quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Hoje faria anos o primeiro a marcar pelo Benfica na Luz e na Taça dos Campeões Europeus. Quem se lembra de Palmeiro?

Francisco Palmeiro representou o Benfica entre 1953 e 1961
Muito provavelmente, quem está a ler este texto nunca o viu jogar e talvez até nunca tenha ouvido falar dele, mas Francisco Palmeiro foi uma figura importante do Benfica na década de 1950. Representou o emblema encarnado entre 1953 e 1961, demasiado tarde para ter participado na conquista da Taça Latina (1950) e demasiado cedo para contribuir para o bicampeonato europeu (1960-61 e 1961-62), embora ainda fizesse parte do plantel que conquistou a primeira Taça dos Campeões Europeus.
 
Contudo, este extremo nascido a 16 de outubro de 1932 na localidade alentejana de Arronches, distrito de Portalegre, está na história das águias sobretudo por ter sido o primeiro jogador a marcar pelo Benfica no antigo Estádio da Luz, tendo apontado o tento de honra numa derrota às mãos do FC Porto (1-3) no jogo de inauguração, a 1 de dezembro de 1954; e também a faturar na Taça dos Campeões Europeus, numa derrota com o Sevilha (1-3) a 19 de setembro de 1957.
 
 
Pelo meio, foi o herói de uma rara vitória de Portugal sobre Espanha – a segunda da história –, a 3 de junho de 1956, tendo apontado os três golos da equipa das quinas num triunfo por 3-1 no Estádio Nacional. Foram os únicos que somou pela seleção nacional em três internacionalizações.
 
Nada mau para quem começou a jogar futebol bem longe dos grandes centros urbanos, nas camadas jovens do Atlético de Arronches, tendo ainda representado O Elvas e o Portalegrense antes de chegar ao Benfica em 1953, apesar de ter participado em dois jogos particulares pelas encarnados em 1949, quando tinha 17 anos e havia aproveitado o facto de ter um tio como empregado no clube para treinar.  
 
 
Pela equipa principal das águias foi utilizado em 116 jogos oficiais e apontou 35 golos, tendo vencido três campeonatos nacionais (1954-55, 1956-57 e 1959-60) e três Taças de Portugal (1954-55, 1956-57 e 1958-59).
 
Já no ocaso da carreira ainda fez duas boas temporadas ao serviço do Atlético na I Divisão, tendo depois representado o Almada nas divisões secundárias do futebol português e os Pescadores da Costa de Caparica e o Monte de Caparica nos distritais da Associação de Futebol de Setúbal.
 
 
Viria a falecer a 22 de janeiro de 2017, aos 84 anos. A autarquia de Arronches homenageou-o com a atribuição do seu nome ao estádio municipal, onde também se encontra o Centro de Memórias do Jogador.



 







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