A minha primeira memória de… um jogo entre Manchester City e Newcastle

Tioté entre dois jogadores do Manchester City

A minha primeira memória de um jogo entre Manchester City e Newcastle remonta a um período em que seguia as transmissões da Premier League com muita intensidade, a época 2011-12. Foi também o encontro em que me apaixonei definitivamente por um médio que, na minha opinião, não foi devidamente reconhecido pela sua qualidade e pelos seus desempenhos ao longo da carreira: Yaya Touré.

 

Na altura, os citizens entravam para a penúltima jornada igualados pontualmente na liderança do campeonato com o vizinho Manchester United, depois de terem chegado a estar a oito pontos dos red devils. Um triunfo em St. James Park era, por isso, determinante para as ambições da equipa então orientada por Roberto Mancini, que vinha de quatro vitórias consecutivas.

 

No entanto, o Newcastle vinha de sete vitórias em oito jogos, não perdia em casa desde dezembro, ocupava o 5.º lugar e ainda sonhava em chegar a um lugar de acesso à Liga dos Campeões.

 

A partida, como era de esperar, não foi fácil para nenhuma das equipas. Além de serem dois conjuntos do top 5 da tabela classificativa, ambas sentiram o peso da responsabilidade por se estar a jogar a penúltima cartada da época e, por isso, as ocasiões de golo escassearam durante a primeira parte.

 

Ao intervalo, vi algo raro, mas que fez todo o sentido. O treinador do Manchester City retirou de campo um médio ofensivo que estava a jogar encostado a uma ala (Samir Nasri) e colocou um médio defensivo (Nigel de Jong). A ideia principal desta substituição passou por dar mais liberdade a Yaya Touré, que estava a jogar no duplo pivot do meio-campo, mas que tinha capacidade para ser mais influente ofensivamente do que os demais companheiros de equipa.

 

Aos 70 minutos, o costa-marfinense combinou com Kun Agüero e rematou colocado para o fundo das redes. E, numa altura em que os citizens já defendiam o resultado com unhas e dentes, Yaya Touré fez o 0-2 a passe de Gaël Clichy (89’).

 

Numa crónica redigida para este blogue, destaquei a entrada ansiosa e nervosa do Manchester City no encontro e a influência que teve a libertação de Yaya Touré para missões mais ofensivas.

 

Individualmente, do lado do Newcastle destaquei a “enorme qualidade de passe” de Tioté e Cabaye, enquanto em relação ao Manchester City realcei, além de Yaya Touré, a qualidade de Agüero em itens como “drible, condução de bola, mudanças de velocidade e até no passe”.

 

 

A luta pelo título haveria de só ficar concluída no tempo de compensação da última jornada, quando Agüero marcou o golo que deu a vitória, por 3-2, do Manchester City sobre o Queen Park Rangers.