temporada, mas parecem estar a um nível mais baixo do que o que nos tem habituado.


O FC Porto não entrou com um ritmo muito forte no jogo, efectuando passes lentos, previsíveis e mal calculados e não aumentando intensidade nas transições ofensivas de forma a criar desequilíbrios. Foi tanta a sonolência dos jogadores que vestiam de azul e branco que nos primeiros minutos nunca estiveram perto da baliza do Nacional e falharam imensos passes, não conseguindo superiorizar-se de forma evidente em termos de percentagem de posse de bola, uma situação que acabou por durar até ao final do encontro.
O factor de maior interesse no inicio era saber quem era aquele misterioso jogador loiro dos dragões que eu não estava a reconhecer… afinal era Hulk, que apresentou nesta partida um visual renovado.

Os madeirenses tinham o jogo a correr a seu favor, com um ritmo baixo, ainda que fossem inconsequentes, e quando nada o fazia prever, aos 24’ Defour remata do meio da rua, a bola desvia em Neto e acaba por trair o guarda-redes Marcelo, estava feito o 1-0.

O ritmo continuou baixo e minutos depois numa transição rápida comandada por Mateus, este assiste Mário Rondón que atirou à malha lateral. Foi a melhor oportunidade dos insulares em todo o jogo.

Aos 40’, novo golo do Porto! Na sequência de um canto marcado no lado esquerdo, Rolando salta mais alto e desvia a bola para Walter que á boca da baliza não perdoou. O avançado brasileiro estava em posição de fora-de-jogo, no entanto, a equipa de arbitragem validou o golo.

Longe de fazer uma exibição brilhante, os campeões nacionais chegaram ao intervalo com uma vantagem tranquila, fruto de dois golos algo estranhos (um foi desviado por um defesa adversário e outro estava em fora-de-jogo), perante um adversário que não mostrou nem ambição nem argumentos para evitar a derrota.

Na segunda parte, a intensidade do jogo ainda conseguiu ser mais baixa, assistiu-se a um jogo bastante sonolento, no qual os jogadores do Nacional fizeram praticamente figura de corpo presente, já que praticamente pararam de atacar. Os portistas agradeceram, que sem suar muito, iam trocando a bola com tranquilidade e esperando que o tempo passasse para garantir os três pontos.

Mais uma vez, quando tudo parecia tranquilo e sem acção nas duas balizas, o FC Porto voltou a marcar. Livre de Belluschi, defesa algo deficiente de Marcelo para a zona frontal à baliza onde Sapunaru atirou para o fundo das redes num dos golos mais fáceis da sua carreira, estavam decorridos 66 minutos. A defesa nacionalista nem sequer reagiu ao lance.

Alguns minutos depois, Vítor Pereira mexeu na equipa e retirou Defour e Belluschi (que não gostou de ser substituídos) para colocar em campo Guarín e João Moutinho, dois habituais titulares que recentemente têm feito exibições não muito positivas, algo que o próprio médio português admitiu no final do jogo com o APOEL.

O jogo estava resolvido, não havia pressão mas Moutinho estava com vontade de mostrar serviço, mostrando humildade e profissionalismo ao aceitar a sua condição de suplente e dar o seu melhor para recuperar o posto, tanto que fez duas assistências para golo ainda antes do final do jogo.
A primeira surgiu perto dos 90’, quando Guarín praticamente o isolou perante Marcelo, mas não foi egoísta e colocou a bola em Kléber que com a baliza escancarada fez o 4-0.

Dois minutos depois, já para lá da hora, numa jogada dentro da grande área dos insulares, o ex-capitão do Sporting colocou a bola em Hulk que fez um chapéu a Marcelo, no último e mais bonito golo da noite.


Este resultado acabou por ser demasiado pesado para o Nacional, tendo em conta que o FC Porto também jogou num ritmo muito baixo.
Só para se ter a noção da pouca intensidade que este jogo teve, o árbitro, Cosme Machado, chegou ao final da partida sem mostrar um único cartão amarelo.


Quanto ao desempenho das equipas, é praticamente impossível destacar alguém, tanto pela positiva ou pela negativa, ambas as equipas foram muito homogéneas.

No FC Porto, Helton arriscou em alguns dribles em zonas algo proibidas, Mangala cometeu uma fífia mas até foi seguro, Walter e Kléber fizeram a sua função (marcar), Hulk voltou aos golos e João Moutinho entrou com uma vontade que se traduziu em duas assistências nos últimos momentos do jogo. De resto, pouco há a dizer.

No Nacional, há que destacar a falta de atitude que a equipa teve, e ao que parece tem tido esta temporada, já que ocupa uma posição muito baixa na tabela e não está a ter o atrevimento que nos habituou ao longo dos anos. Onde está aquela formação bastante complicada de bater que disputa os lugares europeus?
Marcelo parece-me ser um guarda-redes que não está à altura do legado de Diego Benaglio e Rafael Bracali. Mateus comandou as poucas transições rápidas do ataque na primeira parte com alguma qualidade, e Rondón como principal artilheiro causou algum perigo mas também foi inconsequente.

Premier League | Manchester United 1-6 Manchester City



Esta tarde, o City foi a Old Trafford golear o seu rival, o United, por 6-1, num escaldante "derby" da cidade de Manchester.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Já vi alguns jogos do United esta temporada e pareceu-me uma equipa que acima de tudo é eficaz. Das partidas que vi não tenho visto grande brilhantismo, mas facilidade em chegar ao golo.
Muitas vezes, Ferguson opta por uma política de rotatividade e isso tem causado alguns atrasos, seja na Liga dos Campeões em que só a meio da semana conseguiu a primeira vitória, ou mesmo no campeonato, como foi exemplo o último jogo em Liverpool.
Actualmente, os “red devils” ocupam o 2º lugar no Premier League, com 20 pontos, fruto de seis vitórias e dois empates, 25 golos marcados e seis sofridos.
Para este jogo, o técnico do United deu a titularidade àquele se aproxima do seu onze-base.


Manchester City



Ainda não vi nenhum jogo dos “citizens” esta temporada, no entanto, pelo que a estatística mostra, só não venceram um jogo para o campeonato (empate no terreno do Fulham) e são líderes isolados com o melhor ataque a melhor defesa (em igualdade com o United e o Newcastle).
O seu melhor marcador é a sua grande contratação, o argentino Kun Agüero, no entanto, o bósnio Edin Dzeko marca também bastantes golos, mas que neste jogo vai começar do banco de suplentes.


O United entrou melhor, muito forte, com uma elevadíssima posse de bola e também com um grande domínio territorial.
Os primeiros 15/20 minutos jogaram-se praticamente em exclusivo no meio-campo dos forasteiros, todas as tentativas de sair a jogar por parte do City eram cortadas logo na sua raiz, não conseguiam sair do seu meio-campo.

No entanto, no último terço os “red devils” foram sempre inconsequentes e derivado dessa inconsequência na frente de ataque, o ritmo de jogo foi baixando e os “citizens” foram povoando mais o terreno adversário e praticamente no primeiro remate que fez no jogo, marcou, por Mario Balotelli, aos 21’, ao desviar de primeira e com grande classe um cruzamento atrasado de Milner pela esquerda.

O problemático jogador italiano não festejou o golo, não esboçou um único sorriso e apenas levantou a sua camisola, mostrando uma por baixo na qual estava escrito “Why always me?”, num autêntico recado para os media que tanto o ataca e expõe a sua vida pessoal, que ainda esta semana foi alvo de noticia por ter incendiado a sua própria casa enquanto atirava fogo de artificio pela janela da sua casa de banho.

A equipa de Alex Ferguson acusou o golo sofrido, até porque foi-lhe dado a provar um pouco do seu próprio veneno, a letal eficácia mesmo quando a produtividade ofensiva da equipa não é elevada.

Até ao intervalo, não houve grandes oportunidades de golo para nenhum dos lados, apenas dois remates do United (por Anderson e Rooney) que saíram à figura de Joe Hart.


A segunda parte começou logo com um “handicap” para os homens da casa. Evans foi expulso após uma entrada perto da entrada da área sobre Balotelli.
Ainda assim, a equipa conseguiu reagir e mostrou coração, e aos 54’ esteve perto de marcar, na melhor ocasião até então. Numa jogada de insistência, Ashley Young primeiro remata contra um defesa e depois ao lado.

No entanto, quando o United estava a criar ânimo foi o City que voltou a marcar. Excelente jogada de combinação no lado direito entre Milner e David Silva, com uma ajudinha de Richards, que veio a culminar numa finalização à boca da baliza por Mario Balotelli, estavam decorridos 60 minutos.

Nesta altura, Ferguson reequilibrou a sua equipa com a entrada de Jones para o centro da defesa e Chicharito para o ataque, fazendo sair Nani e Anderson, mas pouco tempo depois os “citizens” fizeram o 3-0. Mais uma jogada no flanco direito muito boa de Micah Richards que num cruzamento rasteiro batido para o segundo poste encontrou Kun Agüero para finalizar.

Esta parecia ser a estocada final, os campeões ingleses perderam a esperança e os seus adeptos já abandonavam o estádio, até deu para Balotelli ser substituído por Dzeko e receber uma grande ovação dos seus adeptos. Em jeito de brincadeira, até se pode dizer que ele incendiou Old Trafford.

A dez minutos no fim, após uma boa combinação com Chicharito, Fletcher remate em jeito e faz o 1-3.

O empate estava à distância de dois golos e ainda havia tempo para jogar, o United subiu no terreno à procura de novo golo no entanto apenas com um homem a mesmo o desgaste era muito maior e a resposta às transições rápidas do City não tinha tanta qualidade, assim como a concentração em lances como as bolas paradas, e foi na sequência de um canto que foi feito o 4-1, por Dzeko, aos 89’, marcando praticamente sem querer (de joelho) após um desvio de Lescott junto ao segundo poste.

Os homens de encarnado voltaram a ficar sem reacção, e em mais uma jogada de contra-ataque dois minutos depois, os azuis de Manchester chegaram ao quinto golo, numa finalização em que David Silva até se deu ao luxo de colocar a bola entre as pernas do seu compatriota De Gea.

Ainda antes do final do jogo, em mais uma transição rápida do ataque do City comandada por Silva, este assiste Dzeko que com alguma facilidade fez o 6-1.


Foi um jogo com uma intensidade muito forte, no entanto, até este estar praticamente resolvido que não houve grandes ocasiões de golo, sendo feio em diversos momentos, com faltas extremamente agressivas que poderiam ter resultado em lesões graves, que o diga Phil Jones ou Micah Richards, quando sofreram entradas de Dzeko e Welbeck na fase final do encontro.

Em termos tácticos, a expulsão de Evans foi fundamental para desequilibrar um jogo que até então estava equilibrado e que só tinha sido desbloqueado por um lance imprevisível do ataque do City (0-1), em que Milner, que geralmente joga sobre o lado direito, apareceu na esquerda e assistiu Balotelli que esteve sempre no flanco e aí apareceu na zona central.

O cartão vermelho mostrado ao central norte-irlandês foi mesmo a primeira “escavadela” do buraco em que o United se meteu neste jogo, em que o City com alguma facilidade a partir daí chegou à goleada e até teve oportunidades de fazer mais golos.


Em relação às equipas, o United apresentou uns 15/20 minutos muito fortes, reagiu com alguns remates perto do intervalo que acabaram controlados com muita segurança por Joe Hart, e esboçou uma reacção forte mesmo após a expulsão, mas poucos minutos depois sofreu o 0-2 e a partir daí foi história.
De Gea não teve culpa nos golos sofridos, o sector defensivo cumpriu bem até à expulsão, mas a partir daí, o desequilíbrio numérico foi visível e nada puderam fazer face às movimentações rapidíssimas dos homens do City, uma verdadeira dor de cabeça para qualquer defesa, que o diga Evra que viu do seu lado nascer o 0-2 e o 0-3.
Nani esteve apagadíssimo, Ashley Young mostrou-se muitas vezes inconformado mas pouco pode fazer, Anderson esteve discreto como de costume, sem acrescentar nada, e Fletcher ao seu nível, apontando um belo golo.
Rooney pouco ou nada fez e Welbeck ainda tentou gerar desequilíbrios mas foi inconsequente. Chicharito foi importante no golo do United e Jones foi claramente batido no golo de Agüero.

O City fez uma exibição que roçou a perfeição!
É verdade que nos primeiros 15/20 minutos não conseguiram praticamente sair do seu meio-campo, no entanto, defensivamente foram fortes e obrigaram o United a baixar o ritmo, subindo assim mais vezes no terreno e chegando ao golo praticamente no primeiro remate que fizeram no jogo.
A partir daí, fruto da qualidade dos seus jogadores, tiveram uma percentagem muito elevada de posse de bola e de domínio territorial, e sempre que possível, com tabelas e combinações rápidas para gerar desequilíbrios e foi mesmo assim que fizeram o 2-0, colocando-se mais tranquilos no jogo.
Mesmo quando a partida estava resolvida, quiseram humilhar o adversário e chegaram a uma goleada histórica.
Joe Hart esteve seguro, os centrais também, Clichy não deu a mínima hipótese a Nani, e embora com mais dificuldade, Richards acabou por fazer o mesmo a Ashley Young e ainda conseguiu envolver-se nas jogadas que originaram o 2-0 e o 3-0.
O meio-campo defensivo constituído por Yaya Touré e Barry pautaram bem o ritmo do jogo, e os homens da frente, normalmente comandados por David Silva, para além da sua qualidade individual, souberam trabalhar como equipa e foi assim que geraram desequilíbrios e situações imprevisíveis que acabaram por ditar esta goleada. Todos os quatro homens da frente estiveram nos primeiros três golos, que é como quem diz, ajudaram a resolver o jogo. Dzeko entrou a segunda parte mas ainda marcou dois.


Com esta vitória, o Manchester City isola-se ainda mais no comando da Premier League com 25 pontos, mais cinco que o United, que pode ser ultrapassado esta tarde pelo Chelsea.

sábado, 22 de outubro de 2011

Premier League | Liverpool 1-1 Norwich



Liverpool e Norwich empataram esta tarde a uma bola num jogo disputado em Anfield, a contar para a 9ª Jornada da Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Liverpool



Ainda não vi nenhum jogo do Liverpool esta temporada, mas pelos relatos parecem estar alguns furos acima que na temporada anterior, em que não se qualificaram sequer para a Liga Europa.
Na semana passada ao que parece fizeram um excelente jogo frente ao Manchester United em Anfield, com alguns críticos a apontarem como injusto o empate com que a partida terminou.
O melhor marcador da equipa é o uruguaio Luis Suárez (4 golos).
Esta temporada os principais reforços são José Enrique (ex-Newcastle), Stewart Downing (ex-Aston Villa), Charlie Adam (ex-Blackpool) e Jordan Henderson (ex-Sunderland), habituais titulares na formação da cidade dos Beatles.
Actualmente ocupam a 5ª posição, com 14 pontos, fruto de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com um saldo de 11-9 em golos.


Norwich



Quanto ao Norwich, é uma equipa que já tinha visto em acção com o Manchester United, e que mostrou muita disciplina táctica.
Comandados por Paul Lambert, a principal estrela dos canários é mesmo o colectivo, que trabalha muito bem fruto da concentração, solidariedade e bom posicionamento que pelo menos demonstrou em campo frente aos “red devils”.
Actualmente ocupam o 9º lugar, com 11 pontos, uma posição tranquila na tabela classificativa, derivados de três vitórias, dois empates e três derrotas, e um “score” de 10-11 em golos.


O Liverpool entrou fortíssimo neste jogo! Logo aos 2’, na sequência de um pontapé de canto, Skrtel cabeceou forte direito á trave.
Três minutos depois, Luis Suárez tem uma excelente jogada individual na grande área do Norwich e rematou forte ao lado.
Aos 11’, Craig Bellamy tem um grande trabalho na esquerda e coloca a bola no avançado uruguaio dos “reds”, que enviou a bola ao ferro da baliza do Norwich, e na recarga Downing não teve a calma suficiente para fazer golo.

A partir daí, o jogo acalmou e o Norwich até conseguiu povoar o meio-campo adversário, com a sua principal oportunidade a ser um tiro fortíssimo de Hoolahan já dentro da grande área para uma grande defesa de Reina. De resto, algumas ocasiões que acabaram por ser inconsequentes.

Nos últimos 15 minutos, o Liverpool voltou à carga, talvez não intensamente como no começo do desafio, mas com um volume de jogo ofensivo que esteve diversas vezes à distância de um pequeno toque que desviasse a bola para a baliza.

Luis Suárez foi sempre o mais inconformado da equipa da casa, muitas vezes parecia mesmo ser ele e mais dez, e não era de estranhar que os seus colegas o procurassem para que ele com a sua incrível capacidade conseguisse desbloquear o empate, e foi mesmo numa bola longa enviada para o uruguaio que surgiu o golo do Liverpool, mesmo nos últimos segundos da primeira parte. A bola enviada para o ex-Ajax acabou por sobrar para Bellamy que entrou na área dos canários e atirou em jeito para o 1-0.


O inicio da segunda parte foi muito disputado, o Liverpool procurava o mais confortável 2-0 mas a equipa forasteira, sempre muito organizada, tinha de procurar o empate e colocou em campo Holt, um ponta-de-lança mais posicional, de grande porte físico, o que fazia prever algum jogo directo para a área dos “reds”.

Aos 51’, Suárez esteve perto de marcar. Quem mais poderia ser? Em mais um lance de classe ultrapassou dois adversários e atirou ao poste.

Á passagem da hora de jogo, o pior cenário para a formação penta-campeã europeia acabou por se tornar uma realidade. Um grande cruzamento de Pilkington na direita encontra a cabeça do recém-entrado Holt, que igualou a partida. Reina e Carragher ficaram muito mal batidos na tentativa de interceptar o lance.

Cerca de cinco minutos depois, novo cruzamento para o Norwich, desta vez pela esquerda, novamente para a cabeça de Holt, mas desta vez Pepe Reina respondeu com uma grande defesa.

Nesta fase o jogo estava muito partido, o Liverpool tinha a responsabilidade de vencer perante um adversário com outros objectivos e por isso avançou para o ataque, sempre com Suárez ao comando das operações. Mas a inconformidade do uruguaio não teve só efeitos positivos, porque também se traduziu em frustração, levando-o muitas vezes a reclamar intensamente com colegas e árbitro.

Perto dos 80’, finalmente Kenny Dalglish colocou Andy Carroll em campo, um ponta-de-lança posicional que na primeira metade da última temporada impressionou pelo Newcastle, e que já é internacional por Inglaterra. A sua altura seria um argumento diferente para tentar de levar de vencida os canários, no entanto, não teve muitas oportunidades, fruto também do pouco tempo que esteve em jogo. Devia ter entrado mais cedo no jogo, até porque algumas unidades do ataque do Liverpool não estavam a ter um grande rendimento, sobretudo Kuyt.

Apesar do “forcing” final, os “reds” não conseguiram o segundo golo, mesmo quando já se jogava para lá do tempo regulamentar e dos descontos dados pelo árbitro, que deu três minutos de compensação e aos 90+4’ Suárez num remate de primeira proporcionou uma grande defesa a Ruddy.

Com este empate, ambas as equipas ficaram praticamente na mesma da tabela classificativa, no entanto, com este jogo o Liverpool atrasa-se na corrida aos lugares que dão acesso às competições europeias, sobretudo à Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, penso que este Liverpool não querendo exagerar foi Suárez e mais dez.
O uruguaio foi o único que esteve sempre inconformado, que procurou o golo, que passou o jogo a chatear a defesa adversária e que acusou a frustração por não conseguir marcar com algumas atitudes a quente, dignas de um sul-americano.
Bellamy também fez um bom trabalho no flanco esquerdo, Downing não foi tão explosivo como lhe competia, Kuyt esteve muito desaparecido e Gerrard está sem ritmo, muito distante da qualidade a que habitou os adeptos desta modalidade.
Defensivamente, apesar de alguns sustos, os “reds” não tiveram mal à excepção do golo em que Reina e Carragher foram muito mal batidos.

Quanto ao Norwich, pouco acrescento ao que tinha dito depois do jogo frente ao United.
É uma equipa pobre em qualidade técnica, no entanto, com muito coração, organização, bom posicionamento e solidariedade, que assumiu uma postura sempre bastante lúcida nos mais diversos momentos do jogo, ainda que tenha tido alguma sorte por não sair de Anfield com uma derrota.
Desta vez destaco dois jogadores: Ruddy, um guarda-redes que muitas vezes parecia ter asas, e Holt, que compreende-se não ter jogado de inicio pois procurava-se gente mais móvel no ataque, mas que para jogos do campeonato do Norwich deverá ser um ponta-de-lança muito útil.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Liga Europa | Sporting 2-0 FC Vaslui



O Sporting venceu esta noite em Alvalade o FC Vaslui por 2-0, carimbando assim presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa.


Eis a constituição das equipas:

Sporting



O Sporting já sabia que não podia contar com Rodríguez, Onyewu, Insúa e Elias, quatro habituais titulares, e para o seu lugar entraram Polga, Carriço, Evaldo e Matías Fernandez, no entanto, a grande novidade vai para a entrada no onze de Bruno Pereirinha, em detrimento de Carrillo, que tem estado em bom plano nos mais recentes jogos da equipa leonina.
Com o jovem português em campo em vez do peruano, é de esperar menos capacidade ofensiva no lado direito, e provavelmente uma ala esquerda menos perigosa visto que Insúa tem uma qualidade que Evaldo não tem, especialmente a atacar, e é de prever que haja menos apoio para que Capel possa causar desequilíbrios, como se viu em Famalicão, em que a diferença do brasileiro e do argentino a jogar naquele lado esquerdo da defesa foi da noite para o dia, no que diz respeito ao apoio prestado ao espanhol.


FC Vaslui



Pouco conheço destes romenos. É o actual 6º classificado da Liga Romena, a oito pontos do primeiro classificado, e cinco à frente do Otelul Galati, equipa que pertence ao grupo do Benfica na Liga dos Campeões. Foram afastados na 3ª pré-eliminatória da Liga Milionária pelo Twente e eliminaram o Sparta Praga no Play-Off para a Fase de Grupos da Liga Europa, onde tem dois empates a dois frente ao Lazio (fora) e FC Zurique (casa).
Em termos de jogadores, há alguns com historial em Portugal, como os centrais brasileiros Ozéia (ex-Paços de Ferreira) e Gladstone (ex-Sporting), o lateral-esquerdo português Hugo Luz, o médio-defensivo sérvio Pavlovic (ex-Académica, onde foi treinado por Domingos Paciência), o médio-ofensivo Wesley (ex-Penafiel, Vitória de Guimarães, Paços de Ferreira e Leixões, e actual melhor marcador do campeonato romeno) e o avançado brasileiro William Gerlem (ex-Estoril).


O Sporting entrou forte no jogo, aproximando-se da baliza contrária e povoando sempre o meio-campo contrário, no entanto, sem criar grande perigo.

O Vaslui assumiu uma postura claramente defensiva, com dois médios-defensivos, um dos quais, Gladstone, é defesa-central de raiz e foi basicamente o terceiro homem no eixo defensivo da formação romena. Apesar de fazer descer o ritmo de jogo, a equipa treinada por Viorel Hizo nunca foi capaz de em ataque ou contra-ataque mudar e velocidade do jogo e criar ocasiões de golo, nem pouco sequer ter a bola, por isso viveu praticamente toda a primeira parte com os seus jogadores no meio-campo defensivo atrás do esférico e pressionando os homens do centro do terreno do Sporting, nomeadamente Schaars que não teve grandes oportunidades para fazer as suas habituais combinações com Capel que fazem furor no flanco esquerdo leonino.

Com essa pressão no centro, que se encontrava muito povoado, o Sporting tentou ao máximo apostar nas laterais, onde João Pereira foi prestando mais apoio a Pereirinha, mas especialmente, o que fez a diferença e criou alguns desequilíbrios, foram as subidas de Evaldo, que passou a jogar mais perto de Diego Capel, e fazer as tais combinações que geralmente o espanhol faz com Insúa.
Foi mesmo pelo lado esquerdo que a equipa leonina criou a sua primeira grande oportunidade golo, onde Evaldo cruzou para um remate acrobático de Wolfswinkel que passou perto da baliza de Cerniauskas.

Com as subidas do lateral brasileiro, o Vaslui conseguiu subir pelo flanco direito e num seguimento de um cruzamento por esse lado Wesley e João Pereira embrulham-se na área, acabando com o “playmaker” dos romenos a agredir por duas vezes o jogador português e levar o cartão vermelho.

A redução de jogadores em campo dos romenos foi importante para desbloquear o jogo, houve mais espaço e poucos minutos depois, aos 43’, o Sporting chegou ao golo após uma grande jogada de Matías Fernández pela direita na área contrária em que passou por vários adversários e cruzou para o segundo poste onde apareceu Evaldo para encostar.
Tento obtido numa altura importante, muito perto do intervalo.


Na segunda parte, o mesmo filme!
O Sporting continuou com o domínio territorial e de posse de bola, mas desta vez, fruto da superioridade numérica também, foi criando (mais) oportunidades de golo, e ao mesmo tempo manteve-se muito consistente defensivamente, ao ponto do Vaslui não ter feito um único remate durante o jogo! Rui Patrício tocou na bola pela primeira vez, se não estou em erro, à passagem da hora de jogo!

Ofensivamente o Sporting esteve sempre muito perto do segundo golo, numa altura em que se assistiam a momentos de muito bom futebol e emoção junto da área do Vaslui, essencialmente com dois artistas a comandar o leme: Matías Fernández e Diego Capel, os dois melhores jogadores em campo!

O chileno marcou um livre directo que proporcionou uma defesa de enorme grau de dificuldade a Cerniauskas aos 50’, e o espanhol teve uma grande arrancada em que percorreu praticamente todo o meio-campo dos forasteiros na diagonal e colocou a bola em Carrillo, que isolou Matías para fazer o 2-0, golo que sentenciou o jogo, estavam decorridos 70 minutos.

A partir daí, com grande categoria apesar da pouca oposição, o Sporting foi trocando tranquilamente a bola no meio-campo adversário, e aqui (embora em contextos um pouco diferentes) notou-se a evolução da equipa em relação aos jogos que fez por exemplo frente ao Zurique e Rio Ave. Em ambos os casos o Sporting começou a ganhar por 2-0 (aí conseguiu obter essa vantagem bem mais cedo, diga-se de passagem) mas não conseguiu ter qualidade para conseguir para efectuar a gestão da vantagem, ao ponto de ter apanhado vários sustos na Suiça (embora não sofresse golos) e de em Vila do Conde ter permitido o empate (ainda que tivesse ganho 3-2). Se as vitórias vão continuando, se se nota que os últimos jogos foram talvez os mais difíceis de desbloquear e em que a equipa marcou menos golos nesta série vitoriosa, a verdade é que é evidente a maturação na abordagem aos mais diversos momentos do jogo, nos quais se inclui a gestão de uma vantagem.

Até ao fim do jogo, os leões foram dominadores e entre algumas oportunidades para fazer o 3-0 destaca-se um remate violentíssimo de Schaars que deixou a baliza do Vaslui a abanar.

Com esta vitória, e tendo em conta que a Lazio e o Zurique empataram, o Sporting garantiu a presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa. Resta agora tentar assegurar também o 1º lugar no grupo para evitar adversários vindos da Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, creio que o Vaslui defensivamente portou-se bem até à expulsão de Wesley e ao golo de Evaldo, no entanto, foi muito pouco ambiciosa no ataque, acabando o jogo com nenhum remate efectuado e pouquíssimo volume de jogo ofensivo.
A nível individual, só posso destacar o seu guarda-redes, Cerniauskas, que mostrou segurança, agilidade e bons reflexos, remou contra a maré e evitou males maiores, que é como quem diz, a goleada.

Quanto ao Sporting, sem cinco habituais titulares e sem grandes oportunidades de golo até ao 1-0, revelou sempre maturidade, não vacilando nem desesperando quando não conseguia criar perigo, circulando sempre muito bem a bola, gerindo bem a vantagem, não cometendo muitos erros e por isso, para mim, foi segunda exibição mais consistente esta temporada, logo a seguir ao desafio frente ao Vitória de Setúbal.
Quanto ao desempenho dos jogadores, Rui Patrício foi um espectador, Carriço e Polga não foram chamados a intervir muitas vezes mas quando foram estiveram bem, João Pereira entendeu-se bem com Pereirinha, que por sua vez para um extremo acrescentou muito pouco mas foi sempre certinho. Evaldo fez um bom jogo, defensivamente não teve grande trabalho e conseguiu estar a um nível perto de Insúa no que concerne ao apoio prestado a Capel.
Rinaudo esteve ao seu nível e é impressionante como o volume ofensivo das equipas adversárias com ele em campo é muito menor, Schaars esteve bem mas falhou nas oportunidades de golo que teve, Matías fez uma grande exibição, foi o melhor em campo e mostrou que tem qualidade para jogar mais tempo, mesmo com Elias disponível.
Capel esteve mais uma vez brilhante, embora eu creio que está a começar a sentir alguma responsabilidade devido ao que os adeptos do Sporting têm visto e esperam dele, e por isso muitas vezes quer decidir sozinho. Wolfswinkel não marcou, mas também não teve muitas oportunidades, e como se sabe, não é um jogador que de outra forma dê muito nas vistas, embora tenha sido útil. Carrillo entrou bem no jogo, Bojinov precisa de marcar para ganhar confiança e André Martins, apesar do pouco tempo em campo, esteve bem na gestão da vantagem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Liga dos Campeões | Basileia 0-2 Benfica



O Benfica foi esta noite à Suiça vencer o Basileia por 2-0, num jogo a contar para a Fase de Grupos da Liga dos Campeões.


Eis a constituição das equipas:

Basileia



É o primeiro jogo que vejo destes suíços esta temporada, por isso, pouco ou nada sabia de como funcionavam, ainda assim, os desempenhos na Liga dos Campeões estavam a ser bastante surpreendidos, com o Basileia a assumir o primeiro lugar no grupo, após vitória por 2-1 ao Otelul Galati e o empate em Old Trafford por 3-3. Esta formação o ano passado venceu o campeonato do seu país e este ano ocupa a 4ª posição, estando a quatro pontos do primeiro classificado. A estrela da companhia é Alexander Frei, ponta-de-lança helvético de 32 anos, já com alguns créditos no futebol europeu, que é o melhor marcador da equipa, tanto na Liga Suiça como na Liga dos Campeões.
Ao que parece, também mudaram de treinador nos últimos dias, o que pode ser um indicador positivo e quererem mostrar trabalho neste jogo ao novo técnico, ou então vão acusar negativamente a mudança.


Benfica



A grande surpresa neste Benfica vai para a titularidade de Rodrigo, em detrimento de Cardozo ou mesmo Saviola. Este pode ser um indicador de que os encarnados vão explorar o contra-ataque e por isso incluíram no onze um jogador mais móvel em detrimento de um mais posicional. Ainda assim, foi surpreendente essa escolha ter recaído no espanhol e não em Saviola por exemplo, que tem mais rotinas como titular.
A eterna dúvida Bruno César/Nolito desta vez recaiu sobre o brasileiro, no entanto, já se sabe, geralmente é quem começa o jogo do banco que acaba por entrar e a melhorar o desempenho da equipa em campo.


O jogo começou bastante equilibrado e com duas equipas muito ambiciosas, com o Benfica a povoar o meio-campo contrário e a chegar junto à baliza adversária sobretudo através de tabelinhas.
O Basileia também quis assumir o jogo e nos primeiros 20 minutos conseguiu criar alguns desequilíbrios e rematar à baliza, no entanto, sem grandes consequências.
Quando os encarnados deram pelo volume de jogo dos helvéticos tentaram pausar mais o jogo, fazendo a bola circular com segurança e lá na frente tentar criar perigo através de tabelinhas e passes rápidos, e foi assim que conseguiram chegar ao golo, aos 20’, após um passe de Gaitán em que Rodrigo leu bem o jogo e saltou sobre a bola permitindo que esta sobrasse para Bruno César que sem grandes dificuldades fez o 1-0.

Com um resultado que lhe convinha, o Benfica foi controlando o jogo com trocas de bola seguras e na qual a mobilidade de Rodrigo foi bastante útil, recuperando a bola em zonas mais atrás do que as que normalmente um ponta-de-lança povoa, participando na troca de passes da equipa e sobretudo arrastando consigo os defesas de forma a deixar um outro jogador livre para receber o esférico.

O Basileia não estava a conseguir ter bola para dar a volta ao assunto, esteve sempre a correr atrás dela e a desgastar-se até que nos últimos minutos da primeira parte conseguiu novamente criar desequilíbrios e fez dois remates muito perigosos, mas que acabaram com duas grandes defesas de Artur como resposta.

Bom jogo de futebol nesta primeira parte, especialmente nos primeiros 20 minutos e nos 10 últimos, em que as duas equipas criaram oportunidades de golo. As equipas tacticamente estavam a fazer um bom jogo, mas devido à qualidade técnica dos jogadores, especialmente os do Benfica, conseguiram criar alguns desequilíbrios que resultaram em bons momentos.


Na segunda parte, o Basileia foi sempre inconsequente, fruto também do controlo de jogo que o Benfica impôs. O ritmo do jogo baixou mas era isso que convinha aos encarnados, que apesar de não terem sido intensos ofensivamente, foram brilhantes em termos tácticos, reduzindo os espaços, mantendo a posse de bola com segurança e basicamente, tornando os suíços totalmente impotentes.

Até aos 75’, Cardozo de livre directo fez o 2-0, mas até aí, mesmo com a vantagem mínima, o Benfica dominava de tal modo as operações que nem os próprios helvéticos mostraram que acreditavam na reviravolta, dada a inconsequência das suas acções ofensivamente, ainda que tenham feito alguns remates com relativo perigo.

Depois, o resto foi para cumprir o tempo de jogo regulamento, com as equipas perfeitamente com a noção de que o jogo iria acabar assim, com a equipa lisboeta a mostrar total segurança e os suíços a estarem conformados com o resultado.

Com esta vitória, o Benfica soma 7 pontos e tornou-se no líder isolado do seu grupo, estando apenas a uma vitória de distância de assegurar a presença nos Oitavos-de-final.
No outro jogo deste conjunto de equipas, o Manchester United foi à Roménia vencer por 2-0.


Analisando as equipas, posso começar já pela de arbitragem, e como eu só falo desta quando quero tecer algumas criticas, devo dizer que não gostei da excessiva rigorosidade de Viktor Kassai, já que o árbitro húngaro apitava em demasia, lances que em Inglaterra são geralmente considerados como “limpos”.


O Basileia mostrou que tem uma equipa razoável, foi impotente é verdade, mas tem algumas unidades de muito valor e ainda bastante jovens que eu desconhecia, como os extremos Fabian Frei e Shaqiri. O guarda-redes também pareceu ser de bom nível, e embora não tivessem feito o que lhes realmente competia, Alexander Frei e Streller mostraram que têm categoria.

Quanto ao Benfica, devo dizer que a equipa foi fantástica! Não foi aquele jogo de grandes rasgos individuais, no entanto, cumpriram todos com o máximo rigor o que lhes foi pedido tacticamente nos mais diversos momentos do jogo.
Artur esteve espectacular, os centrais foram óptimos, Maxi esteve a bom nível também e Emerson só falhou mesmo numa jogada no final da primeira parte que originou um contra-ataque do Basileia que se poderia ter revelado fatal.
Javi Garcia esteve ao seu nível, Witsel ocupou bem os espaços e ajudou nas trocas de bola que foram pautando o ritmo do jogo, Gaitán foi talvez quem sobressaiu mais individualmente porque foi quem mais vezes trouxe o jogo para próximo da baliza adversária, Bruno César marcou e parece ter ganho créditos para no futuro ser titular mais vezes, e Rodrigo mostrou uma utilidade extrema como avançado mais móvel, por motivos que já adiantei mais acima.
Nolito refrescou a equipa que já sabe que não pode contar para Aimar durante os 90 minutos e Cardozo entrou para marcar, basicamente não fez mais que isso.
Ainda assim, apesar da tranquila vitória, surgiram alguns problemas. Maxi Pereira e Gaitán saíram tocados, Emerson viu o cartão vermelho (e na Liga dos Campeões já se sabe que não há Capdevila) e Jorge Jesus foi expulso do banco, falhando com certeza a recepção ao Basileia e talvez o jogo em Old Trafford.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Taça de Portugal | Famalicão 0-2 Sporting



O Sporting foi esta noite ao Minho vencer o Famalicão por 2-0, num jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.


Eis a constituição das equipas:

Famalicão



Deste Famalicão, tal como o Pêro Pinheiro e o Portimonense, nos jogos de FC Porto e Benfica, em termos de equipa este ano só conheço mesmo a estatística. É um clube que subiu este ano à II Divisão e que ocupa uma posição a meio da tabela da Zona Norte. Na Taça de Portugal, esta temporada já eliminou duas equipas madeirenses, o Cruzado Canicense (III) por 3-0 em Famalicão, e na última ronda foi ao Funchal conseguir o apuramento frente à União da Madeira, levando o clube da Orangina às grandes penalidades, vencendo-o por 7-6.


Sporting



O Sporting mexeu muito na equipa face àquele que costuma ser o seu onze inicial. Marcelo Boeck ocupa o lugar que costuma ser de Rui Patrício, Daniel Carriço entra para o eixo da defesa, Evaldo joga no lado esquerdo da defesa e Insúa joga a extremo no mesmo flanco, André Santos substitui o castigado Rinaudo e Matías entra para o lugar de Elias no meio-campo. João Pereira, Onyewu, Schaars e Wolfswinkel são os habituais titulares que mantém o lugar no onze e na sua posição natural.
Esperava-se uma dinâmica diferente na equipa, porque o flanco direito parece bem mais funcional que o esquerdo, ao invés do equilíbrio de volume ofensivo pelos dois lados que temos assistido nos últimos jogos do leão.


Como se esperava a dinâmica dos leões não foi a mesma, houve menos soluções ofensivas do que costume e os jogadores em campo não estavam entrosados o suficiente para se complementarem uns aos outros e serem capazes de conseguir criar uma vantagem.
Capel não teve muita bola, Wolfswinkel teve pouco apoio, os flancos não estavam tão activos como João Pereira/Carrillo e Insúa/Capel nos têm habituado.
No entanto, é preciso dar mérito ao Famalicão que se fechou bem, embora ofensivamente fosse inconsequente.

Ainda assim, o Sporting criou algumas ocasiões de golo eminente. Aos 6’ por exemplo, Insúa cruza para a cabeça de Schaars, permitindo a Rui Forte uma excelente defesa, tanto ao cabeceamento como à recarga de Wolfswinkel.
Aos 17’, um remate violentíssimo de André Santos acertou na trave e já perto da meia hora, João Pereira surge isolado na direita, consegue desviar a bola subtilmente do guarda-redes, no entanto, sobre a linha de golo um defesa do Famalicão consegue evitar o 0-1.

De resto, até ao intervalo, pouco mais, era preciso que o Sporting procure desgastar os jogadores famalicenses fisicamente e continuar a procurar o golo, porque os níveis de concentração dos minhotos, também devido ao cansaço, não estarão sempre tão altos.


Na segunda parte, creio que por motivos físicos, Onyewu e Carriço foram substituídos ao intervalo, e para os seus lugares entraram Pereirinha e Rodríguez. Com as alterações, Rodríguez e Evaldo passaram a formar a dupla de centrais, Insúa recuou para lateral, Capel foi para o flanco esquerdo e Pereirinha para o direito.

Ainda assim, após o interregno foi o Famalicão a estar primeiro junto da baliza adversária, fazendo dois remates que com maior ou menor dificuldade Marcelo Boeck lá defendeu.

O Sporting retomou o controlo do jogo, especialmente por Capel no lado esquerdo, sendo que nesta fase não havia variação de flancos, era a aposta máxima na capacidade de gerar desequilíbrios do espanhol, e foi nesta fase que os leões chegaram aos golos, primeiro na conversão de uma grande penalidade por Wolfswinkel, aos 60’, após Matías ter sido derrubado na área.

Se o mais difícil já estava feito, logo após o golo a tarefa da equipa de Lisboa ainda ficou mais facilitada quando Jorginho foi expulso e o Famalicão passou a jogar com dez.

Poucos minutos depois, numa rara jogada do Sporting pela direita, Pereirinha num excelente cruzamento coloca a bola milimetricamente na cabeça de Wolfswinkel que fez assim o 2-0.

A partir daí, os jogadores de ambas as equipas sentiram que o jogo já estava decidido e conformaram-se com o resultado, ainda que os homens de Famalicão tenham tentado a todo o custo marcar um golo aos leões, mas sem resultados práticos.

Antes do final do jogo, o árbitro Artur Soares Dias anulou e bem um golo ao Sporting por falta de Matías sobre o guarda-redes Rui Forte, e mais um jogador dos minhotos foi expulso, desta feita Talocha. De resto, o resultado não sofreu alterações.


Analisando as equipas, começo por me referir à de arbitragem. Quem acompanha as minhas análises sabe que não gosto muito criticar os árbitros, até porque aceito os seus erros, aqueles que acontecem por ilusão de óptica e pelos lances serem rápidos demais, mas quando um árbitro tem um critério que não beneficia o jogo, aí tenho de escrever algo. Foram muitas as vezes que Artur Soares Dias apitou quando podia dar a lei da vantagem e os cartões amarelos dados desnecessariamente, e isso condiciona qualquer jogo, é isso que não gosto, é isso que critico e é isso que é preciso corrigir na arbitragem em Portugal.

Quanto às equipas, este Famalicão mostrou alguns argumentos, tanto defensivos como ofensivos. Ontem vi o jogo do Portimonense frente ao Benfica e arrisco-me a dizer que se não soubesse em que escalões jogavam ambos os clubes, provavelmente até diria que jogavam no mesmo o que os famalicenses jogavam num superior.
Defensivamente não estiveram piores que os de Portimão, mantiveram sempre a concentração e nesse aspecto fizeram um jogo que roçou a perfeição até ao 0-1.
No ataque, no inicio da primeira parte sobretudo, quando o jogo ainda estava 0-0, criaram algum perigo para a baliza leonina e estiveram perto de marcar, e mesmo quando o jogo já estava 0-2, tentaram e estiveram perto de fazer o tento de erro.
Individualmente, é sempre injusto mencionar alguém porque há sempre muitos jogadores que correram quilómetros e quilómetros atrás da bola, reduziram espaços, mas que não deram nas vistas como o guarda-redes Rui Forte que fez excelentes defesas, e Gomis e André Claro, dois jogadores de ataque que participaram nas principais oportunidades de golo. Também Flávio Igor mostrou bons pormenores.

Quanto ao Sporting, esta equipa apresentou alguma falta de soluções ofensivas, com o flanco direito a ser pouco explorado, com uma exagerada e previsível utilização do lado direito. Isso mudou um pouco com Pereirinha, mas ainda assim, o português não oferece a dinâmica que um Jeffren ou um Carrillo podem oferecer. O entrosamento entre os jogadores que jogaram hoje também não foi o melhor.
Marcelo Boeck esteve sempre seguro e correspondeu muito bem quando foi chamado, mostrou ser uma alternativa muito boa a Rui Patrício, o português que se cuide!
Na defesa, sobretudo na primeira parte, não há nada a apontar, apenas preocupação pelas saídas prematuras dos centrais que iniciaram o jogo, Evaldo não esteve mal tanto como lateral ou central, Rodríguez mostrou algum cansaço (segundo Domingos, quase fez uma directa para poder estar neste jogo) e João Pereira esteve ao seu nível, ainda que não tenha tido Carrillo do seu lado para ter o brilhantismo das últimas partidas. André Santos cumpriu, Matías esteve muito bem, Schaars foi mais discreto que nos últimos jogos mas não há nada a apontar-lhe.
Capel foi o melhor em campo, o mais mexido, o que criou desequilíbrios, Insúa esteve bem embora pense que como lateral rende mais, até porque penso que o seu forte é a criar situações vindo de atrás, Pereirinha esteve bem, fazendo uma assistência, e claro, Wolfswinkel fez o que é pedido a um ponta-de-lança, que marca golos, que resolva jogos, e o holandês marcou dois no Minho esta noite.

Com esta vitória, o Sporting apura-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.

Taça de Portugal | Pêro Pinheiro 0-8 FC Porto



Esta tarde, o FC Porto foi à localidade de Pêro Pinheiro, em Sintra, bater a formação local por 8-0, em jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.


Eis a constituição das equipas:

Pêro Pinheiro



Sobre este clube mal tinha ouvido falar, e desta equipa então só conheço a estatística, e o seu guarda-redes, Marco Pinto, um jovem formado nas escolas de Sporting e Belenenses. De resto, esta equipa de Sintra o ano passado foi 1ª classificada na 1ª Divisão da AF Lisboa, conseguindo a promoção aos escalões nacionais, onde este ano ainda não perdeu na Serie E da III Divisão, fruto de duas vitórias e três empates, ocupando a 4ª posição e tendo um dos melhores ataques (12 golos marcados). Na Taça de Portugal, foi a Leça da Palmeira vencer a formação local por 2-0.


FC Porto



Tal como o Benfica, ontem, o FC Porto também apostou na rotatividade frente a um adversário teoricamente muito inferior.
Os únicos jogadores que ainda jogam a titular algumas vezes são Sapunaru, Maicon, Souza, Belluschi e Defour. De resto, Bracali será o guarda-redes, Mangala vai jogar no eixo da defesa, Alex Sandro vai debutar nos dragões no lado esquerdo do sector defensivo, e no ataque o estreante Iturbe (a quem chamam de próximo Messi) e Djalma ocupam as alas, e Walter é o ponta-de-lança.


O Pêro Pinheiro começou o jogo muito motivado, mostrando algum atrevimento, ainda que sem efeitos práticos. Com o tempo foi recuando no terreno, sempre sem se expor muito e sem cometer muitos erros, reconhecendo as suas limitações e a superioridade do adversário, tanto que qualquer bola que aparecesse na sua zona defensiva era fortemente pontapeada para o meio-campo, não arriscando minimamente.

Já o FC Porto, não começou muito forte, esteve a primeira meia hora praticamente em velocidade de cruzeiro, criando apenas uma ocasião de golo quando aos 14’ Alex Sandro surge isolado na cara de Marco Pinto que consegue tapar a baliza e evitar o desbloqueamento do resultado.

No entanto, aos 29’, o Pêro Pinheiro, por intermédio de Rui Janota, perde a bola no meio-campo num momento em que a sua equipa estava em processo de transição ofensiva, e Defour recupera o esférico, e faz uma triangulação com Walter, que culmina em golo pelo belga, isoladíssimo.

O Pêro Pinheiro não mudou muito na estratégia, o empate estava só a um golo de distância, no entanto, o FC Porto percebeu que o mais difícil estava feito e acelerou. Dois minutos depois Belluschi tem uma jogada individual fantástica pela direita, e picou a bola na direcção da cabeça de Walter que fez o 2-0.

Ainda a Sport TV estava a acabar de mostrar a repetição do excelente lance de Belluschi, no campo, Iturbe que jogou na ala direita trouxe a bola para o meio, colocou a bola no desmarcado Djalma que com todo o espaço não foi egoísta e centrou rasteiro para Walter bisar.

Depois de três golos de rajada, o FC Porto descansou cinco minutos e voltou a marcar aos 40’, após mais uma jogada em que Iturbe trouxe a bola para o meio, na tentativa de a colocar em Belluschi, um defesa do Pêro Pinheiro corta-a mas esta sobra para Djalma que aparece isolado pela esquerda e com toda a calma fez o 4-0.

Nos minutos que se seguiram, com a formação de Sintra já conformada com a goleada, Walter tem três oportunidades para fazer o “hat-trick”, falhando as duas primeiras quase escandalosamente mas como à terceira é de vez, lá fez o 5-0 já no período de compensação da primeira parte, picando a bola sobre o guarda-redes Marco Pinto.

O FC Porto chegou ao intervalo com a passagem à próxima eliminatória já garantida, restava saber se na segunda parte iriam abrandar e gerir algum esforço ou se os jogadores iriam querer aproveitar as facilidades para brilhar e construir um resultado histórico.


Os azuis-e-brancos não entraram com muita intensidade na segunda parte, no entanto, voltou a marcar, aos 56’, após uma jogada em Walter aparece isolado, o seu remate foi defendido por Marco Pinto, no entanto, no ressalto a bola sobrou para Djalma que não vacilou: 6-0.

Cinco minutos depois, novo golo do Porto, desta vez por Varela, que entrou ao intervalo para o lugar de Iturbe (caiu muito mal no relvado com o braço esquerdo na primeira parte), ao aparecer isoladíssimo após um passe a rasgar (creio eu) de Defour, tirou o guarda-redes do Pêro Pinheiro do caminho e com a baliza escancarada fez o sétimo.

Até ao fim do jogo, houve várias oportunidades para os dragões aumentarem a vantagem, sobretudo através de Defour que enviou uma bola à trave. Até a própria equipa de Sintra já sem nada a perder, conseguiu atacar mais e estar próxima da baliza portista, conseguindo mesmo dois ou três cantos consecutivos em determinada fase do jogo.

No entanto, foi já no tempo de compensação que surgiu o último tento no jogo, após uma boa jogada individual de Cristian Rodriguez no lado direito, este assiste Walter que fez o 8-0.


Analisando as equipas, creio que o Pêro Pinheiro fez os possíveis, sobretudo enquanto o jogo esteve 0-0. Foi sempre uma formação que tentou jogar pela certa, tentando não cometer erros, no entanto, quando o fez pela primeira vez sofreu o 0-1 e a partir daí o Porto construiu a goleada, fruto da superioridade que tem.
Destaco duas unidades nesta equipa: Marco Pinto, que não teve culpa nos golos sofridos, fez algumas excelentes defesas e mostra que tem escola de guarda-redes, é jovem e ainda pode aparecer nos escalões profissionais. O outro é Rui Janota, que apesar de muito frágil fisicamente tem boa qualidade técnica e é outro que pode ambicionar outros voos. De resto, uma equipa tacticamente certinha sem jogadores que tecnicamente dêem muito nas vistas.

Quanto a este FC Porto de segunda linha, deu 30 minutos de avanço mas ainda assim quando acelerou, construiu rapidamente uma goleada, que só não chegou aos dois dígitos porque também é preciso gerir esforços e porque não valia a pena.
Bracali foi um espectador assíduo, tal como Kadu, jovem guarda-redes angolano de 16 anos que entrou na fase final do jogo para concretizar o seu sonho.
O melhor do sector defensivo foi Mangala que mostrou sempre muito empenho e concentração, de resto, Sapunaru e Maicon tiveram discretos e tranquilos, Alex Sandro esteve bem a atacar, no entanto, a defender cometeu muitas faltas, fruto da inadaptação ao futebol português.
Souza cumpriu, Defour e Belluschi envolveram-se bem nas jogadas ofensivas dos portistas e participaram em alguns dos golos, Iturbe mostrou qualidade mas falta-lhe ritmo, Djalma mostrou ser uma alternativa muito boa ao painel actual de extremos do plantel, e Walter, em grande nível, fez um “poker”. Já Rodríguez e Varela, não precisaram de fazer muito, mas ainda participaram nos últimos dois golos da equipa.


Com esta goleada, o FC Porto segue para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.

Taça de Portugal | Portimonense 0-2 Benfica



O Benfica foi ontem a Portimão derrotar o Portimonense por 2-0, num jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.


Eis a constituição das equipas:

Portimonense



Quando voltou à Orangina no inicio deste ano, chegou a haver a ameaça de acabar com o futebol profissional, no entanto, isso não se cumpriu mas notou-se um menor investimento, tanto que o clube de Portimão ocupa a última posição da II Liga Portuguesa, onde são igualmente a pior defesa (10 sofridos), embora no ataque até sejam das equipas que marquem mais golos (7 marcados), especialmente por intermédio de Simmy, Traoré e Rafa, um trio de jogadores de características ofensivas à disposição de João Bastos que leva dois golos cada.
Do Portimonense versão 2011/2012, é apenas isso que conheço, a estatística.


Benfica



O Benfica apresenta um onze inédito esta temporada, com Jorge Jesus a poupar alguns jogadores, especialmente aqueles que a meio da semana tiveram compromissos nas selecções.
Artur cedeu o seu lugar a Eduardo, Miguel Vítor e Capdevilla ocupam as laterais normalmente frequentadas por Maxi Pereira e Emerson, Matic e David Simão surgem no meio-campo onde costuma actuar Javi Garcia e Witsel, Bruno César e Nolito jogam em simultâneo em vez de Gaitán e um deles como geralmente acontece, e na frente de ataque, nem Aimar como “10” nem Cardozo como “9” nem Saviola, mas sim Rodrigo e Nélson Oliveira a formarem a dupla de pontas-de-lança.
Os encarnados apresentavam-se aqui com uma versão menos rodada, mas que com certeza iria manter competitividade.


O jogo começou muito fechado, com o Portimonense a fazer uma abordagem bastante defensiva ao jogo, apresentando apenas três jogadores de características ofensivas (Vitor Gonçalves e Rafa nas alas e Fabrício, médio-ofensivo de origem, a jogar no eixo do ataque) e três elementos no meio-campo que pouco ou nada sobem no terreno, fazendo uma primeira barreira perante o jogo do Benfica.

O Benfica durante toda a primeira parte esmagou completamente na posse de bola (cerca de 75%), mas em termos de jogo ofensivo organizado não teve muitas oportunidades para marcar, sendo de longe algumas das principais ocasiões de golo, especialmente por Capdevila aos 17’ na sequência de um livre indirecto a enviar a bola ao poste, e também por Matic, com um remate forte aos 27’ permitindo uma grande defesa a Goda.
Foi muito difícil ao Benfica conseguir furar por cerca de sete jogadores muito defensivos, ainda que desse a entender que se aumentasse a intensidade de jogo poderia conseguir expressar de uma forma mais evidente a superioridade sobre a turma algarvia.
Tal era a enorme posse de bola que os encarnados apresentavam e tal era a forma como estavam instalados no meio-campo que muitas vezes pareciam estar a jogar em 3-5-2, com Matic a jogar entre os centrais que abriam nesse momento, e Miguel Vítor e Capdevila a jogarem muito adiantados no terreno nos respectivos flancos.
No meio, David Simão fez, e até com alguma qualidade, a função que geralmente cabe a Aimar que é guiar o jogo ofensivo do Benfica pelo centro do terreno. Mostrou ter uma boa qualidade técnica e é daqueles jogadores que se jogar regularmente (não necessariamente no Benfica) pode vir a ter uma grande carreira.

Quanto ao Portimonense, foi apostando nas suas armas ofensivas, que são os seus extremos rapidíssimos, assim que o Benfica permitia situações de contra-ataque. Rafa então foi uma dor de cabeça para Miguel Vítor, do outro lado Vítor Gonçalves não foi tão incomodativo para Capdevila. No entanto, foi pelo seu homem do eixo do ataque que a equipa de Portimão criou a sua principal ocasião de golo, num remate fortíssimo de Fabrício (124 km/h) que foi desviado para canto por Eduardo aos 15’.


Para a segunda parte, esperava-se um Benfica que iria tentar aumentar a intensidade do seu jogo, e uma equipa do Portimonense, que aos poucos e poucos, se fosse aguentando o 0-0, ganhar alguma confiança e daí surtirem efeitos, positivos ou negativos.

A utilização dos jogadores menos rodados do Benfica estava a resultar em alguma falta de entrosamento e de qualidade, e ao intervalo Jesus começou por trocar Nélson Oliveira por Saviola, no entanto, após 10 minutos sem grandes oportunidades, o treinador das águas volta a mexer, desta vez colocando Witsel em campo para o lugar de David Simão.

Logo depois, na transformação de um livre directo na direita, Bruno César faz golo, estavam decorridos 58 minutos.

Com o golo sofrido, o Portimonense teve de mexer na equipa e subir no terreno, e o seu treinador rapidamente colocou Simmy e Traoré em campo, dois jogadores de características ofensivas, no entanto, ao abrir o jogo contra uma equipa com o Benfica, já se sabe que arrisca-se a sofrer, e foi isso que os encarnados fizeram por intermédio de Rodrigo, aos 72’, após um excelente passe de Bruno César.

A partir daí, o jogo foi muito tranquilo, o Benfica já tinha praticamente o jogo ganho, e os minutos que se seguiram foi apenas para passar tempo, ainda que tenham havido algumas oportunidades de golo, as equipas estavam conformadas com o resultado, os encarnados porque tinham a sua vantagem assegurada e o Portimonense porque não tinha grandes argumentos para recuperar.


Analisando as equipas, o Portimonense não foi muito inferior a outras equipas da 1ª Divisão que jogam contra os grandes. Mostrou solidez a defender sobretudo na 1ª parte, no entanto, ofensivamente criou poucas ocasiões.
Tem alguns jogadores que mereciam talvez jogar no primeiro escalão, como o caso do capitão Ricardo Pessoa, e alguns jovens que podem chegar lá como Rafa, Wakaso ou Vítor Gonçalves, sendo que o primeiro é o que provavelmente chegará aos grandes palcos mais cedo, já que está emprestado pelo Vitória de Guimarães.

Quanto ao Benfica, a segunda linha não tremeu mas também não teve assim tantos argumentos para desbloquear o empate.
Eduardo praticamente foi um espectador, Luisão e Garay foram sólidos, Miguel Vítor revelou algumas fragilidades porque foi por aí que o Portimonense mais atacou e Capdevila mostrou argumentos para disputar a titularidade com Emerson.
Matic esteve ao seu nível, David Simão é um jogador corajoso e que tem qualidade mas precisa de jogar com mais regularidade, Nolito esteve algo apagado e amuou quando lhe foi atribuído o cartão amarelo. Bruno César foi a figura do jogo, tendo feito um golo e uma grande assistência. Nélson Oliveira precisa de ritmo de jogo e Rodrigo ganhou certamente confiança com o golo apontado, um golo só para alguém com dotes de goleador. Saviola mexeu com o jogo, e de resto, quando Witsel entrou, foi numa fase do jogo que o Benfica colocou-se em vantagem e que de uma forma tranquila foi gerindo a vantagem, mesmo não apresentando a tal nota artística a que Jorge Jesus gosta de se referir.


Com esta vitória, o Benfica apura-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Qualificação EURO 2012 | Dinamarca 2-1 Portugal



Portugal, esta noite, viveu uma das noites de maior desilusão nos últimos anos ao perder por 2-1 em Copenhaga frente à Dinamarca, hipotecando as hipóteses de se qualificar directamente para o EURO 2012.


Eis a constituição das equipas:

Dinamarca



Da Dinamarca como equipa pouco conheço, mas sei, como é óbvio, da qualidade dos seus jogadores. Sorensen (Stoke City), por exemplo, é um conhecido e experiente guarda-redes com algum nome em Inglaterra onde fez grande parte da sua carreira. Eriksen (Ajax) é um jovem de 19 anos que já é uma das figuras do seu clube e da sua selecção, e que poderá dar que falar. Bendtner (Sunderland por empréstimo do Arsenal) é um avançado muito talentoso e de um porte físico intimidador que durante este defeso foi diversas vezes apontado como potencial reforço dos três grandes de Portugal. Rommedahl (Brondby) como se sabe é um avançado muito experiente (33 anos) que ao longo da sua carreira tem jogado em alguns clubes importantes como o PSV, Ajax e Olympiakos, e parece estar de pé quente, pois marcou dois dos quatro golos da Dinamarca em Chipre. De resto, há outros jogadores com menos nome mas que jogam ou já jogaram recentemente em alguns dos principais campeonatos europeus, em clubes que habitualmente ocupam as posições do meio da tabela para cima.


Portugal



Paulo Bento não mexe no onze titular que derrotou a Islândia. Sílvio recuperou da sua lesão, no entanto, a exibição de Eliseu na passada sexta-feira foi convincente para manter o lugar.
De resto, sem novidades, mantendo o sistema de jogo que o seleccionador tem imposto desde que chegou ao comando da equipa AA de Portugal e que de facto melhor se adequa às características dos melhores jogadores do país.


A selecção portuguesa entrou algo apática no jogo, com pouca ambição, e como se isso não bastasse, os dinamarqueses entraram muito fortes, e acabaram por marcar logo aos 4’, mas o golo foi anulado. Após um livre na direita, Rommedahl parece estar em fora de jogo e desvia a bola para Rui Patrício que não consegue agarrar a bola, até por acção de um jogador dinamarquês que a empurra com o joelho para a baliza. Não se percebeu ao certo se o lance foi invalidado por fora-de-jogo ou por falta, mas a verdade é que não contou. Apesar de ser português, há que admitir que a decisão do árbitro deixou muitas dúvidas, não só a mim, como ao próprio que numa primeira instância tinha validado o golo e sem qualquer indicação dos seus assistentes voltou com a palavra atrás e anulou-o.

A Dinamarca continuou por cima e acabou mesmo por marcar a contar aos 13’, por Krohn-Dehli, que após um lance individual em que fez uma diagonal da esquerda para o meio, viu o seu remate tabelar em Rolando em entrar caprichosamente na baliza de Rui Patrício que pouco pôde fazer.

Como se não bastasse, da Suécia surgiu más noticias. A selecção escandinava estava a vencer a Holanda e isso significava que Portugal perdendo já não se poderia qualificar como melhor segundo classificado.

Entretanto, a equipa das quinas foi assentando o seu jogo, foi aumentando a posse de bola e circulando-a mais vezes no meio-campo adversário, e embora com tentativas inconsequentes, os portugueses foram-se aproximando mais da baliza de Sorensen e foram crescendo no jogo, chegando ao intervalo dando a ideia que na segunda parte as coisas poderiam mudar. Da Suécia surgiu novas noticias, a Holanda tinha empatado e Portugal se os jogos terminassem assim, estava qualificado para o EURO 2012.


A segunda parte começou novamente com a Dinamarca ao ataque e de Estocolmo surgiram novas noticias: a Holanda fez 2-1, mas rapidamente a Suécia conseguiu dar a volta aos acontecimentos e colocar o resultado em 3-2.

Portugal, sempre esforçado mais sem criar situações de golo, não conseguia empatar o jogo nem ter oportunidades que permitissem aos jogadores pensar que o tento haveria de chegar, e acabou mesmo por sofrer o segundo golo, num lance de contra-ataque em que Rommedahl do lado direito ultrapassa Eliseu em velocidade e assiste Bendtner que à boca da baliza marcou. Estavam decorridos 63 minutos.

Nesta altura, Paulo Bento tirou Eliseu e Carlos Martins (que já se sabe que só dura cerca de 60/70 minutos por jogo) e colocou Miguel Veloso e Quaresma. Com esta alteração, o seleccionar deveria estar a pensar que o jogador do Génova poderia ser útil na marcação de bolas paradas (um lance que apesar da desinspiração colectiva de uma equipa pode desbloquear um resultado negativo) e com a entrada do extremo do Besiktas, procurou continuar a ter jogadores criativos nas alas, mas ao mesmo tempo aproveitar a capacidade de finalização de Cristiano Ronaldo, que se mudou para o centro do ataque.
Mas as coisas saíram completamente ao contrário, Quaresma foi sempre esforçado mas inconsequente e Ronaldo que apesar da dedicação (não esquecer que estava a jogar condicionado por uma lesão) continuava sem brilho e até desapareceu definitivamente do jogo colectivo da equipa.
Por esta altura, tanto eu como os comentadores da RTP, acreditavam que se Portugal se apurasse esta noite para o EURO 2012, mais depressa seria por um resultado em Estocolmo que não desse os três pontos à Suécia do que propriamente por uma reviravolta nos acontecimentos em Copenhaga.

Nos últimos 15 minutos, na sequência de dois cantos, Rolando (de cabeça) e Meireles (de pé esquerdo) em remates completamente desajeitados atiraram para fora, e praticamente esses foram os pontos de exclamação que acabaram por sentenciar a partida.

A partir daí, a Dinamarca até esteve mais próxima do 3-0, e se não o fez, os portugueses bem podem agradecer ao controverso Rui Patrício, que com três grandes defesas evitou golos de Bendtner, Rommedahl e Simon Poulsen.

Quando já ninguém acreditava e o jogo na Suécia já tinha acabado com vitória para a selecção local por 3-2, Cristiano Ronaldo de livre directo fez o 1-2 aos 90+2’.
Faltavam dois minutos de compensação para jogar mas já era tarde, Portugal falhou a qualificação directa e vai precisar de um “Play-Off” para poder (ou não) qualificar-se para a maior competição entre selecções nacionais europeias.


Analisando as equipas, creio que ganhou a que mostrou mais organização, garra e força de vontade, embora como é visível, a que tinha menos atributos técnicos.
Penso que todos os jogadores da Dinamarca estiveram em grande nível, Sorensen esteve sempre seguro, na defesa Kjaer fez uma grande exibição, mostrando ser feito de betão, e o resto do sector também esteve muito bem, não deixando Portugal criar grandes ocasiões para marcar.
Os centro-campistas anularam bem o jogo dos portugueses pelo meio, os extremos, especialmente Krohn-Dehli, estiveram sempre muito irrequietos, tal como Rommedahl que jogou ao lado de um mais posicional Bendtner, que cumpriu a sua missão, que é como quem diz: marcar, resolver jogos. Dos que entraram, destaco uma excelente jogada individual do esquerdino Simon Poulsen que proporcionou uma grande defesa a Patrício na fase final do jogo.

Já a equipa das quinas, colectivamente desiludiu, naquele que foi muito provavelmente o pior jogo e o mais desolador da “Era Paulo Bento”.
Rui Patrício não esteve muito bem na fotografia naquele golo anulado aos dinamarqueses, mas de resto esteve em bom nível. De resto, Rolando mostrou má leitura de jogo e falta de talento para atacar os lances, tanto defensiva como ofensivamente. Bruno Alves também ficou mal na fotografia em algumas jogadas, tal como João Pereira e Eliseu, os responsáveis pelas aberturas de espaço a Krohn-Dehli e a Rommedahl nos golos dinamarqueses.
Meireles esteve algo apagado, Moutinho mostrou-se esforçado mas pouco mais poderia fazer, Carlos Martins lutou mas já se sabe que não é jogador para 90 minutos, Nani, Ronaldo e Quaresma apesar da vontade, foram inconsequentes e estiveram ofuscados.
Já Postiga, alguém deu por ele? Que péssima exibição! Creio que Nuno Gomes mexeu-se mais e procurou ajudar mais a equipa no pouquíssimo tempo que esteve em campo.


Enfim, nada está perdido, creio que este foi apenas um acidente no percurso para já incontestável da selecção desde que Paulo Bento assumiu o cargo de seleccionador, e que isso irá ser demonstrado no “Play-Off”, se o sorteio, obviamente, também ajudar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

WSW na Quinta do Conde (09-10-2011) - Análise e Reportagem



No último domingo (09 de Outubro) desloquei-me à localidade da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, para assistir a um espectáculo da World Stars of Wrestling (WSW).

Desta vez o espectáculo só começou com 20 minutos de atraso (estava previsto começar às 16:30) e como cheguei mais cedo decidi tirar umas fotografias a mais gravuras expostas nos camiões de apoio ao espectáculo. Vejam só as imagens que podem ter levado as pessoas a interessar-se pelo evento…....

domingo, 9 de outubro de 2011

WSW na Quinta do Conde (08-10-2011) - Análise e Reportagem



No último sábado (08 de Outubro) desloquei-me à localidade da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, para assistir a um espectáculo da World Stars of Wrestling (WSW).

O evento estava programado começar às 21:00 mas só começou perto das 22:00, o que me deu tempo suficiente para ver e fotografar as imagens gravadas no edifício da bilheteira e nos carros de apoio ao evento.......

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Qualificação EURO 2012 | Portugal 5-3 Islândia



Portugal venceu esta noite a Islândia por 5-3 no Estádio do Dragão, no Porto, e deu um passo de gigante para confirmar a sua presença no EURO 2012.


Eis a constituição das equipas:

Portugal



Portugal, como se sabe, teve de preparar este jogo com algumas baixas, sobretudo na defesa onde Pepe, Fábio Coentrão e Sílvio se encontram lesionados, Ricardo Carvalho está suspenso dos jogos da selecção e Bosingwa continua (inexplicavelmente) a não ser chamado.
Para os seus lugares, e completando o quarteto defensivo como João Pereira, entram Bruno Alves, Rolando e Eliseu.
De resto, mantém-se o onze que tem jogado a titular nos últimos jogos oficiais, ainda que alguns suplentes importantes como Danny e Hugo Almeida fossem também baixas devido a lesão.


Islândia



A selecção da Islândia, da qual conheço muito pouco, já se sabia que não podia contar com Gudjohnsen, o seu jogador mais popular, ex-atleta de Chelsea e Barcelona, entre outros.
Para além dele, também jogadores importantes como Helguson (Queen Park Rangers) e Sightórsson (Ajax) estarão ausentes desta partida devido a lesão.


Portugal não entrou tão forte como se esperava, talvez com demasiada confiança, com a ideia de que mais cedo ou mais tarde haveria de marcar e abrir caminho para a vitória, e até foram os islandeses os primeiros a criar perigo, na sequência de um lançamento lateral Solvi Jonsson cabeceou para uma defesa fantástica de Rui Patrício.

A equipa das quinas aprendeu com o erro e foi subindo no terreno, e mesmo sem a justificar, chegou à vantagem. Canto de Moutinho na esquerda batido de uma forma curta para Eliseu que colocou a bola na cabeça de Nani, que desta forma fez golo aos 13’.

O mais difícil já estava feito, e a partir daí Portugal tornou-se completamente dominador e controlador das operações do jogo, assim como assumiu uma postura mais pressionante e intensa, e foi até mesmo devido a essa maior pressão que chegou pouco depois ao 2-0, após um mau atraso de Solvi Jonsson para o seu guarda-redes, Nani interceptou a bola e praticamente na marca de grande penalidade atirou para a baliza com relativa facilidade. Estavam decorridos 21 minutos.

Depois do segundo golo, um senhor chamado Cristiano Ronaldo (que estava muito apagado) decidiu aparecer no jogo e não ficar atrás do seu antigo colega dos tempos do Manchester United e tentou por algumas vezes o golo. Os jogadores do meio-campo, sobretudo Carlos Martins, foram também aparecendo mais no jogo, numa altura em que a Islândia parecia já estar conformada com a derrota.

Mas apesar da insistência do astro do Real Madrid e do maior protagonismo dos centro-campistas, foi Hélder Postiga a conseguir marcar, após um cruzamento de Bruno Alves na direita na sequência de um pontapé de canto, o avançado do Saragoça consegue desviar a bola que caprichosamente acabou por entrar na baliza islandesa.

Pelo meio, um grande susto para os portugueses, não por um remate perigoso da Islândia, mas sim devido a um choque entre o joelho de Rui Patrício e a cabeça de Rolando, fazendo este segundo ficar combalido, e penso que perder os sentidos. No entanto, o central do FC Porto regressou à partida com normalidade.


Na segunda parte, o objectivo era gerir o esforço e a vantagem, tendo em vista o compromisso de terça-feira na Dinamarca.

Portugal até entrou bem no recomeço, com um remate poderoso de Ronaldo após uma diagonal a embater na trave.

No entanto, minutos depois, foi a Islândia quem marcou, através de Jonasson que à boca da baliza desviou um cabeceamento de Solvi Jonsson.

Se o golo dos nórdicos foi encarado com alguma naturalidade porque de certa forma era justo e porque o ritmo do jogo estava pouco intenso, e ainda eram dois golos de vantagem e Portugal continuava a criar situações de perigo, aos 67’ surge os islandeses fizeram o segundo, novamente após assistência de Solvi Jonsson para Jonasson que de forma habilidosa fez o 3-2. Fiquei com algumas dúvidas se não houve pé em riste sobre Moutinho, mas aceita-se a decisão do árbitro.

Apesar da vantagem curtíssima, a equipa das quinas não tremeu e não apanhou grandes sustos, e marcou até mais dois golos com alguma naturalidade, primeiro por João Moutinho, num remate à entrada da área após uma assistência de Eliseu pela esquerda.
A falar no lateral do Málaga, foi ele que marcou o 5-2! Após recuperar a bola no seu flanco rematou em jeito de pé direito e fez um golo de belo efeito, estavam decorridos 87 minutos.

A vitória já estava garantida, no entanto, os islandeses ainda marcaram mais um, na marcação de uma grande penalidade, por Gylfi Sigurdsson, aos 90+3’.

Esta vitória coloca a selecção portuguesa com um pé na fase final do EURO 2012, ficando à distância apenas de um empate na Dinamarca, ou então, de uma derrota caso Suécia, Croácia e Grécia não acabem no seu grupo em 2º com mais pontos que Portugal. Mas há condições para vencer na Escandinávia claramente!


Analisando as equipas, creio que Portugal não entrou no jogo como lhe competia, nunca teve uma mudança alta engrenada, no entanto, marcou cinco golos, criou oportunidades para fazer mais e acabou por cumprir o objectivo.
Rui Patrício não tremeu e até fez boas defesas, João Pereira passou despercebido, Rolando falhou nos dois primeiros golos da Islândia mas foi muitas vezes decisivo pela positiva, Bruno Alves esteve bem a defender e até a atacar e Eliseu fez um jogo muito bom, fechou bem na defesa apesar de algumas percas de bola, e apareceu bem no ataque fazendo duas assistências e ainda um golaço! Foi o homem do jogo! É para manter nas convocatórias!
Moutinho e sobretudo Meireles estiveram discretos, e Carlos Martins esteve bem, surpreendeu-me a mim porque não o esperava em tão bom plano.
Nani fez mais um grande jogo, Ronaldo quando apareceu proporcionou grandes momentos de futebol e Postiga, mesmo sem grandes oportunidades, lá marcou o seu golo como de costume.
Os suplentes que entraram tiveram bem, Ruben Micael e Veloso ajudaram à circulação de bola e Nuno Gomes não teve tempo para nada.

No que concerne à Islândia, embora desfalcada mostrou poucos argumentos técnicos, mas mostrou que tem algumas armas, sobretudo o jogo aéreo, e que sabe explorar o que tem de bom para criar situações de perigo.
É uma selecção abaixo da média europeia, que muito dificilmente conseguirá apuramentos para fase finais nos próximos anos, e que é “goleável” por qualquer equipa que tenha a mesma qualidade que a portuguesa.
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