O brasileiro que teve impacto imediato no Sp. Braga de Cajuda. Quem se lembra de Zé Roberto?
Zé Roberto marcou 12 golos nos primeiros meses no Sp. Braga
Era um médio ofensivo, mas teve
um impacto imediato no Sp.
Braga que, em termos de golos, faz corar de inveja muitos avançados. Zé
Roberto até começou por treinar à experiência no Estádio 1º de Maio a 30 de
janeiro de 2000, depois de os responsáveis minhotos
terem visualizado uma cassete sobre o jogador, mas precisou de pouquíssimos
dias para convencer o treinador dos bracarenses
na altura, Manuel
Cajuda, a querer ficar com ele.
A assinatura do vínculo ainda
esteve envolta num impasse, com alguma confusão sobre que clube era detentor do
passe, se os mexicanos do Pumas ou os brasileiros do São
Caetano, e um suposto acordo prévio com o Paços
de Ferreira. O que não demorou rigorosamente
nada foi a adaptação do futebolista, que logo na apresentação disse ao que ia: “Gosto
de fazer golos.” Depois de dois jogos como suplente utilizado nos terrenos de União
de Leiria e Vitória
de Guimarães, foi lançado no onze inicial numa receção ao Estrela
da Amadora e logo aí marcou o seu primeiro de 12 golos ao serviço dos arsenalistas
até ao final dessa temporada.
Com faro para marcar aos grandes,
bisou numa vitória sobre o Sporting
em Alvalade
(2-1), num triunfo sobre o Benfica
no 1º de Maio (2-1) e numa derrota nas Antas ante o FC
Porto (2-3). Embora se tivesse estreado na última jornada da primeira
volta, ainda foi a tempo de acabar no top 10 dos melhores marcadores da I
Liga em 2000-01, à frente de avançados como o boavisteiro Elpídio
Silva e o alverquense Pedro Mantorras, que até foram considerados dois dos
destaques desse campeonato.
Os dados pareciam lançados para
mais grandes épocas em Portugal e até começou bem em 2001-02, com quatro golos
nas primeiras seis jornadas, mas depois foi-se apagando paulatinamente.
No início de 2003, já sem a
influência de outrora, despediu-se do Sp.
Braga ao fim de 17 remates certeiros em 52 encontros em dois anos, rumo aos
turcos do Elazigspor. Regressou a Portugal em 2003-04
para representar o Alverca,
mas não foi além de um golo em 18 jogos, numa época em que os ribatejanos
desceram à II
Liga.
Depois prosseguiu a carreira no segundo
escalão do futebol português, algo inimaginável em 2001, contribuindo para
as promoções de Naval e Beira-Mar
à I
Liga, mas não voltou a atuar no patamar
maior luso. Na reta final do seu percurso
como futebolista, este centrocampista ofensivo formado no Corinthians
voltou ao Brasil para defender as camisolas de clubes como Caxias, ASA, Poços
de Caldas e Lemense.
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