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domingo, 7 de março de 2021

A minha primeira memória de… um dérbi de Manchester

Wayne Rooney deixou Old Trafford em delírio com golo extraordinário
Já via futebol desde 2000, mas verdade seja dita que até 2011 o dérbi de Manchester pouco ou mais me dizia. Aliás, em Portugal até se tinha o hábito de chamar Manchester ao United, quase que fazendo conta que não existia o Manchester City. Não era para menos, pois os citizens foram durante algumas décadas um clube modesto, afastado dos títulos em Inglaterra, enquanto os red devils levantavam troféu atrás de troféu, principalmente em solo britânico, mas também na Europa.
 
Porém, as coisas começaram a mudar no final da primeira década do século XXI, quando o City foi comprado pelo Abu Dhabi United Group e ganhou uma enorme pujança financeira. Ainda assim, a minha primeira memória de um dérbi de Manchester não é propriamente sobre um jogo decisivo, mas sim pelo extraordinário golo que deu a vitória à formação então orientada por Alex Ferguson – mas já lá vamos!

domingo, 23 de outubro de 2011

Premier League | Manchester United 1-6 Manchester City



Esta tarde, o City foi a Old Trafford golear o seu rival, o United, por 6-1, num escaldante "derby" da cidade de Manchester.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Já vi alguns jogos do United esta temporada e pareceu-me uma equipa que acima de tudo é eficaz. Das partidas que vi não tenho visto grande brilhantismo, mas facilidade em chegar ao golo.
Muitas vezes, Ferguson opta por uma política de rotatividade e isso tem causado alguns atrasos, seja na Liga dos Campeões em que só a meio da semana conseguiu a primeira vitória, ou mesmo no campeonato, como foi exemplo o último jogo em Liverpool.
Actualmente, os “red devils” ocupam o 2º lugar no Premier League, com 20 pontos, fruto de seis vitórias e dois empates, 25 golos marcados e seis sofridos.
Para este jogo, o técnico do United deu a titularidade àquele se aproxima do seu onze-base.


Manchester City



Ainda não vi nenhum jogo dos “citizens” esta temporada, no entanto, pelo que a estatística mostra, só não venceram um jogo para o campeonato (empate no terreno do Fulham) e são líderes isolados com o melhor ataque a melhor defesa (em igualdade com o United e o Newcastle).
O seu melhor marcador é a sua grande contratação, o argentino Kun Agüero, no entanto, o bósnio Edin Dzeko marca também bastantes golos, mas que neste jogo vai começar do banco de suplentes.


O United entrou melhor, muito forte, com uma elevadíssima posse de bola e também com um grande domínio territorial.
Os primeiros 15/20 minutos jogaram-se praticamente em exclusivo no meio-campo dos forasteiros, todas as tentativas de sair a jogar por parte do City eram cortadas logo na sua raiz, não conseguiam sair do seu meio-campo.

No entanto, no último terço os “red devils” foram sempre inconsequentes e derivado dessa inconsequência na frente de ataque, o ritmo de jogo foi baixando e os “citizens” foram povoando mais o terreno adversário e praticamente no primeiro remate que fez no jogo, marcou, por Mario Balotelli, aos 21’, ao desviar de primeira e com grande classe um cruzamento atrasado de Milner pela esquerda.

O problemático jogador italiano não festejou o golo, não esboçou um único sorriso e apenas levantou a sua camisola, mostrando uma por baixo na qual estava escrito “Why always me?”, num autêntico recado para os media que tanto o ataca e expõe a sua vida pessoal, que ainda esta semana foi alvo de noticia por ter incendiado a sua própria casa enquanto atirava fogo de artificio pela janela da sua casa de banho.

A equipa de Alex Ferguson acusou o golo sofrido, até porque foi-lhe dado a provar um pouco do seu próprio veneno, a letal eficácia mesmo quando a produtividade ofensiva da equipa não é elevada.

Até ao intervalo, não houve grandes oportunidades de golo para nenhum dos lados, apenas dois remates do United (por Anderson e Rooney) que saíram à figura de Joe Hart.


A segunda parte começou logo com um “handicap” para os homens da casa. Evans foi expulso após uma entrada perto da entrada da área sobre Balotelli.
Ainda assim, a equipa conseguiu reagir e mostrou coração, e aos 54’ esteve perto de marcar, na melhor ocasião até então. Numa jogada de insistência, Ashley Young primeiro remata contra um defesa e depois ao lado.

No entanto, quando o United estava a criar ânimo foi o City que voltou a marcar. Excelente jogada de combinação no lado direito entre Milner e David Silva, com uma ajudinha de Richards, que veio a culminar numa finalização à boca da baliza por Mario Balotelli, estavam decorridos 60 minutos.

Nesta altura, Ferguson reequilibrou a sua equipa com a entrada de Jones para o centro da defesa e Chicharito para o ataque, fazendo sair Nani e Anderson, mas pouco tempo depois os “citizens” fizeram o 3-0. Mais uma jogada no flanco direito muito boa de Micah Richards que num cruzamento rasteiro batido para o segundo poste encontrou Kun Agüero para finalizar.

Esta parecia ser a estocada final, os campeões ingleses perderam a esperança e os seus adeptos já abandonavam o estádio, até deu para Balotelli ser substituído por Dzeko e receber uma grande ovação dos seus adeptos. Em jeito de brincadeira, até se pode dizer que ele incendiou Old Trafford.

A dez minutos no fim, após uma boa combinação com Chicharito, Fletcher remate em jeito e faz o 1-3.

O empate estava à distância de dois golos e ainda havia tempo para jogar, o United subiu no terreno à procura de novo golo no entanto apenas com um homem a mesmo o desgaste era muito maior e a resposta às transições rápidas do City não tinha tanta qualidade, assim como a concentração em lances como as bolas paradas, e foi na sequência de um canto que foi feito o 4-1, por Dzeko, aos 89’, marcando praticamente sem querer (de joelho) após um desvio de Lescott junto ao segundo poste.

Os homens de encarnado voltaram a ficar sem reacção, e em mais uma jogada de contra-ataque dois minutos depois, os azuis de Manchester chegaram ao quinto golo, numa finalização em que David Silva até se deu ao luxo de colocar a bola entre as pernas do seu compatriota De Gea.

Ainda antes do final do jogo, em mais uma transição rápida do ataque do City comandada por Silva, este assiste Dzeko que com alguma facilidade fez o 6-1.


Foi um jogo com uma intensidade muito forte, no entanto, até este estar praticamente resolvido que não houve grandes ocasiões de golo, sendo feio em diversos momentos, com faltas extremamente agressivas que poderiam ter resultado em lesões graves, que o diga Phil Jones ou Micah Richards, quando sofreram entradas de Dzeko e Welbeck na fase final do encontro.

Em termos tácticos, a expulsão de Evans foi fundamental para desequilibrar um jogo que até então estava equilibrado e que só tinha sido desbloqueado por um lance imprevisível do ataque do City (0-1), em que Milner, que geralmente joga sobre o lado direito, apareceu na esquerda e assistiu Balotelli que esteve sempre no flanco e aí apareceu na zona central.

O cartão vermelho mostrado ao central norte-irlandês foi mesmo a primeira “escavadela” do buraco em que o United se meteu neste jogo, em que o City com alguma facilidade a partir daí chegou à goleada e até teve oportunidades de fazer mais golos.


Em relação às equipas, o United apresentou uns 15/20 minutos muito fortes, reagiu com alguns remates perto do intervalo que acabaram controlados com muita segurança por Joe Hart, e esboçou uma reacção forte mesmo após a expulsão, mas poucos minutos depois sofreu o 0-2 e a partir daí foi história.
De Gea não teve culpa nos golos sofridos, o sector defensivo cumpriu bem até à expulsão, mas a partir daí, o desequilíbrio numérico foi visível e nada puderam fazer face às movimentações rapidíssimas dos homens do City, uma verdadeira dor de cabeça para qualquer defesa, que o diga Evra que viu do seu lado nascer o 0-2 e o 0-3.
Nani esteve apagadíssimo, Ashley Young mostrou-se muitas vezes inconformado mas pouco pode fazer, Anderson esteve discreto como de costume, sem acrescentar nada, e Fletcher ao seu nível, apontando um belo golo.
Rooney pouco ou nada fez e Welbeck ainda tentou gerar desequilíbrios mas foi inconsequente. Chicharito foi importante no golo do United e Jones foi claramente batido no golo de Agüero.

O City fez uma exibição que roçou a perfeição!
É verdade que nos primeiros 15/20 minutos não conseguiram praticamente sair do seu meio-campo, no entanto, defensivamente foram fortes e obrigaram o United a baixar o ritmo, subindo assim mais vezes no terreno e chegando ao golo praticamente no primeiro remate que fizeram no jogo.
A partir daí, fruto da qualidade dos seus jogadores, tiveram uma percentagem muito elevada de posse de bola e de domínio territorial, e sempre que possível, com tabelas e combinações rápidas para gerar desequilíbrios e foi mesmo assim que fizeram o 2-0, colocando-se mais tranquilos no jogo.
Mesmo quando a partida estava resolvida, quiseram humilhar o adversário e chegaram a uma goleada histórica.
Joe Hart esteve seguro, os centrais também, Clichy não deu a mínima hipótese a Nani, e embora com mais dificuldade, Richards acabou por fazer o mesmo a Ashley Young e ainda conseguiu envolver-se nas jogadas que originaram o 2-0 e o 3-0.
O meio-campo defensivo constituído por Yaya Touré e Barry pautaram bem o ritmo do jogo, e os homens da frente, normalmente comandados por David Silva, para além da sua qualidade individual, souberam trabalhar como equipa e foi assim que geraram desequilíbrios e situações imprevisíveis que acabaram por ditar esta goleada. Todos os quatro homens da frente estiveram nos primeiros três golos, que é como quem diz, ajudaram a resolver o jogo. Dzeko entrou a segunda parte mas ainda marcou dois.


Com esta vitória, o Manchester City isola-se ainda mais no comando da Premier League com 25 pontos, mais cinco que o United, que pode ser ultrapassado esta tarde pelo Chelsea.
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