O central/trinco que esteve nos melhores anos do Boavistão. Quem se lembra de Jorge Silva?
Jorge Silva amealhou 183 jogos pelo Boavista entre 1994 e 2004
Produto das escolas do Boavista
com mais de 39 internacionalizações pelas seleções jovens e B, subiu à equipa
principal em 1994-95, mas demorou a afirmar-se no Bessa, até pela concorrência
de nomes como Rui Bento ou Bobó.
Depois de empréstimos produtivos
a Académica
(dois anos) e União
de Leiria, este defesa central/médio defensivo regressou ao plantel axadrezado
em 1998-99, mas foi na época seguinte, na qual os boavisteiros
disputaram a fase de grupos da Liga
dos Campeões, que conseguiu estabelecer-se no onze inicial. Em 2000-01, temporada da improvável
conquista do título nacional, até começou como titular, mas problemas físicos e
os bons desempenhos da dupla composta por Rui Bento e Petit à frente da defesa
levaram-no a passar algum tempo no banco. Foi na condição de suplente utilizado
que foi lançado em campo por Jaime
Pacheco, nas segundas partes dos jogos, para reforçar defensivamente a
equipa nos cinco triunfos entre a 28.ª e a 32.ª jornadas, na fase crucial da
época.
Em 2001-02 aproveitou as saídas
de Litos e Rui Bento para, como central ou médio defensivo (apesar de utilizar
o número… 7), vincar um lugar no onze, numa temporada em que os axadrezados
foram vice-campeões nacionais e atingiram a segunda fase de grupos da Champions. Na época seguinte, fez parte do
canto do cisne do Boavistão,
a caminhada até às meias-finais da Taça
UEFA. Individualmente começou da melhor forma seguida, com as duas únicas
internacionalizações pela seleção
principal que tem no currículo, diante de Inglaterra
em setembro de 2002 e da
Suécia no mês seguinte, mas em novembro sofreu uma lesão grave que o
afastou dos relvados durante vários meses. E quando voltou, em março,
lesionou-se novamente e não voltou a ser utilizado até ao fecho da temporada. Assolado por problemas físicos,
foi perdendo protagonismo no Bessa, acabando por se transferir para o Beira-Mar
em janeiro de 2005. Ao serviço dos aveirenses
vivenciou duas descidas de divisão, mas conquistou o título de campeão da II
Liga em 2005-06, façanha que já havia conseguido ao serviço da União
de Leiria em 1997-98. Na reta final da carreira
representou o Feirense,
voltou a vestir a camisola do Boavista,
mas na II
Liga e na II Divisão B e despediu-se dos relvados ao serviço do Gondomar em
2011. Após pendurar as botas desempenhou
as funções de treinador como adjunto do Paços
de Ferreira, nos juniores e nos seniores do Nogueirense, nos juniores do
Gondomar e na equipa principal do Valadares
Gaia. Tem dois filhos também
futebolistas: o central Jorge Silva, que já representou o Boavista
e agora defende as cores do Tirsense;
e o mais conhecido Fábio Silva, avançado já internacional A por Portugal,
que se encontra nos espanhóis do Las
Palmas por empréstimo dos ingleses do Wolverhampton.
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